A mesa redonda do "eu" é feita fora dos focos de tensão, deve ser feita antes ou depois do problema. Isso porque podemos pensar com calma. A mesa redonda do "eu" reedita o filme do inconsciente e cria janelas paralelas. Essas janelas criam espaços para o raciocínio lúcido.
A técnica D.C.D. atua no foco de tensão e reedita o filme do inconsciente, cria novas experiências onde estão os arquivos doentes.
Então Duvide, critique e decida quando precisar de pensamentos rápidos, até ordene com determinação para a energia emocional ser alegre e tranquila. Não é tão fácil, mas tudo na vida é prática. Se há uma consciência que podemos intervir no momento da tensão, que podemos ser senhores dessa emoção, então já é um grande passo.
Esse passo vai agir nos arquivos doentes, com o poder de reedita-los. Você pode ser autor da sua vida e dirigi-la e isso é fantástico. Você pode reeditar os arquivos que não te beneficiam. Existem muitos pensamentos e crenças que nos paralisam ou que simplesmente nos empurram para trás. Você tem o poder de mudar isso. Você pode. Isso é maravilhoso, isso empodera uma pessoa. Isso muda uma vida. Aliás, o título do livro sobre o qual tenho refletido é 12 Semanas para mudar uma vida. A idéia de Augusto Cury é que as pessoas mudem suas vidas para melhor. E isso depende exclusivamente de cada um.
A mesa redonda do "eu" é ainda mais benéfica. Ela pode reeditar nossos arquivos mentais que não nos beneficiam e também pode criar janelas paralelas. O autor explica que dependendo do volume de tensão que uma janela produz, se tiver muita raiva, ódio, ansiedade, essa janela pode se tornar killer. Então vai obstruir as demais janelas que temos, mesmo que sejam Boas. As janelas killer impedem nosso raciocínio, bloqueiam nossa inteligência, assassinam nossa lucidez e agimos como animais.
Então depois da crise, a mesa redonda do "eu" ajuda a criar janelas paralelas que se vinculem com as janelas doentias. Por isso a importância de fazer perguntas para si, questionar o medo, debater a insegurança. Isso faz que outras janelas se abram. Quando a janela killer aparecer, as novas janelas de autoconfiança também se abrirão ao mesmo tempo. Isso fortalecerá o eu e financiará a confiança. Desse modo, a pessoa ficará livre.
Vamos dar o exemplo de um vendedor que não suporta rejeição. Recebeu "nãos" até dos melhores amigos. Ninguém quer seu produto. A janela killer da insegurança diz que ele é um fracassado, que não serve para aquilo, que todos os rejeitaram. Com a mesa redonda do "eu" ele questiona o fracasso, diz a si mesmo que não o estão rejeitando, que seus amigos não precisam daquilo naquele momento, ou não tem condições financeiras ou qualquer outro motivo imaginável. E que ele mesmo diz "não" a quase tudo que oferecem a ele, muitas vezes ao dia, todos os dias. Que isso é muito normal, não tem nada a ver com ele ou com sua habilidade. Que se continuar tentando vai conseguir, pois tem sempre alguém precisando do que ele tem a oferecer. Que o normal é um "sim" a cada 15 "nãos". Ou qualquer outro número que defina o produto dele, pois depende muito do produto.
A cada vez que ele ouvir um "não" a janela killer de rejeição se abre, naquele momento ele simplesmente duvida que é rejeitado, crítica esse tipo de pensamento e determina que será feliz com esse "não", pois adiante terá um sim (técnica D.C.D.).
Ao mesmo tempo a janela paralela criada pela mesa redonda do "eu" também se abre. Então ele se sente seguro para ouvir o próximo "não" e chegará uma hora que ao ouvir um "não" a janela killer nem se abre mais. Ele já reeditou o filme dele. A rejeição passa a ser passado. Ele passa a ser vencedor com vários "nãos" para se orgulhar. A maioria das pessoas de sucesso tem vários fracassos para contar e ninguém se envergonha deles. Muito pelo contrário, a maioria afirma categoricamente que foram os fracassos que os fizeram vencer. Perceba como eles criaram janelas paralelas e lidaram com a situação da maneira saudável. Os fracos teriam desistido e acreditado no fracasso. Eles estão ali para contar que de fracasso em fracasso chegaram ao sucesso.
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