quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Ser empreendedor - usar os fracassados como pilares das grandes vitórias

A décima lei de qualidade de vida mostra que devemos ter a mente empreendedora.  E Augusto Cury mostra que perdas são plataformas de grandes ganhos, que a fragilidade é nutriente da sabedoria.

Quem empreende sabe que nem tudo são flores,  mas a cada fracasso eles continuam,  pois sabem que são exatamente os fracassos que os fortalecerão para que estejam preparados para as grandes vitórias. As melhores joias foram lapidadas. Os grandes homens passaram pelas dificuldades,  só que quando temos a mentalidade de fracasso,  não conseguimos ver que o fracasso é apenas um indicativo que estamos caminhando para a grande vitória.  Temos que trabalhar nossas crenças,  acreditar que nenhum fracasso é definitivo e isso não nos define como fracassados.  É apenas uma fase que temos que passar para sermos fortes o suficiente para grandes vitórias. Às vezes Deus nos testa e quer ver até que ponto temos fé.  Até que ponto acreditamos que as provações colocadas em nossa vida são preparações.  Quem é provado tem mais resistência para aguentar a vitória.  A vitória também não é fácil.  Quem muito fracassou sabe o valor da vitória.  Sabe como é preciso muita garra para chegar lá.  Quando olhamos apenas o palco dos vitoriosos não temos idéia do quanto lutaram. Do quanto fracassaram antes de chegar lá.  Do quanto estudaram e trabalharam. Tudo parece fácil demais. Como se um passe de mágica trouxesse os resultados.

Quem teve perdas com certeza terá seu ganho se tiver a mente certa. Quem é frágil ou tem fragilidades pode ganhar muita sabedoria.  Basta ter a mente certa. A pessoa não precisa nascer privilegiada para ser uma vencedora. Eu sempre estudei em escola pública e mesmo assim até o material escolar era difícil de comprar. Eu trabalhava para ajudar nas despesas do material escolar desde os 12 anos. Na escola pública praticamente todos os alunos eram nivelados,  tinham a mesma escola e os mesmos professores.  Acontece que quem tinha a mente certa aproveitava a oportunidade, que era igual para todos. Quando aluna eu era uma das 5% que prestavam atenção na aula e fazia em casa tudo o que era necessário e ainda frequentava biblioteca pública.  Cerca de 15% era bom aluno mas não se esforçava tanto em casa e nem procurava a biblioteca. Cerca de 80% eram os "espertos", bagunçavam,  não prestavam atenção, copiavam a lição de quem tinha feito e colavam na prova. Passavam igual aos 20% que se dedicavam.  Todos com a mesma oportunidade. Pegaram um histórico de conclusão como quem estudava. As oportunidades foram as mesmas.  Só que cada um com uma mentalidade.  Os 5% acreditavam no estudo e em aprender de fato, também acreditavam que o que aprendiam em sala de aula era apenas o básico,  que tinham que fazer algo mais. Os 15% acreditavam que ser bom aluno bastava. Os 80% acreditavam que o histórico bastava.

A mesma oportunidade pode ser aproveitada diferente.  Só que quem teria mais chances ao procurar por um emprego? Como se preenche uma ficha,  faz redação e responde a uma entrevista quem foi "esperto"?

Digamos que o "esperto" consiga um emprego, ele tem o hábito de se esforçar?  De fazer um pouco mais?  Ou agiria como "esperto"? Faço só quando estão olhando, mato o tempo pois ganho por horas e não por produção?  Puxo o tapete de quem de fato trabalha e se esforça?  Ajo como "esperto"? Às vezes dá certo, outras não.  Não existe uma fórmula.

Acontece que o esforçado vai continuar estudando e trabalhando. Vai se especializar,  vai prestar concurso. E aí o contrário também é válido.  O esforçado que estudou em escola pública pode até ter mais chances do que o privilegiado que sempre foi filhinho de papai. Decerto no meu concurso tinha muitos privilegiados, eram poucas vagas e foi bem concorrido. Mas aí vale o teste e o resultado,  não as condições das pessoas. Não se foi "esperto". Portanto,  tudo na vida é relativo.

É certo que o mundo é dos espertos,  mas negar que o esforço é em vão e ensinar isso como verdade absoluta colocará crenças nas pessoas menos privilegiadas de que elas nunca conseguirão nada, portanto não vale o esforço.

Nascer já como uma perda não significa que os ganhos são impossíveis. Nascer com uma história de fracasso não significa que não se pode transformar em vitoria. Nascer com uma fragilidade não significa que será isso mesmo que dará muita sabedoria. Basta ter a crença certa e a mente empreendedora.

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