sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Mais mulheres guerreiras...

Mary Kay Ash montou um plano de negócios para enriquecer a vida das mulheres. Conheci outra pessoa de garra. Verdadeiramente essas pessoas me inspiram.

Ela contou-me que o marido a abandonou quando estava doente, mesmo assim lutou. Vendeu cosméticos,  fez caixas artesanais, fez croche,  bordado, enfim, trabalhou mesmo doente enquanto esperava para ser atendida. Superou a doença. Superou tudo. Ela disse que mesmo recebendo seguro desemprego e com algumas economias não deixou de trabalhar, ela prefere trabalhar. Ela também tinha perguntado da possibilidade de ser consultora.

Ela me ensinou muitas lições. Ela não está lendo o blog, eu passei para pouquíssimas pessoas e ela não tem contato com elas. Quando comentei que era professora na prefeitura e que resolvi sair, ela compreendeu o quanto é difícil ser professor hoje em dia, dando exemplos que realmente tinha vivenciado. Comentou que a filha arrumou uma briga na escola e ela a colocou de castigo e a ensinou a não brigar nunca. Mesmo estando certa ela faria a filha pedir desculpas porque o importante não é estar certo, mas ser feliz.

Realmente isso daria uma boa discussão. Foi bacana a atitude dela, ensinando a filha a conviver em paz. Não comentei nada, mas pensei sobre o assédio.  Será que devemos nos calar mesmo estando certos? Até que ponto isso alimenta o Bullying?  Realmente é difícil saber. Conversando com uma psicóloga,  e toda vez que vou lá aprendo mais um pouquinho, ela diz que devemos respeitar, mas também temos que ser respeitados, mesmo quando estamos servindo. Lembro-me de pedir desculpas para uma assediadora mesmo estando correta, pois assim aprendi em casa. Ela aproveitou-se da situação,  dizendo que eu pedi desculpas porque ela estava certa e o assédio nunca parou. Eu nunca tive boca para defender-me, ela era dominadora, enfim a linha tênue que separa até que ponto estamos nos defendendo quase se perde nestes casos. Mas vale a reflexão e tenho enriquecido minha vida com esses contatos que tenho feito nesta minha caminhada Mary Kay.

Ela comentou que nunca arrumou briga na escola, eu também não.  Mas na vida adulta foi necessário defender - me,  abrir a boca, protestar, discordar... Se eu fui feliz assim. Certamente. A PUC ensinou cidadania e o exercício dela. Devemos ser explorados e ficar calados?  Devemos deixar que nos acusem injustamente? Devemos achar que só pelo fato de a pessoa estar em cargo superior tenho que concordar com tudo? Não me arrependo de ter discordado que recebi aquele ofício.  Era somente para eu ouvir e sair calada, isto é,  era só para concordar que tinha recebido sim, desculpe me, vou passar fax dele e depois sair correndo atrás de algo que você nem sabia que existia, porque ninguém te falou, e passar, muito simples mesmo. Será esse cidadão passivo que queremos? Claro que não queremos cidadãos violentos. Mas será que passividade demais beneficia a sociedade? Realmente assunto que levaria a muitas discussões.  Nem acredito que haja certo ou errado, há muitas formas de pensar....

Depois tem a questão do limite. Até que ponto há um limite quando você não é capaz de estabelece-lo?  Talvez atualmente eu fosse mais flexível exatamente porque não sou a mesma que entrou. No início dava muito de mim. Pense no além da obrigação e multiplique por três.  Depois disso ainda dava alem, agora multiplique por dois. Atualmente sou apenas uma boa funcionaria. Uma só.  Não muitas, não super eficiente e se vierem fazer alguma injustiça comigo eu simplesmente deletarei e direi, sou somente uma funcionária.  Não ficarei indignada exatamente porque fazia por três.  Não acharei nada, mesmo porque me acostumei... Talvez seja assim que se mata excelentes funcionários públicos e seja exatamente por isso o funcionalismo público... Bom, nem preciso falar da fama que tem...


Ela me disse mais coisas sábias,  mas deixa para uma próxima.

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