terça-feira, 3 de abril de 2018

Você tem um plano que agrega valor?

"Todo ano, crie um plano pessoal que mostre o que você precisa fazer nos próximos 12 meses.  Certifique-se que o plano está em sincronia com os objetivos do seu painel e com as expectativas do seu chefe para a equipe.  Dívida os objetivos em metas de ação mensais.  Se a sua equipe estiver envolvida, peça a opinião de todos os membros ao definir essas metas."

Levine mostra que o profissional de sucesso tem um plano para o ano. Esse plano terá a satisfação pessoal,  que  são seus próprios objetivos, e também as expectativas do chefe para a equipe,  pois para ser bem sucedido profissionalmente é necessário satisfazer as metas da instituição. 

O plano anual deve ser divido em metas de ação mensal. Portanto,  para atingir o objetivo maior, você deve dividi-lo em partes menores.  Saber o que deverá acontecer a cada mês diminui a ansiedade de querer que um grande objetivo seja realizado em pouco tempo. Pois quem quer tudo muito rápido tem expectativas grandes demais. Precisa saber quebrar em partes menores e gerenciáveis. 

A opinião de todos é importante,  portanto não devemos nos impor.  Devemos ouvir sem julgamento.  Ouvir mesmo que contrarie nossas opiniões.

No exemplo que peguei como estudo de caso a pessoa queria um cargo de chefia e seu plano era aproximar-se do chefe até que ele conseguisse isso para ela.  Pode até funcionar. Mas fere vários valores e princípios.  E todos percebem a falta de esforço próprio,  embora ninguém vai dizer para não contrariar o chefe.

Não é necessário que o plano inclua um curso. Há outras maneiras de chegar ao mesmo objetivo.  Como coach,  eu teria percebido que faltava lidar com as emoções,  pois a pessoa não tem paz e detectou por escrito que queria paz. Ela também não faz gestão de tempo, gastando tempo e energia em ações que Christian Barbosa chamaria de circunstanciais.

Claro que como coach não podemos dizer o que a pessoa deve fazer. É ela que deve perceber e procurar meios para resolver suas questões ou alcançar suas metas.  Como se trata de pessoa inflexível e que acha que detém conhecimento até de psiquiatria, totalmente alheio à sua area,  esse é o tipo de pessoa que jamais procuraria um coach,  pelo contrário,  rechaçaria qualquer mudança.  Então é apenas um estudo de caso, pois sei que a pessoa se acha onisciente.

Se ela conseguisse detectar que a chefia dela seria melhor baseada em resultados,  teria priorizado a gestão de tempo e a gestão das emoções,  pois não adianta ser competente confundindo o que é pessoal com o que é profissional. Então não seria o coach que mostraria qual o caminho para conseguir gerir emoções ou tempo, pois há vários caminhos que ela  poderia escolher. Ninguém é obrigado a nada, ela mesma poderia concluir que faria gestão de emoção com terapia, ou Yoga,  ou espritualidade, ou meditação,  ou respiração,  ou tai chi,  ou seja lá o que ela mais gostasse,  importava ser livre dos pensamentos angustiantes. Então ela faria suas próprias pesquisas e chegaria a suas próprias conclusões,  pois o caminho de solução está na própria pessoa,  ninguém deve impor nada. Tudo que é imposto é mal recebido, principalmente para as pessoas inflexíveis e aversas à mudança.

Ela testou várias vezes e nunca conseguiu se libertar,  sempre convive com os fantasmas do passado. As estórias dela são tantas que é notável que não tem paz mesmo quando destrói e afugenta quem supostamente tira a paz dela. Por isso escolhe novo alvo, ela sempre tem um.  Isso porque a paz deve estar dentro da pessoa. E talvez de fato ela nunca enxergou que a paz dela nunca é alcançada,  não importa quantas pessoas destrói, porque o seu interior está em guerra.  Sempre haverá uma bola da vez, mais os fantasmas do passado, o que apenas aumentará o mal estar. Paz interior,  independente das situações externas seria um grande plano para ela. Pena que se continuar inflexível vai continuar sofrendo e achando que está no exterior o conflito. E vai continuar destruindo pessoas.  E seu conflito só aumentará.  Pessoas assim não podem ser ajudadas pois não depende de nós,  mas de uma descoberta interna, de ela mergulhar no seu próprio ser. É uma pena e merece nossa compaixão.

E como lição,  podemos aprender que devemos buscar a paz interior muito antes do problema crescer como o dela. Ao pequeno sinal de irritação,  que possamos perceber e nos recompor.  E buscar novamente a paz interior. E lutar muito para não perder nossa paz interior, não importa o que esteja acontecendo ao nosso redor. Perto do dela,  nosso problema com paz interior é pequeno, portanto está fácil e em tempo para todos nós.  Mas se deixarmos para depois, poderemos viver aflitos. E isso não é nada bom.


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