Não temos que ser prestativos em detrimento de nossos próprios objetivos. Podemos e devemos dizer não. Mas e quando a pessoa que nos pede algo nos encheram de 'FAVORES'? O pior é aquele que não pede diretamente, mas sugere o que você deve fazer, ela vai te manipulando pouco a pouco até que você faça o que ela não tem coragem de fazer, isto é, ela te deixa na linha de frente de batalha e é você quem da a cara para bater. Ela sai ilesa, como se nunca tivesse nada a ver com isso.
Existe pessoas assim? Certamente. Graças a Deus não são a maioria, mas quando encontramos uma assim e bom estar bem longe mesmo, porque quando ela percebe que você não é manipulável, que você tem convicções firmes, então você será o próximo que essa pessoa vai manipular os outros contra. Então é muito difícil dizer não a uma pessoas dessas.
Na primeira situação você não percebe a manipulação. A pessoa começa te fazendo pequenos agradadinhos e faz questão de te lembrar disso. Não todos que te agradam são manipuladores. Você vai perceber pela conversa da pessoa. O manipulador tem histórias que foi vítima, que fez de tudo para a pessoa de quem reclama e a pessoa foi ingrata. Os ingratos são a enteada, o ex marido, uma pessoa com quem tinha trabalhado... todos eles não reconheceram sua 'bondade' que ela faz questão de contar milhares de vezes. Ela é a melhor pessoa do mundo, uma mártir. E então você fica com do da pobre criatura.
Já aconteceu comigo. A pessoa disse que me fez favores e eu fui ingrata só porque não abri mão de meus valores. Era realmente difícil dizer não, a pessoa vai te enredando pouco a pouco até que então revela ou sugere o que quer. Quem não tem muita percepção e convicção vai na onda e faz mesmo, nem percebe o que fez. Depois de minha negativa a entrar na onda dela, disse que me salvou de uma situação, que almoçava comigo (como se isso fosse um favor), que eu frequentava a casa dela e que até me ajudou a alugar o apartamento onde morei. Os outros até acharam ingratidão mesmo, outros perceberam a manipulação. Primeiro, ela não me salvou de situação alguma, os fatos eram a meu favor. Segundo, ela não almoçava comigo frequentemente, eu sempre almoçava no mesmo restaurante, que aliás recomendo, O Por quilo de Sorocaba, e os donos de lá já me conheciam porque era frequentadora assídua. Eles obviamente não me viam almoçar com essa pessoa. Posso provar. Terceiro, ela não me ajudou a alugar apartamento, provei. Quarto, eu não frequentava a casa, ela que traga o porteiro que me via frequentar a casa dela. Eles provavelmente teriam visto outra pessoa, não eu.
Enfim, disse não a ela e começaram as histórias que eu era ingrata, boatos, obviamente, nada que ela pudesse provar. Então pensei nas outras pessoas que teriam sido 'ingratas' a ela. Ela que disse, duvido que a 'martir' pudesse provar. Mas como dizer não a uma pessoa que sairá por aí se fazendo de vítima? Você terá cuidado para não ser o assunto dos corredores.
Realmente nesses casos e muito difícil. Existem aqueles que acharão difícil porque foi enredado, outros porque mesmo percebendo que a situação foi manipulada, não conseguirão suportar os boatos que se farão. Percebi que o ponto que os manipuladores mais pegam são os 'favores' que supostamente fizeram para você. Hoje em dia fico prestando muita atenção naquele que quer agradar muito. Pode ser verdadeiro, mas pode também ter uma cobrança lá para a frente. E todos que cobram não fizeram por gesto de amizade. Por isso presto atenção também nas histórias que a pessoa conta.
Eu sempre preferi seguir minhas convicções, mesmo que sofra por ter sido fiel aos meus princípios. Vai ser sempre assim (e realmente vai vencer aquele que tem a melhor lábia, não aquele que tem a verdade). Eu já percebi isso... Será que vou deixar minhas convicções por causa disso? Jamais. O melhor e que depois de umas ou outras levando a pior eu me acostumei. Será que se José soubesse que seria preso teria traído suas conviccoes? Duvido. Teria agido da mesma forma. Eu também, mesmo que soubesse que sofreria consequências por não fazer a vontade alheia, não teria deixado de dizer não.
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