"Concentre-se no que as pessoas fazem em vez de ficar especulando sobre o que as motiva. O modo como se comportam é que é relevante. Elas ficarão na defensiva - e com razão - se você julgá-las de maneira mais subjetiva."
Observar ações e comportamentos é muito importante. Os motivos são um pouco duvidosos porque, como dizem, o inferno está cheio de boas intenções. Se formos atentos, começaremos a enxergar as ações e não julgaremos de forma subjetiva. O quarto fundamento de Levine é comunicação em todos os níveis, portanto o bom profissional comunica quando age. Suas ações definem quem é, não suas explicações. As pessoas de lábia usam muitas explicações bonitas. As pessoas efetivas agem de forma efetiva e correta. Com certeza o bom profissional não quer criar uma realidade falsa, baseada em conversa, ele mostra ações.
O julgamento subjetivo é perigoso porque, como foi dito, cada um interpreta de uma forma e a possibilidade de estarmos enganados é gigantesca. Por isso, devemos sempre admitir essa possibilidade. Nossas percepções são enganosas, devemos sempre duvidar das nossas conclusões. Devemos sempre questionar nossos pensamentos e tornarmos-nos gerenciadores de nossos pensamentos ao invés de sermos induzidos pelo piloto automático.
No nosso estudo de caso Sra Drama chegava a ser engraçada, pois todas as interpretações dela eram subjetivas e ela realmente parecia acreditar em seus pensamentos. A colega se perguntava várias vezes que mecanismo era aquele, um tanto inusitado, pois poucas pessoas apresentam essa característica de forma tão acentuada. É normal vez ou outra as pessoas serem enganadas por seus pensamentos e julgar de maneira subjetiva. No caso da Sra Drama era demais, por isso havia tanto mal entendido. O barulho dentro da sua mente era grande demais para ela entender o que de fato ocorria. Ela era tão convicta que chegava a ser engraçado mesmo. Como pode distorcer a realidade de tal maneira? Não importa o que dizia a realidade, Sra Drama continuava a repetir a realidade dela. A colega não duvida que mesmo depois do laudo Sra Drama seguiu com a ladainha que ela era louca.
Como Sra Drama invertia, dizendo que era a colega que distorcia, a colega até tentou colocar um material de estudo para Sra Drama. Foi um curso preparatório que teve assim que ingressou no cargo. A colega, além de seus estudos próprios por gostar do tema, também havia sido instruída na instituição sobre as percepções e sobre comunicação. Sra Drama de fato necessitava daquele material. A colega pediu juntada disso porque auxiliaria também o terceiro imparcial. Tudo passava de mal entendido e de julgamento subjetivo. Ele só teria que juntar as peças e descobrir quem distorcia.
Agora vamos às ações da colega. Sra Drama não tinha nada contra a colega, a não ser 3 mal entendidos. Portanto, o que teria feito de mal? Exatamente três frases. Portanto, o terceiro imparcial tinha três frases que tiravam a paz da Sra Drama. Na real, é bastante subjetivo que três frases tirem a paz de alguém, pois esse era o motivo para ela fazer a maldade com a colega. O motivo era bem esquisito.
Agora vamos às ações da Sra Drama. Uma representação bem maldosa por causa de três frases. Diz a Sra Drama que o motivo da colega era a loucura, porque obviamente não havia motivo.
A colega provou que não era louca. Então não havia motivos para a colega fazer algo contra a Sra Drama e as três frases ficavam mais esquisitas ainda.
Segundo round.
Ação da colega: analisar o que ocorreu. Não fez nada de mais a não ser escrever e guardar consigo numa sala ďistante e privada. Na época a sala da colega era apenas dela, não compartilhava com outros, uma sala bem no fundo do imóvel, mesmo quem ia à cozinha que era o último cômodo e paralelo à sala da colega não tinha visão da mesa da colega, muito menos das gavetas. E não era uma sala frequentada, pois a colega é bem discreta e seu trabalho exige concentração. A colega tinha o direito de pensar que a atitude da Sra Drama não foi boa e discordar. Afinal, a colega nada teria analisado se não houvesse o que analisar. Isto é, se Sra Drama não tivesse feito a primeira maldade. Motivo da colega: a primeira maldade. Outra ação da colega: pedir perícia, pois já qu tinha conseguido tirar a falácia do Red herring, isto é, que era louca, estava na hora de se concentrar no principal. Motivo da colega: focar no principal, agora que já tinha tirado parte da fumaça que a Sra Drama tinha colocado para confundir e tirar a atenção do foco.
Ação da Sra Drama: ir sorrateiramente na sala da colega na sua ausência e vasculhar tudo. Motivo da Sra Drama: buscar algo para jogar mais fumaça e tirar o foco da segunda perícia. Como os escritos já estavam lá há bastante tempo, pois a colega vinha analisando a situação e a Sra Drama usou os escritos para a segunda maldade só após a colega pedir a perícia, a colega acredita que ela mentiu que a sala era pública e vista por todos por um motivo: impedir a perícia e disfarçar a má conduta de ir sorrateiramente na sala dos outros, invadindo o espaço alheio, de alguém contra quem fez uma grande maldade. Esquisito ela estar frequentando essa sala na ausência da colega.
Bom, especular sobre os motivos talvez não leve a nada. Mas com certeza quando se coloca na balança as duas ações de cada uma, verifica-se a maldade da Sra Drama. É como se as ações da colega fossem uma mosca e as ações da Sra Drama como um machado na cabeça da colega para matar essa mosca.
E com certeza muitas pessoas já passaram por isso. Claro que temos que perdoar as Sras Dramas da vida. Mas é importante que os órgãos tenham ações para inibir tais comportamentos, pois assim se matou muito bom funcionário público, assim muitos foram jogados para a mediocridade e perderam seus sonhos. Ainda acredito que a imparcialidade pode acontecer na prática. Ainda acredito que há possibilidade de ações preventivas uma vez que se saiba como é o modus operandi dos matadores dos bons funcionários. Afinal, temos que confiar que nossos impostos serão usados adequadamente. Como cidadãos nos resta alertar e esperar que ações preventivas e educativas aconteçam. Eu acredito muito na educação. A colega não comentou nada e nem comenta pois não quer castigo, acredita em ações preventivas e educativas. Eu também, não isso faço esse estudo de caso. Podemos ajudar as vítimas das Sras Dramas da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário