"Examine-se quatro ou cinco vezes por dia, perguntando a si mesmo: "Será que estou tornando o meu velho trabalho mais árduo do que ele realmente é? Estarei usando músculos que nada tem que ver com o trabalho que estou realizando?" Isso o ajudará a criar o hábito do repouso e, como bem diz o doutor David Harold Fink, entre os que mais conhece psicologia, é sabido que o hábito tem duas vezes mais importância do que qualquer outro elemento."
Nesse parágrafo há vários pontos interessantes que Carnegie levantou. O primeiro é parar para avaliar. Nem que tenha que colocar o despertador do celular essas quatro ou cinco vezes, é muito válido parar e avaliar. Quando nos perguntamos se estamos simplificando ou complicando algo, acontece algo maravilhoso, nosso cérebro nos ajuda a simplificar nossas atividades. Você dá essa tarefa ao cérebro e ele é tão inteligente que fará o trabalho dele melhor do que imaginamos e começaremos a descobrir novas formas de fazer.
O outro ponto importante é que nas paradas podemos fazer um alongamento para cuidar dos músculos. Nem percebemos o quanto nossos músculos podem estar encurtando por falta de uso de alguns e o quanto estamos sobrecarregado outros, causando dores nas costas, no pescoço e em tantos outras partes do corpo. Essa pausa nos ajuda a cuidar melhor dos músculos e isso significa mais produtividade, pois uma pessoa com dor é muito menos produtiva do que outra sem dor.
E o ponto mais importante é a criação do hábito. Já falei diversas vezes sobre o hábito. Para o mal ou para o bem, é o hábito que indicará se teremos ou não preocupação. Ele é vital. Se não prestarmos atenção aos hábitos que criamos, jamais sairemos do estágio de preocupação que lidamos.
Por que alguns conseguem estudar e se concentrar? Por que alguns conseguem trabalhar mais horas? Por que alguns conseguem se manter em forma? Por que alguns não tem vícios? Por que alguns não tem problemas financeiros? Por que alguns não se preocupam? Hábitos. Ele é a chave da vida com preocupação ou sem preocupação.
Certo é que podemos fazer o que nos propomos e aumentar nossa qualidade de vida com apenas alguns hábitos. Alguns hábitos temos que exterminar, outros temos que criar.
Se alguém se preocupa porque a area financeira sofre, tente apenas mudar hábitos. Comece fazendo uma planilha colocando todos os gastos. O primeiro passo não é difícil. Um hábito de cada vez. Apenas crie o hábito de anotar os gastos e ver para onde está indo o dinheiro. O segundo passo é saber usar o que tem, fazer do mínimo um máximo. Muitos crêem que tem que ganhar mais quando a solução talvez está em reduzir os gastos. Sabendo para onde vai e quanto vai, por exemplo, a pessoa pode descobrir que boa parte do orçamento vai para um vício. Livrar-se desse vício pode resultar em uma melhora da qualidade de vida por saúde mesmo e também na parte financeira. Uma pessoa mais saudável produz mais e fica menos cansada.
Para livrar-se de vícios, é preciso criar novos hábitos. Por exemplo, toda vez que quiser fumar, sair para caminhar. Trocar um hábito por outro. Um deleterio por outro saudável. Quer fumar e já caminhou, então entre na Internet, veja algumas piadas, rir em vez de fumar. Quer fumar de novo, masque uma erva lícita, claro. De novo, faça outra coisa até que consiga ser mais forte do que o hábito. Todos podem, mas precisam primeiro vencer a si próprios. Tanta gente querendo vencer todos quando a luta mais importante é a auto disciplina.
Muitas preocupações desapareceriam se vencessemos a luta contra nós mesmos. Tão somente se criássemos o hábito da auto disciplina.
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