sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Como preservar as faces?

"Lei da presença das faces - Nesse modelo, considera-se que toda pessoa tem duas faces: uma face negativa que corresponde ao "território" de cada um (seu corpo, sua intimidade, etc.); uma face positiva, que corresponde à "fachada" social, a nossa própria imagem valorizante que tentamos apresentar aos outros.  Na comunicação verbal,  temos as faces do interlocutor  e do locutor a serem preservadas, por si e pelo outro, pois todo ato de enunciação pode constituir uma ameaça para uma ou várias dessas faces." Seja assertivo!  Vera Martins

O assédio moral se dá também quando as faces não são preservadas. Nenhum direito pode se sobrepor ao direito do outro quando se trata de questões amenas, pessoais,  de simples discordância entre partes.  Ninguém pode se achar com mais direitos do que o outro nesses casos de opiniões. Sempre deve haver respeito. 

Os assediadores no fundo são pessoas inseguras.  Eles até tentam preservar sua face. O problema do assédio é que a insegurança do assediador agride a face do assediado. Não podemos usar a desculpa que assediamos para preservar nossa face. Isso é extremamente covarde.

Todos têm dignidade e podem lutar pela sua dignidade desde que não tirem a dignidade do outro. O assediador provoca reações no assediado.  Ele provoca o outro psicologicamente.  Esses jogos psicológicos devem ser mostrados claramente como o modus operandi do assediador.

É sempre assim: precisaria o assediado agir de tal forma se não fosse provocado?  Claro que não.  Só agiu dessa forma após a provocação,  portanto verifica-se as más intenções do assediador por provocar o assediado.

É claro que não deveria o assediado entrar nesse jogo,   mas a cabeça humana nem sempre é tão controlável assim diante de um problema ou de uma provocação.  Por isso que todo assediado também deve estudar o modo de pensar assertivo, pois ensina a não agir nem como vítima, nem com agressividade e nem como passivo-agressivo.  É um treino, e todos temos muito pela frente nessa busca assertiva. Há maneiras assertivas de se defender de um assediador e aprender a agir assim é um grande progresso. 

Nem sempre será fácil,  mas ter a consciência de que existe um modo melhor de agir nos ajuda a preservar nossa face, preservando também a face do outro, mesmo que esse outro aja de forma não assertiva. E nós próprios que buscamos a assertividade podemos usar como medida se conseguimos ou não agir assertivamente. 

Preservar a face nossa e alheia também não significa concordar. De maneira alguma temos que concordar com a agressividade de alguém que invade nosso espaço.  Mudar essa pessoa também não está sob nosso controle,  mas educar,  ensinar,  mostrar um melhor caminho sempre está sob controle. Não podemos também ter expectativas e esperar que aprendam,  pois isso é uma escolha individual.  Se a pessoa julgar que mentiras, subterfúgios e esconder-se atrás de atos que não admite que fez, porque têm vergonha do que fez, não há o que fazer. É  apenas largar, deixar  a pessoa com sua própria escolha torta.  A lei de causa e consequência não falha,  tudo o que o homem plantar, ele colherá , diz a Bíblia.  

Portanto,  deixe o assediador escolher o que planta.  A colheita depende do que se planta. Quem planta com assédio e violação,  colhe de acordo. 

Jesus perdoou muitos pecadores,  mas nunca concordou com o pecado. Nem disse que não haveria consequências. Não precisamos concordar.  Podemos protestar e mostrar que não concordamos. De maneira alguma  vemos Jesus perdoar pecados e dizer que os pecados passaram a ser certos.  Ele continuou a tirar o pecado do mundo. E a Bíblia continua a apontar quais  são o caminhar correto e o incorreto. Mentira é mentira. O Diabo continua a ser o pai da mentira na Bíblia.  E quem mente apresenta-se como filho do diabo. O que é errado não muda porque houve perdão.  Há apenas a escolha de arrependimento ou não.  Quem se arrepende é perdoado por Deus. Nós podemos perdoar nossos inimigos para que Deus também nos perdoe.  Mas nosso perdão não significa que um ato mau ficou bom. E o perdão de Deus é para os que se arrependem. Mesmo que nós perdoemos quem nos fez mal, isso não significa que essa pessoa conseguiu o perdão divino. Enquanto não se arrepender das mentiras e malfeitos, não haverá perdão divino.  E o ato mau continuará a ser mau. Não importa a desculpa que se apresente. 


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Entendemos a finalidade da comunicação ?

"Lei da informatividade  - Implica o fornecimento de informações novas ao destinatário.  Caso isso não aconteça,  o destinatário não será convencido.

Lei da exaustividade - Exige que o enunciado forneça a informação máxima, sem exageros e sem falta,  e que não esconda uma informação importante para a sua compreensão.

Lei da modalidade  - Exige do enunciador  clareza na pronúncia,  na escolha das palavras,  na complexidade das frases e, principalmente,  uma informação direta e adequada ao gênero do discurso.  A comunicação direta,  objetiva e sem rodeios ajuda na clarificação  da mensagem.  Quando uma pessoa se sente insegura para dizer o que pensa, normalmente sua fala se torna indireta, com rodeios e justificativas; ela não vai direto ao ponto e seu interlocutor fica confuso,  não entendendo aonde ela quer chegar. Assim,  o processo de comunicação não se efetiva porque a lei da modalidade não foi atendida."

Seja assertivo!  Vera Martins

Novamente venho mostrar minha indignação frente à violação de meu espaço,  pela falta de comunicação assertiva.  Realmente as historinhas contadas não me convenceram, pois tenho certeza de que o espaço foi violado e sei exatamente do que estou falando. Eu preciso de informação clara, precisa e verdadeira,  não uma historinha para boi dormir. É preciso tratar as questões como adultos, e não com gracinhas,  brincadeiras,  bullying.  Violar o espaço alheio é assédio,  é bullying e lamento muito que  pessoas façam isso.

Como o blog é um protesto contra o assédio,  com certeza vou protestar, incansavelmente.  É preciso que certos assuntos sejam discutidos, mas sempre com seriedade, verdade,  não com subterfúgios de um bully. E com certeza eu incomodo os bullies da vida. Eu estou simplesmente tratando do modus operandi deles, estou expondo suas maneiras de agir e colocando claramente minha posição de discordância.

Mesmo que eu seja exaustiva ao tratar do assunto,  vou continuar,  pois sei que muitas pessoas são vítimas dessas pessoas que se julgam superiores aos outros a ponto de praticar bullying.

Eu sou chata até compreender algo.  Vou fundo até descobrir, faço mil perguntas, submeto uns e outros a teste mas descubro. Mesmo que escondam uma informação,  sou capaz de chegar bem próxima a verdade.  Se o objetivo era apenas chatear, conseguiu,  mas com certeza também levou chateação. Tudo é assim: causa e consequência. Eu não fiz nada, estava na minha, apenas tenho uma luta contra o assédio,  mas não apontei ninguém.  Se alguém vestiu a carapuça por ser assediador,  eu sinto muito mesmo. Com certeza assediar o outro não é bacana.  E eu e muitos vamos continuar a luta.

Esconder informação de mim não leva a muito. Melhor dizer claramente o objetivo. Sempre as pessoas conseguem muito mais de mim quando são claras e objetivas. O subterfúgio assediador é sempre contraproducente. E imagino que não puderam ser claros e objetivos por um motivo bem simples: o objetivo não é nada nobre.

Oh dificuldade de ser claro!  Oh dificuldade de ser direto!  Certas pessoas ganham na obscuridade e na montagem de mal entendidos. Que fique bem claro, faz parte do modus operandi do assediador. Ao invés de esclarecer,  ele cria mal entendidos.

Se todo esse caso me deixou confusa é porque  o assediador provocou isso. Eu realmente não entendi onde a pessoa quis chegar.  A comunicação realmente foi péssima e não entendi a finalidade,  muito menos concordei com o método.

Por que não falar diretamente?  Por que não usar a verdade  ao invés de usar subterfúgios e se esconder atrás de mentiras?

Realmente  muitos não vão aderir  a um discurso assertivo. E realmente não há nada que podemos fazer, pois não podemos mudar um mentiroso que se esconde nas sombras da mentira.

É lamentar -se. É o caso de protestar e denunciar educadamente  o modus operandi.  E muitos vão preferir a mentira e vão ficar no lado da mentira. E não devemos nos surpreender pois o mundo jaz no maligno. E ele engana a muitos. Só podemos controlar a nós mesmos.  E é escolha nossa se queremos ficar do lado da mentira e dos subterfúgios malignos,  mesmo que disfarçados de boas intenções.




quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Quais as leis do discurso assertivo?

"Lei da pertinência - estipula que um enunciado deve ser totalmente adequado ao contexto em que acontece,  de forma que a informação seja de interesse do destinatário.

Lei da sinceridade - demonstra, em suas falas, o engajamento do locutor e o comprometimento com seu interlocutor.  A lei da sinceridade não estará sendo respeitada se o locutor enunciar um desejo que não quer ver realizado  ou se afirmar algo que sabe ser falso,  por exemplo.  Se o interlocutor interpreta a fala como falsa ou como uma promessa inatingível,  a comunicação fica comprometida.  É o caso do vendedor que floreia seu produto e promete mais do que pode oferecer  ou aquele que busca atender somente a seus próprios interesses.  Ou ainda o caso da mãe que,  para se ver livre da insistência do filho, promete dar -lhe um brinquedo e depois não cumpre sua promessa.  O filho, decepcionado, sente-se traído e desrespeitado pela mãe."

Infelizmente muitas vezes somos assertivos, mas temos que lidar com o comportamento agressivo.  Infelizmente também não há nada que possamos fazer em relação ao agressivo.  É o caso de apenas lamentar que tantas pessoas ainda têm que recorrer a um comportamento desses.

Como disse, enfrentei recentemente um problema de agressão ao meu espaço.  A pessoa que fez isso certamente violou as leis de discurso assertivo. A pessoa foi completamente inadequada. Não era necessária essa violação.  Ela só serviu para que eu ficasse mais inconformada com esse tipo de comportamento e para que eu discordasse mais com o fato de certas pessoas terem de recorrer a esse tipo de artifício. Foi tão impertinente o que a pessoa fez que ela teve que se esconder o que fez. Não teve a coragem nem de admitir o que aconteceu.  Não teve a coragem de explicar. Não teve a coragem de enfrentar a situação face a face.  Precisou se esconder nas sombras, negar. E quando isso acontece, certamente é porque agiu errado. Quem age certo não precisa negar o que fez muito menos precisa se esconder nas sombras.  Pode submeter-se à luz.  Pode revelar-se.

Assim, trata-se de uma covardia. Estou perante uma porção de covardes que se escondem nas sombras, que não se revelam e não se explicam,  porque não tem uma explicação plausível.  E o pior é que a pessoa não tem vergonha da covardia. Revoltar -se com isso?  Não creio ser o caso . É apenas digno de pena alguém agir de forma tão rasteira.

Além disso, afirmaram algo falso. Quando era melhor até calar-se,  ouvi uma explicação  falsa e não plausível.  Claro que era falsa a explicação dada. A pessoa tinha toda consciência que mentia e quis sustentar a mentira. Lógico que percebi. E é lógico que decepcionei -me,  senti-me traída  e desrespeitada.  Ao menos um pouco de sinceridade seria bom.

Mas o que esperar de pessoas rasteiras? Agem assim pois é apenas assim que sabem agir. Então qual nossa reação como assertivos?  Apesar de termos o direito de sentir,  expressar-nos e viver o momento com autenticidade, da maneira que realmente sentimos,  sem máscaras,  demonstrando todo nosso descontentamento,  temos também o dever de  perdoar.

Jesus ensinou a perdoar 70 × 7 vezes. Temos que compreender que certas pessoas agem com mentira e fazem coisas desnecessárias, que fazem os outros sofrerem desnecessariamente porque é assim que aprenderam a fazer. Essas pessoas estão acostumadas a isso e até acham que isso é o certo. Não há nada que possamos fazer.

Não está ao nosso alcance muda-las de agressivas para assertivas. De mentirosas para sinceras.  O máximo que podemos fazer é perdoar e afastarmos de pessoas assim. Lembrando que há muitas pessoas sinceras, muitas pessoas que não precisam violar o espaço do outro. Muitas pessoas que agem decentemente.  E são justamente essas pessoas de caráter  que valem nosso esforço,  que valem nossa fidelidade.  Talvez não seja a hora de ver quem nos decepciona,  mas de valorizar as pessoas de caráter.  E há muitas, muitas pessoas de caráter.

Perdoar e largar.  Devemos deixar ir os mentirosos. Deixar ir quem nos faz sofrer.  E valorizar cada vez mais quem nos apoia.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Quais as características da comunicação assertiva? .

"Dá informações : descrevendo a situação como vê.  Busca informações : solicitando, com polidez,  que a outra pessoa descreva a situação como ela percebe. Expressa sentimentos : relatando como se sente em relação ao que está acontecendo.  Procura conhecer os sentimentos do outro: solicitando a outra pessoa que descreva como se sente em relação à situação.  Você compreende sem necessariamente concordar com ela. Busca mudança no outro : descrevendo o comportamento  que gostaria de ver no outro.  Procura mudança em si próprio: concordando em modificar o próprio comportamento, se necessário."

Seja assertivo! Vera Martins

A comunicação assertiva permite a cada um ter sua visão.  O assertivo descreve as situações como ele vê.  Não há problema algum em ver diferente do outro e ninguém é obrigado a ver como o outro enxerga.  Não importa se é uma maioria,  ainda ainda o assertivo tem o direito a ver o mundo sob seu ponto de vista.

Por outro lado, o assertivo aceita que o outro tenha uma visão diferente.  Ele não se obriga a seguir a multidão,  mas ouve a descrição como o outro percebe.

O assertivo expressa seus sentimentos.  Ninguém é obrigado a reprimir seus sentimentos só porque os outros não os entendem. Nós temos o direito de sentir, mesmo que o outro não concorde. Recentemente passei por um problema.  Sob meu ponto de vista, foi uma lesão.  Portanto, tenho o direito de sentir medo, insegurança, falta de apoio, falta de compreensão. Senti tudo isso.  Expressei como me senti mal acerca disso tudo. Expressei que não gostei do que aconteceu. Não sou obrigada a gostar do que aconteceu. Não tenho que dizer que gostei da violação do meu espaço.  Não gostei.  Ponto final. E quando não gosto sou chata. E se não entendo a situação, sou chata também até para descobrir o que está acontecendo.  Não quer minha chatice? Não viole meu espaço.  Vem tudo no pacote. Violou, aguentou chatice.

Também há o outro lado, o assertivo também ouve o outro. Nas minhas sondagens para descobrir o que houve, também dei abertura. Tentei entender o sentimento de quem me Violou.  Tentei encontrar a boa intenção de quem fez isso. Não preciso concordar com os motivos do outro.  Mas compreendo que nem  sempre fazem com ma fé.  E o mais importante,  isso pode ser tão mesclado,  pode ter o que fez de boa fé,  junto com um outro que foi malicioso. O malicioso muitas vezes é oportunista,  se esconde por trás do que fez de boa fé. No meu caso,  cheguei à conclusão que se tratava de algo misto. Pessoas de boa fé com um malicioso de má fé por trás,  sem que os de boa fé tenham até agora percebido a má fé do outro. E assim é que o mundo gira. Muitos enganados, poucos atentos.

O assertivo busca descrever como espera que seja o comportamento do outro. Durante esse meu período difícil,  nem sempre me comportei como deveria.  Sim, todos estamos sujeitos como seres humanos a falhar,  a ter fraquezas nas horas difíceis. Somos todos seres humanos com todas as dificuldades que essa condição nos sobrepõe.  Sei que o outro achava que deveria me comportar diferente. Isso é fácil para quem está fora do problema. Por isso, podemos sempre ouvir o outro e o que ele espera,  principalmente quando você sabe que esse outro é de confiança,  que não tem malícia, está apenas querendo ajudar. Nós mesmos fora do problema concordariamos  que outro comportamento seria mais adequado.  A vida é um grande aprendizado. Estar num problema muitas vezes nos cega. Por isso é importante ouvir mais pessoas.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Quem discorda está contra nós?

"Esse livro, provavelmente,  será percebido diferentemente por cada leitor,  em função das experiências individuais.  Por essa razão, quando alguém discorda de nossa opinião,  logo o rotulamos de errado.  É o 'mecanismo paranoide', ou seja, achamos que estamos sempre certos.  Se alguém discorda de nossa opinião,  temos a sensação que o outro está contra nós."

Seja assertivo! Vera Martins

A autora tem como expectativa que o livro dela será interpretado de várias formas. Isso vai depender de cada pessoa que lê.  Essa pessoa terá uma experiência diferente.  Terá  uma visão de mundo diferente.

Alguns podem discordar da posição assertiva.  Alguns podem concordar. E mesmo assim não precisamos rotular o discordante de errado. Ele apenas tem uma visão diferente.

Quando achamos que sempre temos razão,  entramos no mecanismo paranoide.  Precisamos fazer esse esforço de considerar o ponto de vista do outro. Precisamos fazer esse esforço de admitir que nem sempre estamos certos. Exige um esforço concentrado,  eu sei.  Mas nossos maiores progressos ocorrem quando saímos um pouco da zona de conforto.

A discordância não quer dizer que o outro está contra nós.  Podemos viver muito bem com pessoas discordando de nós sem que isso signifique estar contra. Pelo contrário,  quando aprendemos a apreciar as discordâncias,  alargamos em muito nosso ponto de vista. E aquele que discordou pode muito bem estar a nosso favor para nos fazer crescer e aumentar nossa visão.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O mundo é da maneira que o vemos?

"O que é um paradigma? Dentro de nosso contexto,  paradigma é um padrão,  um modelo de referência,  é a maneira como vemos o mundo - não no sentido visual,  mas sim em termos de percepção,  compreensão e interpretação.  Acreditamos que o mundo é exatamente como o vemos,  de forma objetiva.  Na verdade,  vemos o mundo como nós fomos condicionados a vê-lo."

Seja assertivo! Vera Martins

Quais são nossos paradigmas?  Muitas vezes nem nós mesmos sabemos, porque estamos no modo automático.  O mundo de cada um depende de como aprendemos a ver o mundo, não como ele realmente é.  Por isso existe um mundo para cada pessoa.

Nosso ponto de vista depende de nossa formação.  Assim cada um percebe, compreende e interpreta de uma forma.  Assim, o mesmo objeto pode ser interpretado sob diferentes perspectivas.

Podemos ter paradigmas que nos fortalecem ou paradigmas que nos enfraquecem. Se aprendermos a detectar os paradigmas,  começamos a fazer pequenos ajustes até que conseguimos alcançar o paradigma que nos fortalece.

Nossos paradigmas podem nos levar para onde queremos chegar. Ou podem nos afastar desse lugar tão desejado.  Portanto,  paradigmas são muito importantes.  Prestar atenção neles e moldá-los pode fazer muita diferença.  Hoje é o dia de termos bons paradigmas. Paradigmas fortes e poderosos.  Hoje é o dia de levantarmos a cabeça e mudarmos tudo aquilo que nos enfraquece.

É apenas uma questão de fazer pequenos ajustes em nossa visão.  Cada dia um pequeno ajuste e em pouco tempo já teremos muito progresso na mudança de paradigmas.

Nosso paradigma desejado não precisa ser igual ao do outro, cada um tem o seu ideal. Cada um  pode escolher qual o melhor paradigma.  Não importa se o outro acha muito extremo, muito diferente,  porque isso é apenas percepção. 


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Você aceita os mesmos direitos do assertivo do outro?

"Reconhecer e aceitar que o outro também tem os mesmos direitos - Este não é um direito,  mas um dever do comportamento assertivo. Este dever exige desprendimento e tolerância à frustração,  pois o NÃO do outro pode significar uma negação dos seus desejos,  da realização de suas expectativas.  O uso indiscriminado dos dez direitos do assertivo terá um efeito negativo e fará de você uma pessoa agressiva.  A UNICA maneira de cumprir esse dever é equilibrar os dois fatores da assertividade: individualidade e socialização."

Seja assertivo! Vera Martins

O assertivo precisa aceitar que os outros têm o mesmo direito de ser assertivos.  Quando o outro é assertivo conosco ele vai dizer não,  ele vai se colocar,  posicionar,  e como assertivos devemos ver que está tudo bem.

Está tudo bem o outro pensar diferente.  Está tudo bem o outro ser diferente.  Está tudo bem a discordância.  Está tudo bem que nossos desejos não são realizados.  Está tudo bem que nossas expectativas não são cumpridas.

Ser assertivo é aceitar o outro como ele é.  É deixá-lo ser.

Estamos bem apesar de tudo porque por dentro somos fortes. Por dentro temos uma resiliência tremenda. Porque sabemos que bons e maus momentos são certezas na vida. Que saibamos viver bem os bons e passar bem pelos maus.

Como assertivos vamos descobrir que estávamos errados,  que nossas certezas não se concretizam. E está tudo bem. Vamos descobrir muito e estar abertos a descobrir muito mais porque damos espaço para esse crescimento.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Você tem o direito de ser ouvido?

"Você tem o direito de ser ouvido e levado a sério - Esse direito é violado quando deixamos de expressar nossas opiniões,  sentimentos e desejos.  Normalmente,  não usamos esse direito por medo de sermos rejeitados,  tidos como incompetentes e ignorados,  sentimentos incutidos em nós por todas as crenças que nos impedem de usar os direitos do assertivo.  Ao nos apoderarmos dos direitos dos assertivo, certamente seremos ouvidos e levados a sério."

Seja assertivo! Vera Martins

Por mais que as pessoas discordem,  cada um  tem o direito de ser ouvido.  Ouvir parece muito simples mas pouquíssimas pessoas têm esse dom.

As pessoas estão tão presas em seus preconceitos que só de perceber que o outro falará algo que discordam,  já fecham os ouvidos,  e praticam a escuta seletiva. Ouvem o que lhes convém e o que querem. E o que confirma seus conceitos.

Por isso,  muitas vezes as pessoas desistem de falar, por saber que não serão ouvidos.  O assertivo se expressa e também demonstra o que sente e deseja.  Está tudo ok se formos rejeitados.  Está tudo ok se nos considerarem incompetentes,  mesmo porque cada um tem um conceito diferente. Está tudo ok se nos ignorarem,  sempre haverá quem nos dá atenção e quem nos ignora. 

A opinião pública sobre Jesus era muito diversa.  Alguns criam e outros o rejeitavam. Ainda outros queriam apedrejá-lo, prendê-lo e matá-lo.  E mesmo assim ele falava. Ele sabia que dividia opiniões. 

Também é uma questão de prática.  Cada vez que praticamos os direitos dos assertivos, mais podemos nos aperfeiçoar para sermos ouvidos e também para lidar com a rejeição.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Você pode dizer que não se importa com seus defeitos?

"Voce tem o direito de dizer "não me importo" -  Esse  direito nos é tirado pela crença de que temos defeitos e devemos buscar a perfeição.  Dada a condição humana,  a perfeição não será possível.  Dessa forma temos que melhorar, no mínimo,  nosso comportamento.  Se não tivermos a premissa de melhorar sempre,  seremos tachados pelos outros e por nós mesmos como inúteis,  preguiçosos,  pessoas que não merecem respeito.  Essa busca nos cobra a busca eterna do eu ideal.  A forma de utilizar o direito de dizer "não me importo" é fazer seu próprio julgamento e avaliar se está contente ou não com seu eu real.  Seja seu próprio juiz e decida se quer mudar ou não.  Caso contrário,  dê-se o direito de dizer,  mental ou verbalmente,  "não me importo", quando alguém apontar um defeito seu."

Seja assertivo! Vera Martins

Existe um "eu real" e um "eu ideal". Eu sou super a favor do crescimento.  Muito a favor de mudanças.  Mas não posso aceitar a idéia de cobrança pela perfeição. 

Tentar ser perfeito vai deixar a pessoa insatisfeita. É uma busca sem fim. Nunca a pessoa ficará saciada.  E o problema não é só esse. O pior é tentar provar-se perfeito. A pessoa no fundo conhece suas imperfeições mas precisa mostrar aos outros que é perfeita e então faz de tudo para mostrar o que não é.  Isso é muito desgastante e tira a paz de qualquer um.

Abraçar nossa imperfeição nos dá espaço para crescer. Se eu  julgo-me perfeita, então penso que não precisa fazer nenhuma modificação e que tudo está bem. Se julgo-me imperfeita,  estou aberta para fazer modificações e para rir de mim mesma.

Abraçar a imperfeição é enxergar esse "eu real". Estamos contentes em muitos aspectos,  em outros precisamos mudar.  Mas isso é uma decisão e escolha nossa. Se alguém nos aponta um defeito, podemos analisar se estamos ou não contentes,  se esse defeito nos incomoda ou não.  E se para nós está tudo bem, temos o direito de dizer "não me importo".



quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Precisamos compreender tudo?

"Você tem o direito de dizer: Não compreendo - Este direito mostra mais um aspecto da condição humana.  Ninguém é perfeito para compreender todas as coisas.  Aceitar que você está sempre aprendendo é sabedoria.  Mas, desde criança,  aprendemos que temos a obrigação de compreender os desejos dos outros sem que eles precisem nos falar,  para não criar problemas.  Ora, não temos bola de cristal e nem sabemos ler pensamentos.  Portanto,  quando alguém insinua que está magoado com você,  não se sinta culpado.  Diga: 'Não compreendo porque você está se sentindo assim.' Com a resposta,  decida se a mágoa é justificável.  Em caso positivo,  peça Desculpas sinceras e encerre o caso."

Seja assertivo! Vera Martins

Estamos aprendendo todos os dias.  Saber qual o desejo e as expectativas alheias é fácil por vezes. Outras vezes não.  Tudo depende.  O ideal para evitar mal entendidos é esclarecer.

Está tudo bem admitir que não compreende certo comportamento e perguntar. Checar faz parte do processo.  Ruim é chegar a conclusões precipitadas.  Temos que verificar se compreendemos perfeitamente.

Graças a Deus ainda não conseguimos ler pensamentos.  Seria uma grande invasão.  Na verdade,  a maioria das pessoas não está consciente nem do próprio pensamento,  que diria do próximo.  É preciso estar muito relaxado, num estado mental muito presente para lidar com os próprios pensamentos.

Algumas pessoas tem mais habilidade. Muitas estudaram comportamento,  psicologia,  psiquiatria e têm mais facilidade para entender,  mas a maioria de nós,  seres mortais, somos muito falhos nas nossas conclusões e temos que ter muita consciência disso. Outras ainda tem o dom de Deus então têm a revelação pelo Espírito Santo de Deus.  Mas mesmo estas pessoas não são oniscientes,  o Espírito revela de forma selecionada,  apenas o que é necessário.  Diferente de Jesus quando esteve na Terra que sabia o que a pessoa pensava antes mesmo de pronunciar.

Mesmo tendo essas habilidades ou dons, precisamos checar.  Imagina quem não tem. Isso tem relação com heurística,  com verdades e conclusões precipitadas. Para evitar a precipitação é bom checar. Não custa nada fazer essa pergunta simples. Dizer que não entendeu não ofende a maioria das pessoas.  Só ficará ofendida a pessoa que usou a ambiguidade propositadamente e para causar confusão, caso dos manipuladores.  As pessoas normais não se importam de reformular.

Muitas vezes quando pedimos para a pessoa esclarecer,  ela mesma se surpreende, pois como disse,  muitos não tem consciência do seu próprio raciocínio.  Se a pessoa ficar muito ofendida,  é porque ao reformular, teve que descobrir que tratava-se de um sentimento que rejeita e quer esconder.  Muitos não usam o direito de ter sentimentos ruins e os ampliam. Outras pessoas, que ao reformular compreendem que estavam com um sentimento ruim, podem simplesmente lidar melhor com o sentimento e assim conscientemente ir acabando com ele.

Vamos a um caso em que a pessoa sente raiva. Ao reformular,  a pessoa descobre que era raiva,  muitas vezes nem relacionada ao interlocutor e então ela pode domar isso.  A pessoa saudável dirá: 'É que quando você age assim fico com raiva.  Mas no fundo sei que tive um mau dia e que também estou em TPM e estressada.  Não gosto quando invadam meu espaço.'

Ao analisar se a raiva é justificável ou não, podemos analisar como foi essa invasão e então ver se é razoável pedir desculpas e deixar a pessoa com o seu espaço necessário.  Cada um tem um.

Poderíamos dar vários exemplos.  Ao perguntar, muito se esclarece.  E muitos comportamentos podem ser adequados para o ganha-ganha.

Mas enfim, não precisamos entender tudo, mas perguntar e checar é fundamental.




quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Você precisa ficar à mercê da vontade dos outros?

"Você tem direito de ser independente da boa vontade dos outros - Esse direito lhe permite auto afirmar-se perante pessoas amigas ou não, conhecidas ou desconhecidas.  Virar à mercê da boa vontade de ser aceito pelo outro,  além de comprometer sua auto confiança e iniciativa,  tornará você vulnerável à maior força de manipulação possível.  Existem pessoas que acreditam que,  antes de iniciar um relacionamento,  é preciso obter a boa vontade do outro,  caso contrário,  a relação não será possível.  É evidente que a cooperação e a boa vontade dos outros facilitam a sua vida,  mas você não pode estipular essas condições para a sobrevivência nos relacionamentos."

Seja assertivo! Vera Martins

Ah! A aceitação,  morremos de medo de a pessoa ficar dodoi.  E por isso não somos assertivos.  É bem comum. Muitos manipuladores usam isso.  Se não me contar... Então fico chateado. Se guardar esse segredo de mim... tem que me contar tudo...

Será que temos o direito de contar um segredo do outro, ou mesmo profissional,  porque um outro amigo vai ficar dodoi,  coitadinho?  Isso é infidelidade,  deslealdade.  Se alguém nos confiou algo importante,  é preciso saber separar a amizade do compromisso que temos.

Esse é apenas um exemplo mas poderia ser qualquer ato. Quem conta segredos alheios só para não chatear o pentelho curioso é desleal. Ponto. E não sabe se afirmar. É incapaz se se colocar.

Tudo que nos é confiado,  deve ser tratado com zelo. Esse segredo pode ser comparado a um objeto.  Eu te empresto a chave de um apartamento mas é só para você.  Seria uma traição de confiança passar adiante. 

E muitos agem assim porque existe sempre alguém que acha que tudo lhe pertence,  que o mundo lhe deve. Não,  o mundo não lhe deve. E podemos dizer não. É um direito nosso.  Se alguém nos virar a cara, retaliar,  espernear porque não contamos algo, não emprestamos algo,  isso quer dizer que a boa vontade dessa pessoa é uma troca.

Muitos não percebem esse meio de manipulação.  Se eu não contar, você retalia, então isso significa que a sua boa vontade era uma mentira. Você provavelmente só se aproximou de mim para saber esse segredo,  como eu não contei, você se vinga de mim.

Imagine isso.  A pessoa só se aproximou para fazer você trair um outro ou mesmo até um segredo profissional.  Isso na verdade é um ato muito feio da pessoa.  No meu ver, melhor distante mesmo. Se a boa vontade dessa pessoa fica condicionada a isso, é evidente que existe algo errado.

Ocorre que muitos são muito carentes. Como aquela pessoa mostra boa vontade suprindo essas carências,  a pessoa fica com medo de perder e trai o outro ou o seu empregador.  A pessoa se torna desleal. E o manipulador percebe isso.

Diga não a esse tipo de manipulação e não viva à mercê da boa vontade dos outros. Quem estipula essas condições não é confiável.  Embora nosso emocional muitas vezes nos engane,  vamos pensar em nossos direitos de assertivo e nos libertar dos manipuladores!!!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Você tem o direito de não saber?

"Você tem o direito de dizer 'não sei' - É difícil dizer 'não sei', porque a crença que nos foi ensinada é baseada no seguinte princípio: 'Você é irresponsável e precisa ser controlado por outros,  se não souber os resultados futuros do seu comportamento'. Esse princípio explica porque nos sentimos envergonhados e acuados quando nossa 'ignorância' é exposta às pessoas,  além da necessidade da preservação da auto imagem."

Seja assertivo!  Vera Martins

Também é libertador admitir-se ignorante.  Não somos obrigados a saber tudo. Sabemos uma parte muito pequena,  muito pequena mesmo do todo. E está tudo bem. E é normal.

Mesmo que a expectativa do outro seja diferente,  admita que não sabe. Como professora,  muitas vezes não sabia. E estava ok.  Pesquisava e depois passava a resposta.  Isto não nos diminui em nada.

Atualmente continuo não sabendo muita coisa e está ok,  pois sei outras. Sei sobre aquilo que me fascina,  que me interessa,  que eu estudo. Mesmo com pós graduação sei que muitos que nem terminaram o estudo sabem muito mais do que eu nas áreas que elas têm experiência,  nas áreas que a fascinam,  dentro dos seus interesses.  E realmente nunca saberemos tudo.

Querer dominar todo o conhecimento acumulado é um sonho impossível.  Mesmo em nossas áreas de formação não sabemos. Mesmo na nossa experiência profissional,  daquilo que fazemos todo dia não sabemos.

Não precisamos ser controlados pelos outros se não sabemos. A não ser que esse outro seja nosso superior hierárquico,  mas aí  não é relação de saber ou não saber,  muito menos de controle. É uma relação social que precisa ser respeitada.  A autora se refere provavelmente à pessoa que se deixa controlar por se sentir inferior intelectualmente.  E muitas vezes isso entra na manipulação. 

Não precisamos ser acuados e envergonhados porque não sabemos.  É natural não saber, porém somos inteligentes para aprender. Desde que estejamos abertos a aprender.  Não mexe com nossa auto imagem o fato de não sabermos.  Podemos escolher dizer à nossa auto imagem que não tivemos a oportunidade de aprender, mas se escolhemos aprender, vamos aprender.

Quando as expectativas dos outros é que saibamos algo,  podemos sempre avaliar se são exigências reais ou se são expectativas próprias daquela pessoa.  Eu sempre dou o exemplo de um cargo que não exige um curso específico e alguém exige aquele conhecimento.  Não são exigências reais do cargo,  são expectativas da pessoa.  Então é bom se tivermos aquele conhecimento,  é um PLUS,  algo a mais. Mas se não tivermos é esperado vindo daquele cargo. É uma expectativa,  mas não uma exigência real. Assim, ninguém tem o direito de rebaixar, envergonhar,  acuar e acabar com a auto imagem de quem não sabe algo que não é exigência,  é apenas uma expectativa pessoal.

Um bom exercício é se colocar no outro lado também.  Estamos com expectativas demais?  Queremos que o outro saiba algo que não é exigência real?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Você tem direito de cometer enganos?

"Você tem o direito de cometer enganos e ser responsável por eles - Aceitar a falibilidade humana é aceitar a imperfeição e o perdão.  Nós somos seres imperfeitos.  Portanto,  aceitar o erro e ser responsável por ele é o mesmo que aceitar a condição humana.  Na maioria das vezes,  criticamos os erros dos outros e nos envergonhamos dos próprios erros.  Isso porque fomos levados a crer que o erro é feio,  é um mal causado ao outro e, sendo assim, temos de reparar o mal,  colocando-nos na mão do outro para os corrigir."

Seja assertivo! Vera Martins

Muitas pessoas continuam na rigidez intelectual porque não se dão ao direito de se enganar. Saber sobre a falibilidade humana é libertador.  Admitir-se como um ser humano falho traz muita paz.  Ninguém precisa mentir e sustentar mentiras para esconder a falha. Fórmula muito simples: Falhei e me responsabilizo por isso.  Olha que ser humano com paz!  Pensa no contrário,  a pessoa que falhou mas não se dá ao direito,  aí começa a mentir. Usar mais mentiras para cobrir a primeira mentira, depois outra. Aquela tensão para que ninguém descubra.  Isso é a fórmula do ser humano sem paz. Só que a pessoa acha que esse peso todo que carrega é bom.

É por isso que  Jesus ensina a não ver o cisco do olho do outro. Quanto mais criticamos o outro, mais achamos que temos que ser perfeitos e como isso é impossível,  achamos que devemos esconder nossas falhas. E nisso se forma uma trave no nosso olho. Às vezes é consciente,  mas na maioria das vezes é inconsciente.  Nós com uma  grande trave criticando o cisco do outro. O pior é quando queremos apontar,  apontar,  apontar. Quando alguém nos aponta, aí nos tornamos defensivos. 

Sei que não estou imune a isso.  Sou um tanto crítica e sei que tenho que prestar atenção nisso para não criticar no modo piloto automático. Aliás,  é uma das minhas metas atuais.

Meio difícil,  se não fizermos um esforço consciente podemos cair e  cair nisso.  Muitas vezes achamos que é necessário.  E realmente é difícil saber quando há necessidade de falar algo.  Mas creio que é o risco. Se eu não falar, mesmo que soe como crítica,  há algum risco para algo ou alguém? Qual é o valor maior? 

Saindo do assunto apontar o erro alheio,  vamos aos nossos próprios.  Achamos que não temos o direito de errar porque é feio e um mal causado ao outro. Então quando se arriscar a errar?

 Podemos nos perguntar: Se minha hipótese estiver errada,  será feio o que fiz?  Posso dar minha cara a tapa, admitir o erro e ser responsável por ele? Se sim, poderei admitir e explicar o que me levou a pensar assim. Um erro não é deliberado nem intencional.  Eu tenho que admiti-lo então assumir a responsabilidade pelo erro. Ninguém erra porque quis errar. Foi um erro de cálculo.

Se minha hipótese estiver errada,  causei um mal a alguém? Se estivesse certa, teria salvo algo?  Na balança,  qual pesa mais? Qual o maior valor a se proteger?  Se de fato não causar mal a ninguém, for apenas uma precaução foi um erro de cálculo visando prevenção de um valor maior, sem que ninguém ficasse de fato prejudicado, então talvez valha a pena correr o risco.  Às vezes o "mal" é apenas vaidade de alguém,  e o valor em risco para ser salvo é de fato importante. 

Às vezes não queremos errar porque achamos que vamos nos colocar na mão de alguém. Isso é muito usado por manipuladores,  eles nos causam um sentimento de culpa. O mantra do manipulador é: Você errou comigo, é culpado, agora tem que fazer a minha vontade. Você tem o direito de errar!  Não é por causa disso que ficará na mão de um manipulador.  Se alguém se utiliza de culpa para manipular o outro, essa pessoa não é saudável.  É um passivo-agressivo. Não caia nessa falácia!

Jesus Cristo nos ensinou muito sobre a falha e o erro. Ele não aponta,  mas sofreu para que nossos erros fossem perdoados.  Quando morreu por nós,  tirou toda a culpa, todo nosso peso. Ele carrega sobre si nossos erros e nos purifica.  Então não há porque achar que esse peso ficou grudado em você.  Se está em Cristo, nenhum manipulador tem direito de apontar.  Pelo contrário,  você tem direito de errar e ser perdoado: confessando (responsabilizando-se) e deixando (não cometendo mais esses erros). 


sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Podemos mudar de opinião?

"Você tem o direito de mudar de opinião  - É sinal de flexibilidade,  apesar de termos aprendido que é sinal de fraqueza,  que errar é sinal de irresponsabilidade e, por isso,  que não somos capazes de tomar decisões.  Mudar de opinião pode ser saudável e inteligente,  mesmo porque nossos interesses e contextos mudam. Dessa forma,  permanecer na rigidez pode ser sinal de ignorância."

Seja assertivo! Vera Martins

Aqui a autora enfatiza que podemos mudar de opinião.  Está tudo certo mudar. Aliás,  acredito que mudar é a condição para o crescimento.

A rigidez de pensamento não é boa para nós.  Ela nos prende a um lugar que nem sempre é o melhor para nós.  Ela nos prende a um passado que nem sempre contribuirá para um futuro melhor.

Augusto Cury também enfatiza a necessidade de mudança e ele se dá como exemplo. Ele era ateu e após estudar a vida de Cristo passou a ser acreditar em Deus.

Ele teve a flexibilidade de mudar. É muito inteligente mudar se há um caminho mais agradável.  Se há uma porta que nos leva a um lugar melhor. E mais saudável.

Jesus ensinou que para ser salvo era preciso nascer de novo. O mestre nos ensinou a importância da mudança.  Sem mudar os velhos hábitos,  sem dar um adeus ao nosso "velho eu" que tem vários vícios prejudiciais é impossível ter uma vida em paz. Como achar paz se somos orgulhosos?  Como achar paz se temos inveja?  Como estar em paz e ao mesmo tempo ansiosos?  Como achar paz se dependemos da opinião alheia e vai se impossível agradar todos? 

A vida com os frutos espirituais depende de mudar de opinião.  É preciso muita mudança e paciência, pois os resultados não  são imediatos. Os frutos do espírito são amor, paz, alegria,  paciência,  benignidade,  bondade,  fidelidade,  serenidade e auto controle. Nosso "velho eu" precisa mudar muito de opinião para chegar a frutificar.

E em todos os aspectos da vida. Ser rígido só vai nos prender e impedir nossa frutificação. Sim, temos o direito de mudar, isso é sinal que estamos aprendendo e abertos a novos conceitos. Que todos os dias um pouco do "velho eu" se vá e que nossos paradigmas mais fortalecedores nos alcancem.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Precisamos resolver os problemas alheios?

"Você tem o direito de escolher não ser responsável pela solução dos problemas das pessoas.  - Por mais que goste de alguém,  você não tem a capacidade de pensar por essa pessoa,  de criar-lhe estabilidade mental e estado de felicidade.  Nada impede que você sinta compaixão pelos problemas dos outros e até decida fazer o que uma pessoa deseja,  mas ela terá de se esforçar,  sofrer,  enfrentar os obstáculos para conseguir ser uma pessoa saudável e feliz.  Na prática,  quando você ouve o problema de alguém,  pode sentir compaixão ou sugerir alternativas,  mas não assumir a responsabilidade pela solução.  Você tem o direito de não querer ouvir o problema do outro.

Seja assertivo!  Vera Martins

Na maioria das vezes ajudamos mais as pessoas quando a deixamos resolver seus próprios problemas.  De alguma forma,  a própria pessoa criou esse problema.  Ter a oportunidade de resolvê-lo fará a pessoa ser maior do que o problema é até preveni-lo não criando situações semelhantes.  Resolver pela pessoa não contribuirá para que ela cresça e aprenda as lições necessárias para ser maior do que o problema.

Resolver um problema desenvolve a capacidade de pensar e buscar soluções criativas.  Todos têm uma capacidade inata de pensar Boas soluções.  Ocorre que quando alguém pensa por nós,  ficamos acomodados e escolhemos o mais fácil.  Quando somos obrigados a pensar essas soluções,  descobrimos essa capacidade adormecida.

Quando passamos por um problema,  saímos mais fortes. Como crescemos e ficamos maior do que o problema, aquele problema de nível 5 não significará muito para nós da próxima vez que passarmos por ele. Isso porque passamos a ser nível 6, 7, 8 ou até 10. Isso significa que nossa estabilidade mental também não será abalada da próxima vez que depararmos com um problema de nível 5. Quando atingimos o nível 10, mesmo o problema de nível 10 já não nos abala da mesma forma que nos abalou um  problema de nível 5.

Quando sabemos o que é um problema de verdade, damos mais valor e somos gratos pelos momentos em que não estamos em um problema.  Isto é,  nosso estado de felicidade aumenta pelo simples fato de conhecermos melhor a vida, de valorizarmos mais nosso cotidiano.  É o que acontece quem já esteve quase morto e se recuperou.  Essa pessoa valoriza muito mais a vida do que a pessoa que nunca soube o que é a quase-morte.

Assim,  podemos mudar nossa percepção sobre o problema na nossa vida e também na vida dos outros.  Ouvir o problema de alguém e sentir compaixão é bom. Podemos, com base em nossa experiência de solucionadores de problemas,  sugerir alternativas.  Mas não podemos assumir a responsabilidade pela solução.  Cada um deve aprender as próprias lições.  E sabemos também que a pessoa se tornará maior ao resolver o problema.  Podemos escolher deixar a pessoa fragilizada e vítima ou grande e empoderada após superar o problema.  E também pronta para resolver seus próximos desafios.

Podemos escolher também não ouvir o problema.  A escolha sempre é nossa. Creio que a autora esteja se referindo aos casos que nos fazem mal, que são tóxicos.  Nem todos que trazem problemas até nós tem boas intenções.  É uma questão de perceber a intenção do problema trazido. A pessoa está se fazendo de vítima para você 'comprar' o problema dela contra alguém que ela intencionalmente quer prejudicar?  É carência,  a pessoa 'cria' problemas só para chamar a atenção?  A pessoa se alimenta do vitimismo? 

Cada caso é um caso e é direito do assertivo perceber que um caso é tóxico e querer se afastar dessa influência negativa. Muitas vezes no vitimismo a pessoa é passiva demais. Nos casos de manipulação a pessoa é passiva-agressiva.  Abster-se de ouvir problemas de passivos ou passivo-agressivos também ajuda essas pessoas a serem mais assertivas, ou pelo menos,  não trazer essa influência sobre você que busca a assertividade.


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Precisamos justificar nosso comportamento?

"Você tem o direito de não justificar seu comportamento - Quando você é o próprio juiz,  não precisa justificar seu comportamento pois ninguém tem o direito de exigir que você apresente razões para provar que está errado.  É evidente que a outra pessoa também tem o direito auto afirmativo de dizer que não gosta de seu comportamento.  Diante dessa situação,  você tem, no mínimo,  três opções: ignorar a opinião do outro,  aceitar um compromisso de mudança de ambas as partes ou respeitar a opinião do outro e mudar completamente seu comportamento.  Lembre-se,  esta decisão é sua."

Seja assertivo! Vera Martins

Por vezes, encontramos pessoas por demais invasivas,  que demandam que justifiquemos todos nossos comportamentos como se devêssemos a elas satisfação de tudo. Lembre-se que pessoas assim são agressivas pois invadem nosso espaço.

É muito diferente uma pessoa expressar sua opinião sobre algo e uma pessoa que obriga você a seguir a opinião dela. Expressar é liberdade.  Obrigar seguir as regras é invasão. 

Isso numa relação pessoal. É claro que numa relação onde há um combinado e um conjunto de regras a cumprir devemos cumprir, pois regras são regras. E combinado também é combinado. Nesse caso, existe um comportamento que deve ser explicado caso não cumprido.  Seguir regras é essencial para organização da vida em sociedade. 

Na relação pessoal,  quando não há nenhum combinado,  a outra pessoa também tem o direito de dizer que não gosta do comportamento. 

Diante disso, o assertivo pode ignorar a opinião do outro.  É o caso de uma invasão muito grande de espaço.  Lembrando que essa percepção também é pessoal.  Cada um tem um espaço diferente.  Alguns nem ligam que abram sua gaveta e mexam em tudo. Outros consideram invasão. E isso também depende da intimidade.  Quem está autorizado a mexer em suas gavetas?

O assertivo pode chegar a um combinado. Ambas as partes podem mudar um comportamento.  Isso é questão de conversa e constatação de que algo pode ser melhorado. Devemos sempre estar abertos às críticas e sugestões construtivas.

O assertivo pode respeitar a opinião do outro e mudar completamente.  É certo que temos um lado que não conseguimos enxergar de nós mesmos.  Fazemos coisas que nem percebemos por estarmos no piloto automático.  Ou agimos sem perceber que algo incomoda o outro. Para nós pode ser o normal,  para o outro é irritante.  Dependendo do que é pedido, não nos causa transtorno algum,  apenas precisamos prestar mais atenção,  pois hábitos não são simples assim de mudar.

Voltando ao assunto do blog,  muito assédio é praticado por questões pessoais,  não profissionais.  Temos que justificar o não cumprimento de regras profissionais?  Sim, regras são regras e devem ser obedecidas.  Temos que justificar comportamentos pessoais?  Nesse caso não.  A outra pessoa pode estar implicando porque você é negro,  amarelo, pensa diferente,  é quieto, fala demais... enfim... e então pega no pé por qualquer comportamento.  E a sacada é perceber quando a questão é pessoal,  sem relação alguma com o serviço, ou se realmente prejudica as funções e portanto pede um pedido de justificativa.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Como neutralizar programação psicológica negativa?

"Na verdade a pessoa não poderá remover sua programação psicológica original,  mas poderá inserir novas programações para neutralizar as que estão interferindo negativamente em sua vida,  inspirando a assumir comportamentos agressivos e passivos.  A solução está em alterar a sua profecia,  tornando a sua voz interna mais amável e ponderada a respeito de si mesmo... Para começar,  a pessoa precisa acreditar que de fato tem os direitos do assertivo (analisado pelo Dr.  Manuel J.  Smith,  em sua obra 'Quando digo não,  não me sinto culpado').

Direitos do Assertivo
Você tem o direito de tomar suas próprias decisões - Você tem o direito de julgar e controlar seus pensamentos,  sentimentos e comportamentos,  independente do que os outros pensam.  Se exercitarmos esse direito de afirmação,  assumimos a responsabilidade por nossa vida,  independeindependente das outras pessoas.  Esse direito elimina qualquer tensão constante do pensamento passivo: 'Será que estou agradando os outros?'"

Seja assertivo! Vera Martins

O que está programado em nossa mente não pode ser modificado.  Augusto Cury que é psiquiatra ensina o mesmo que Vera Martins.  Só podemos registrar algo novo que possa modificar nossa maneira de interpretar o que já aconteceu.  Ninguém está livre de assumir comportamentos inadequados de vez em quando. Somos humanos e falhos.  Então temos que prestar atenção quando isso ocorre.  Fomos passivos,  agressivos ou passivos-agressivos?  Não podemos modificar isso,  mas podemos perceber que temos um  registro psicológico que financia esse comportamento.  E podemos escolher neutralizar esse registro que nos faz comportar de maneiras que não queremos.  O grande Paulo de Tarso já havia percebido que nem sempre agimos como queremos.

É muito libertador ter essa honestidade.  Em vez de esconder o comportamento inadequado,  ser honesto de admitir que esse comportamento precisa ser neutralizado.  Como podemos alterar nossa profecia?  Como podemos profetizar em nossa vida um comportamento diferente?  A Bíblia diz que podemos tudo naquele que nos fortalece.  Então que tal: Posso deixar de dar gafes naquele que me fortalece! Eu sou uma dessas. Não sou muito boa em interações sociais e me vejo dando gafes. É sem querer,  mas existe um registro psicológico que precisa ser mudado e escolho trazer uma nova programação que neutraliza essa minha mania que pode parecer agressiva.  É só mudar a promessa bíblica para o que for necessário em sua vida: Posso ______ naquele que me fortalece!  Ou melhor: Posso _____ em Cristo!  Nossa auto profecia fica linda com a ajuda de Jesus. Nele podemos tudo.  Até mesmo quando achamos impossível.

Posso ser assertiva em Cristo Jesus!  Soa muito bem para mim. Minha auto profecia é bem mais amável,  ponderada e respeitosa comigo mesma quando acredito que tenho os direitos de assertiva em Cristo Jesus.

Posso tomar minhas próprias decisões em Cristo Jesus!  Independentemente do que pensam os outros, posso tirar o comportamento passivo e não agir apenas para agradar, mas para fazer valer meus valores.

Quando nossa auto profecia é amável,  ponderada e respeitosa conosco mesmos,  nós conseguimos neutralizar a programação negativa a respeito de nós mesmos. Então que tal ser amável consigo mesmo hoje?

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Como equilibrar a auto estima?

"1o. Passo - Diante de uma situação,  você compara ou não as circunstâncias com as experiências passadas.  De qualquer forma,  avalia o contexto da situação.
2o. Passo - Você escolhe enfrentar a situação,  defendendo seus direitos e respeitando os do outro na presente situação.
3o. Passo - Finda a situação,  você se sente bem porque respondeu assertivamente,  cuidou de sua auto afirmação.  Ouviu o ponto de vista do outro a seu respeito e apresentou sua versão do problema.  É evidente que ouvir coisas inadequadas sobre nós é desagradável,  mas,  se for necessário,  é a alternativa correta.
4o. Passo - Você fica contente e orgulhoso de si mesmo por ter sido assertivo.  Você fala para si mesmo: Eu sou capaz."

Seja assertivo!  Vera Martins

O assertivo nem sempre vai utilizar o seu passado diante das circunstâncias,  pois nem sempre é bom.  Por exemplo, muitos reagem negativamente a uma situação porque no passado viveram uma situação semelhante.  Cada caso é um caso,  ter essa possibilidade de escolha é mais correto.  Às vezes somos injustos com alguém por ter feito uma comparação com o nosso passado. Não tem relação alguma com a pessoa do presente.

O assertivo defende seus direitos sem tirar os direitos do outro. Existe respeito, você permanece com sua dignidade sem tirar a do outro.

É muito gratificante resolver situação difícil.  É um desafio.  E é por isso que o assertivo se sente bem. O mais importante é ter cuidado de afirmar a si mesmo,  pois é esse cuidado que garantirá sucesso em outras empreitadas,  mesmo em outras áreas da vida. Resolver torna a pessoa mais segura de si mesma. Mais auto confiante. 

Algo também muito importante nesse processo é ouvir o outro. Não só o assertivo defende seu ponto de vista, como dá abertura para ouvir pontos de vista diferentes. Mesmo contrários às suas crenças.  Não é necessário concordar, mas ao menos ouvir e considerar a visão do outro. É preciso fortalecer esse músculo da aceitação da crítica e até fazer alguns ajustes,  pois o assertivo trabalha com ganha/ganha.  Ele não quer ganhar sozinho nem derrotar o outro. Há um paradigma diferente da sociedade competitiva: Como fazer para ambas as partes saírem ganhando?  A resposta a essa pergunta pode trazer muito progresso, pois há críticas destrutivas e há críticas construtivas.

A auto estima fica cada vez mais fortalecida toda vez que você for capaz de resolver algo difícil.  Você acredita mais em si mesmo e encara novos desafios.

O problema diminui e você cresce. Muitas vezes o problema não é tão grande, nós é que ainda não conseguimos ser maior que ele. Se estamos num nível 5 e o problema é nível 10, não conseguiremos resolver.  Mas se crescemos para nível 10, poderemos resolver.  Se crescermos mais ainda, o mesmo problema nível 10 será muito fácil,  então poderemos buscar o nível,  12, 13 e crescer com isso.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Como prevemos nosso auto desempenho?

"A auto estima é o resultado do conceito que tenho de mim, ou seja,  o que penso e sinto sobre mim mesmo,  da confiança que deposito em mim, manifestada pela expressão "Eu confio no meu taco" e do respeito que tenho pelo meu eu real, admirando minhas fortalezas e tendo compaixão pelas minhas fraquezas.

Para pensar, sentir e agir nas mais diversas situações da vida,  buscamos as informações registradas no programa psicológico.  O conteúdo que estiver gravado vai influenciar na determinação dos nossos pensamentos, sentimentos e ações.  Nossa auto estima será boa se nos virmos com bons olhos.  Mas, se nos percebemos como uma pessoa inadequada,  insegura, limitada em suas competências,  nossa auto estima poderá ficar comprometida e, consequentemente,  nosso comportamento será reflexo da auto imagem.  É a chamada profecia do auto desempenho."

Seja assertivo!  Vera Martins

Nós prevemos se seremos ou não bem sucedidos de acordo com nosso diálogo interno. Por isso,  prestar atenção nele pode mudar uma vida. Se acreditarmos que podemos,  então nós nos esforçaremos para fazer o necessário.  Se acreditarmos que não podemos,  nem vamos dispor de nossa energia. Isto é,  como pensamos sobre nós mesmos define nosso resultado. Se acredito que posso passar num concurso público,  estudo. Se não acredito,  nem presto o concurso, muito menos uso meu tempo e energia para estudar.

 Assim, cuidar da auto estima é fundamental.  E para isso é preciso ser assertivo para defender nossa auto estima. O blog luta pela causa dos assediados moralmente.  Essas pessoas tem sua auto estima jogada para o chão se acreditarem nos bullies e se não tiverem recursos para defender-se.  E a auto profecia deles se realizam. Os assediados acabam com baixos resultados caso não tomem uma atitude de empoderamento.

Esse processo de empoderamento consiste em ter um programa psicológico que os empoderem,  não aos programas psicológicos que os abalam.  Como buscamos nossas informações nos programas psicológicos,  é fundamental cuidar do que registramos na memória.  Se o conteúdo do registro for fortalecedor,  então nossas ações serão, porque o diálogo interno nos fortalece. Se o conteúdo for ruim, então nossas ações serão derrotistas,  porque nosso diálogo interno não nos dá suporte.

A chave então para um bom desempenho é cuidar do que é registrado na memória.  Cuidar da nossa auto estima.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Quais os pensamentos que temos de nós mesmos?

"A voz interna crítica e destruidora impede a pessoa de contatar suas próprias forças do eu real e normalmente diz: Você não vai conseguir.  Se você tentar, vai quebrar a cara. Você é ridículo. Você não sabe o que faz. O outro é melhor que você.  Não se inclua,  seu intrometido.  Você é insignificante,  melhor não contar suas coisas.

A voz interna amiga e verdadeira é madura e tem o dom de ponderação.  Estimula o contato com as fraquezas e fortalezas,  as ameaças e oportunidades do eu real. Quando diz para recuar, baseia-se no bom senso.  Faz críticas e elogios.  Normalmente diz: Vá em frente,  sei que vai conseguir.  E por que não tentar?  Se você errou, não tenha vergonha.  Esforce-se,  estude.  Peça ajuda para você não quebrar a cara. Ponha a raiva para fora."

Seja assertivo!  Vera Martins

A pessoa assertiva reconhece que tem um diálogo interno. Normalmente estamos no piloto automático,  nem percebemos que temos nem como anda nosso diálogo interno. Seu diálogo interno é crítico e destruidor ou amigo e verdadeiro?

Por várias vezes constatei que tudo depende de  interpretação e a mesma mensagem era interpretada de formas diferentes dependendo do interlocutor.  Aqueles cujo diálogo interno é crítico e destruidor ficam chateados diante de uma mensagem encorajadora.  Eles acham que não conseguem e que são fracassados. E que a mensagem serve para deixá-los sentindo-se mal.

A mesma mensagem encorajadora é recebida com alegria por aqueles cujo diálogo interno é amigo e verdadeiro.  A pessoa sabe que tem o potencial de conseguir. Sabe que a mensagem não é para colocá-las para baixo, mas para fazê-las avançar e que elas conseguirão chegar lá. 

O diálogo interno amigo não é positivo no sentido de ignorar fraquezas.  Ele se dá a chance de tentar. Ele sabe que pode errar e lida com isso. Ele sabe que pode quebrar a cara e tenta evitar isso.  Ele reconhece que não sabe mas reconhece também que é capaz de estudar e aprender.

Lembro-me do livro de Tim Ferriss 'Trabalhe 4 horas por semana' como um dos melhores que li. Ele incentiva as pessoas a passarem vergonha.  Temos que acostumar a não ser perfeitos e ter um diálogo interno que suporte isso,  que seja amigo suficiente para ter contato com nossas fraquezas. 

Toda vez que tenho que fazer algo que pense que é vergonhoso,  faço mesmo assim, porque me lembro de Tim Ferriss.  Como tudo é interpretação,  não me interprete mal, passar vergonha não é fazer algo errado,  imoral ou não ético.  Ele dá o exemplo de deitar no chão da rua,  por exemplo. Claro que não cheguei a esse nível de falta de vergonha.  Mas se prestarmos atenção,  temos vergonha de nos expor.  E isso tem como causa um medo.  Medo de ser considerado não normal.  Eu acho importante estar  fora da caixa.  E de acordo com o grande Tim Ferriss esse exercício pode nos levar longe.

Quando nosso diálogo interior é bom, conseguimos nos expor um pouco mais.  Não nos achamos menor só porque fazemos algo diferente.  Se Edison tivesse medo de se expor teria vergonha cada vez que 'errasse' ao tentar fazer a lâmpada.  Se Ford tivesse vergonha,  preferiria os cavalos.  Já pensou quantos teriam vergonha de andar com algo que não fosse um cavalo?  Com algo que ninguém achava que iria para frente? Quantos não o acharam ridículo na época?

Os pensamentos desses grandes homens não estavam no convencional,  lampião e cavalos. Eles pensaram fora da caixa e estavam bem com isso,  mesmo que a sociedade os olhasse com maus olhos e os desacreditassem.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Quando adotar um ou outro comportamento?

"Passivo - Adotar Quando o custo do confronto for maior do que os benefícios; quando estiver sob ameaça física.  Não adotar quando o resultado proveniente do confronto for melhor,  a passividade pode custar caro.

Agressivo - Adotar em situação de crise e quando o resultado do confronto for uma questão de sobrevivência.  Não adotar em qualquer outra situação.

Passivo-agressivo - em nenhuma situação, esse comportamento é sempre altamente prejudicial."

Seja assertivo! Vera Martins

De maneira geral, a assertividade é o comportamento indicado e os outros devem ser evitados. Mas claro que há exceções.  Nem sempre podemos seguir uma receita, pois cada situação é única.

Podemos ser passivos quando o confronto for muito custoso.  Eu acredito que o Passivo-agressivo é perigoso. Nesses casos,  eu acredito que o custo é maior do que o benefício.  Dificilmente um Passivo-agressivo que é excelente manipulador vai aceitar o assertivo que o confronta. Ele tentará manipular todo o entorno e poderá ser muito doloroso em termos emocionais,  até mesmo com risco físico.

Talvez uma solução nesse caso seja investir em educação,  mas do entorno já que o Passivo-agressivo num grau alto jamais vai admitir ser Passivo-agressivo.  Ele vai se justificar e tentar se provar inocente seja qual o meio que tiver que usar.

Podemos ser agressivos em uma crise. É do ser humano se defender,  por isso existe a legítima defesa.  Por mais que seja uma agressão,  é uma agressão justificável.  Em casos mais amenos, mas também de crise, talvez seja necessário usar o comportamento agressivo, dentro de limites, claro. Não entender mal a agressividade é fundamental,  porque cada um tem um conceito.  Por exemplo, policiais que tratam com criminosos não podem ser extremamente educados no falar, pois essa linguagem não será entendida. Deverão ser firmes para serem entendidos, mas também não podem exagerar,  lesando os criminosos. Há que se chegar a um equilíbrio.

Outro exemplo foi o que usei ontem, a linguagem de Jesus contra os mentirosos pode até parecer agressiva.  É realmente questão de interpretação. O mesmo se pode entender  quando tratou de hipócritas.  Ou quando expulsou os vendedores do templo.  Assim como Jesus dirigia-se de modo diferente dependendo do interlocutor, há ocasiões que pedem um ou outro comportamento. 

Outro exemplo é Moisés,  um homem muito manso,  mas que se irou. A índole do povo exigia aquele comportamento.  Não funcionaria se Moisés chegasse pedindo por favor,  não façam esse bezerro de ouro.  Arão fez porque corria risco de morrer. Arão foi passivo e Deus o perdoou,  sabia que o povo era de dura cerviz. Tanto que mais tarde Deus fez de Arão sumo sacerdote. No caso de Arão Deus até permitiu o comportamento passivo.

O comportamento Passivo-agressivo não deve ser adotado de maneira alguma. Não se deve usar de qualquer meio para obter seu objetivo.  Não se deve utilizar outros para atingir seus objetivos, as pessoas não devem ser usadas,  elas devem ser livres. Outro exemplo de comportamento passivo-agressivo dos fariseus foi como não mataram Jesus com as mãos deles. Fizeram de tudo para que os romanos o condenassem e matassem. Poncio Pilatos quis fugir dessa responsabilidade mas os fariseus não deram trégua.  Usaram Poncio Pilatos para atingir um objetivo que não o dele. Poncio falava que não via pecado algum em Jesus, nem nada que pudesse condená-lo.  Poncio Pilatos não é nenhum santo, mas o ponto aqui é mostrar como foi usado para o interesse alheio.

Mesmo assim,  podemos entender o passivo-agressivo.  Isso não significa nem concordar nem justificar o comportamento.  Ele pode ter crescido num lar onde era assim que se fazia. Ele pode não conhecer outro modelo. Para ele, mentira e usar de qualquer meio para vencer pode ser  normal.  O passivo-agressivo num grau menor pode até perceber o comportamento e passar a buscar ser assertivo.  Tudo depende da própria pessoa. Mas é bem difícil.  Se você ficou preocupado com algum comportamento que te pareceu passivo-agressivo do passado, provavelmente não foi. A maioria dos passivo-agressivos não se questionam, eles teimam em provar que estão certos. Não é porque uma vez na vida você mentiu ou manipulou que é passivo-agressivo.  Mas de qualquer forma, é preciso evitar mentira, manipulação,  ou qualquer outro meio não ético para conseguir seu objetivo.  Há sempre meios nobres de se conseguir atingir resultado.


terça-feira, 13 de novembro de 2018

Quais os tipos de passivos-agressivos?

"Sedutor - é aquele que faz elogios falsos, foca os pontos fracos da pessoa,  pratica troca de favores e finge ser honesto.  Manipula as situações a seu favor.
Conspirador - é aquele que coloca as pessoas umas contra as outras,  alimentando intrigas e mentiras.  Esse tipo cria atritos entre as pessoas para atender seus próprios interesses.  Finge ser amigo para despertar credibilidade acerca de suas intrigas.
Salvador - é aquele que deprecia sua vítima,  ao mesmo tempo em que finge ser salvador."
Seja assertivo! Vera Martins

O passivo-agressivo é agradável por fazer muitos elogios. O problema não está no elogio. Claro que ter o hábito de elogiar é muito bom e até precisamos nos esforçar para elogiar mais. O problema aqui é a falsidade do elogio e o objetivo,  que é atingir um  ponto fraco.  A troca de favores também e um grande problema; como deixa as pessoas "devendo" para ele, as pessoas se vêem na obrigação de fazer favores para ele, nem percebem que é para atingir os objetivos dele. É extremamente manipulador.

Outro tipo é o intrigueiro.  Para que colocar umas pessoas contra as outras?  Esse tipo de passivo-agressivo vê vantagem nisso e faz comentários que visam criar atrito entre as pessoas,  usando de mentiras. Finge que está fazendo isso por ser amigo e para dar mais credibilidade às mentiras.

Há um exemplo bem claro na Bíblia de intrigueiros: os fariseus. Eles usavam as ciladas e armadilhas para colocar a multidão contra Jesus. Por isso faziam perguntas difíceis de solucionar como o do tributo a César,  como a da mulher adúltera,  como as perguntas sobre o Sábado.  Jesus foi bem claro com eles. O capítulo 8 do evangelho de João é um exemplo de como Jesus lidou com esse tipo de passivo-agressivo. João 8:44 - "Vós pertences ao vosso pai, o diabo, e quereis executar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio,  e não se firmou na verdade,  pois não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio,  pois é mentiroso e pai da mentira." Jesus foi muito claro sobre a mentira.

Há o tipo salvador que finge finge estar fazendo bem à vítima.  Esse é hipócrita,  não está salvando nada e sabe disso.  Jesus também foi claro com os fariseus quando eles fingiam estar defendendo a lei.  Ele os chamou de hipócritas e raça de viboras.  Parece bem forte essa linguagem usada com esse tipo de passivo-agressivo.  Os fariseus tinham a pretensão de ensinar Jesus a seguir a lei. Esse tipo parece estar fazendo o correto e guardando o que é o melhor, mas atrás disso há outras intenções.

Basicamente o passivo-agressivo é aquele que engana.  E o faz muito bem, pois é extremamente sedutor.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Como é o comportamento passivo-agressivo?

"Manipulando os fracos e fugindo do inimigo: incorporando o comportamento passivo-agressivo.  Há uma ansiedade em acertar as contas sem correr o risco de confronto.  Sua passividade se faz presente na medida em que não tem coragem de confrontar as pessoas para resolver seus próprios conflitos.  Sua agressividade surge na medida em que acredita ser necessário vencer o outro, seja qual for o meio a ser utilizado.  Em outras palavras  o passivo-agressivo é aquele que não reage frontalmente, mas também não consegue engolir o sapo." Seja assertivo! Vera Martins

Finalmente chegamos ao tipo mais perigoso,  o passivo-agressivo.  Ele não é aquele que uma vez ou outra na vida foi agressivo por causa de uma provocação ou um motivo explicável.  Nem aquele que uma vez ou outra na vida foi passivo por algum motivo.  Ele é uma categoria a parte.

A característica mais marcante é a manipulação.  Ele identifica os fracos e as fraquezas de cada um e toma partido disso.  Se ele descobre um nervosinho,  vai provocá-lo usando essa característica para o objetivo dele. Se ele identifica uma insegurança de alguém,  vai manipulá-lo usando essa insegurança para o objetivo dele. Se ele identifica alguém sem auto estima,  vai elogiá-lo,  abraçá-lo,  dar tapinhas nas costas e vai suprir a carência dessa pessoa para usá-la para os objetivos dele.

O manipulador faz os outros fazerem exatamente o que ele quer.  O manipulado nem desconfia.  Acha que está fazendo porque quer fazer aquilo. O manipulado acha que tem vantagem ao fazer aquilo, pois o manipulador vai mostrar a vantagem. E as vezes vai parecer que o manipulador nem estava esperando aquele resultado. O manipulador vai fazer de uma forma que parece um ganho para o manipulado ou que foi o manipulado que decidiu fazer aquilo, ele não tem aparentemente nada a ver com a reação do outro.

Os passivo-agressivos são excelentes manipuladores.  Eles convencem as pessoas muito bem. São ótimos comunicadores e não é raro ver os manipulados repetindo as falas deles. Não é raro ver os manipulados adorando-os.  Eles são adoráveis, charmosos,  carismáticos e têm os fracos comendo na mão deles.

Como identificá-los se há pessoas que de fato são carismáticas e adoráveis sem manipulação?  O passivo-agrsssivo quer vencer o outro a qualquer custo. 

Se ele se sentiu lesado por algum motivo, e não digo que precisa ser motivo legítimo  (pode ser até por simples vaidade), então vai tentar vencer o outro.  Vê-se nele o caráter competitivo.  Ele precisa ser o melhor. Ele precisa vencer. Mas será dissimulado nessa busca de vencer o outro. Não será diretamente.  Não haverá confronto direto.

O autêntico carismático não precisa disso. Ele tem auto estima, não se vê o adorável manipulando nem tentando diminuir alguém já que o carismático verdadeiro tem auto estima suficiente para não precisar vencer ninguém.

O passivo-agressivo não consegue engolir o sapo. Dissimuladamente ele atacará alguém,  porque tem algo entalado na garganta.  E usará os manipulados para conseguir seus objetivos.

É o tipo mais perigoso.  Quando num grau muito intenso  é perigosíssimo.  O agressivo é direto. Pode até ser perigoso mas todos sabem o que é e quem é.  O passivo-agressivo se faz de bom e se é bom manipulador todos acreditam nessa bondade.   O ataque é tão indireto e escondido de boas intenções que de fato os fracos e manipulados não conseguem perceber a sutileza. Perigosíssimo porque usa qualquer tipo de meio.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Por que a pessoa se torna passiva?

"O passivo adota atitudes de fuga por algumas razões:
- Acredita realmente que o outro tem mais poder do que ele próprio.
- Desvaloriza a própria capacidade para resolver um problema
-Tem necessidade de ser apreciado,  evitando,  a todo custo,  os conflitos.  Seu foco é a harmonia como meio de ser aceito pelo outro.
- Foi muito reprimido ao longo da vida ou teve experiências ruins e decide assumir a passividade como meio de sobrevivência.

Seja assertivo! Vera Martins

 Assim como o agressivo, o passivo também tem questões não resolvidas do passado que o tornam dessa forma. Muitas vezes a pessoa é passiva inconscientemente,  assim como muitas vezes o agressivo o é inconscientemente.  É do ser humano ter dificuldade para examinar a si mesmo. É por isso que Deus tanto enfatizou a necessidade de auto exame. Jesus pediu para quem não tivesse pecado que atirasse a pedra primeiro para que cada um tivesse mais consciência de si mesmo. No Sermão do Monte, Cristo pediu para não julgar,  para não sermos julgados; olhamos o cisco do olho do outro tendo uma trave no nosso próprio olho. 

O fato é que todos nós podemos ter sido agressivos,  mas só enxergaremos as agressões alheias.  Podemos ter sido passivos, mas só enxergaremos a passividade alheia. Por isso,  a importância de pensar sobre o que torna o outro o que é. E ter mais compaixão.  Novamente não é concordância com a ação.  É entender.

Muitos passivos acreditam que o outro tem mais poder do que ele. E a diferença do assertivo é que às vezes tem mesmo, e com direito. É o caso das hierarquias.  É fato que muitas vezes somos sujeitos e é correto submeter-se ao superior hierárquico.  Os assertivos se submetem aos seus superiores.  Não há problema algum desde que esses superiores ajam dentro de limites corretos, éticos e legais. Só e apenas só se saírem desses limites haverá um direito. E aí está a diferença do assertivo.  Ele só reclamará caso saia do limite.  Caso contrário,  o assertivo sempre cede, pois a relação é ganha-ganha e um combinado não é caro. O passivo não reclamará,  mesmo se limites forem ultrapassados.

O passivo não acredita que resolverá um  problema.  Se foi ultrapassado um limite, ele só vê barreira,  ele não vê solução.

Outros passivos agem dessa maneira porque querem agradar sempre. Eles sofrem para agradar o outro.

Outros passivos foram reprimidos ao longo da vida e por isso não tem voz. É como no exemplo do elefante que é preso por uma cordinha.  O elefante tem força para livrar-se da corda, mas não o faz porque foi condicionado desde pequeno com aquela corda. Quando bebê elefante não tinha força.  Tentou algumas vezes e depois acomodou-se com a situação acreditando que nunca mais poderia se mover e aumentar seus limites. Muitas pessoas desistem de ter voz devido a algumas frustrações e repressões na vida. Prendem-se a essas cordas do passado.

Não podemos simplesmente exigir que um passivo deixe de ser passivo de uma hora para outra. Existe todo um processo.  Conscientemente quem não gostaria de ser mais livre?  Mas os medos são maiores e o medo é uma força superior à consciência que quer liberdade. 

Há uma solução.  A consciência de que se é passivo. E a vontade de ser mais assertivo. Toda a vez que pensar em agir passivamente a pessoa tem que se conscientizar do que está fazendo, não será mais um piloto automático.  Numa segunda fase a pessoa começará a agir mais assertivamente.  Algumas vezes falhará,  algumas vezes será bem sucedida. Persistindo, chegará uma hora que ser assertivo será automático.  É só ver como um processo natural com vitórias e falhas e persistir.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Quais os tipos de passivo?

"Bloqueador - é aquele que demonstra pessimismo e resistência em aceitar uma mudança por medo de ser incompetente.  Ex: Isso não vai dar certo.
Procrastinador - é aquele que deixa tudo para depois.  Sua vida é uma eterna crise,  confirmando seu sentimento de incompetência.  Ex: Amanhã eu faço. Agora não posso conversar com você.  Vá fazendo como sabe, depois conversaremos.
Observador - é aquele que não se posiciona, prefere ouvir e fazer o que os outros decidem. Ex: Quando é cobrada sua participação ele diz: Não tenho nada para dizer, eu prefiro observar, eu aprendo mais.
Amável e concordante - é aquele educado  permissivo,  que concorda com tudo o que o outro diz. A sensação é que ele não tem opinião própria,  pois normalmente acha a idéia do outro tão adequada que dispensa os seus próprios comentários.  Ex: Sua idéia é ótima,  não tenho nenhuma idéia,  concordo e farei como você pediu.
Vítima - é aquele que reclama de tudo,  coloca-se no papel de vítima,  fazendo o outro se sentir culpado.  Ex: Tudo acontece comigo.  Eu não sou culpado pelo prejuízo,  eu fiz o que você pediu."
Seja assertivo! Vera Martins

Da mesma forma que nem todo agressivo é igual em todos os aspectos,  nem todo passivo é passivo em todos os aspectos.

O bloqueador não acredita em si mesmo. Falta auto confiança.  É diferente de uma realidade,  por exemplo, você não tem certa formação e existe uma exigência,  mesmo que implícita,  que você atue como alguém que tem aquela formação.  É uma realidade que não conseguirá fazer como quem tem aquela formação e aquela experiência.  Não é falta de auto confiança,  é a exigência que está inadequada.  É o que já mencionei no blog sobre o assédio implícito contra aqueles que não tem tal formação.  Ora, se no concurso público exigiu qualquer área,  é uma exigência inadequada. Talvez o problema aí não seja o assediado,  mas os parâmetros da lei ao criar o cargo,  ou mesmo quem não prestou atenção na lei que criou o cargo e assedia implicitamente quem não tem a formação que esta pessoa está exigindo, mesmo que não tenha intenção consciente de assediar por esse motivo.

Todos uma vez ou outra é Procrastinador.  Só devemos prestar atenção quando realmente interfere nos nossos projetos e nos faz ficar no mesmo lugar.

O observador faz o que os outros decidem. Eu me encaixo um pouco nesse tipo, porque sou extremamente observadora e pouco palpiteira.  Apenas falo quando vejo uma necessidade.  Não me oponho a fazer o que os outros decidem a não ser que seja muito absurdo ou que contrarie meus valores.

Também encaixo-me no amável e concordante,  pois não emito opinião nas minhas relações diárias.  Aqui no Blog reflito bastante,  mas no dia-a-dia apenas discordo se for muito absurdo mesmo e se minha opinião puder fazer alguma diferença.  Se não fizer diferença,  então não digo nada. Passo a impressão de não ter opinião própria.  E isso não me incomoda.  Sei que é apenas uma impressão porque não me indisponho com as pessoas de modo geral, mas sei o quanto tenho opiniões firmes e valores definidos.  Só excepcionalmente manifestarei minha opinião se perceber algum risco. O pior nisso é que alguns agem como se eu fosse ser sempre amável e concordante e ultrapassam limites. E então preciso me posicionar, pois realmente tenho posições firmes.

A vítima é aquele que sempre reclama. O pior é que faz o outro se sentir culpado.  A diferença aqui do passivo e do passivo-agressivo é que o passivo não tem intenção de manipular,  ele apenas murmura. A vida dele parece ser péssima,  embora alguém de fora julgue que a pessoa pode até ter uma vida melhor do que muitos. Só que na percepção dessa pessoa ela é incapaz de modificar seu destino. E como acredita mesmo ser vítima,  não toma atitude para mudar, para ser autor de sua vida. Essa vítima não prejudica ninguém,  somente a si mesma. O passivo-agressivo dissimuladamente prejudica alguém se fazendo de vítima.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Você é um "Zé Ninguém"?

"Wilhelm Reich mostra como Zé Ninguém que existe dentro de cada um de nós sofre,  se rebela,  valoriza seus inimigos,  destrói seus amigos e faz mau uso do poder, quando o tem. Vejamos algumas falas de Reich sobre o Zé Ninguém.  Um Zé Ninguém não sabe quando e de que forma ele é um Zé Ninguém.  Não sabe que é pequeno e tem medo de saber.  Esconde sua insignificância e estreiteza por trás de ilusões e força de outra pessoa.  Sente orgulho de seus generais,  mas não de si mesmo.  Admira uma idéia que não teve. Seu feitor é você mesmo.  Ninguém tem culpa de sua escravidão,  a não ser você mesmo. Você já teria se livrado dos seus opressores há muito tempo,  se não tivesse aprovado a opressão e dado tanto apoio direto." Seja assertivo! Vera Martins

Esse trecho parece bastante ofensivo aos passivos. Minha intenção ao mencioná-lo é apenas uma provocação aos nossos pensamentos e à nossa zona de conforto.  Eu li e me vi como uma Zé Ninguém.  Quem nunca foi Zé Ninguém?  O mesmo que disse em relação aos agressivos, que excepcionalmente podemos ter agido agressivamente,  excepcionalmente podemos ter agido como Zé Ninguém,  mesmo que seja em apenas uma área de nossa vida.

Sim, como seres humanos variamos nossos ânimos.  Mas o que importa não é o nosso excepcional,  é o nosso padrão.  E quando agirmos como Zé Ninguém também podemos arrancar isso e atirar para longe de nós.  Eu temo que tendo bastante para a passividade.  É o meu caso prestar bastante atenção para não ser passiva,  para não cair para esse lado.  Sim, eu também preciso ser assertiva e nem sempre sou. Estou em fase de conscientemente prestar atenção até que se torne um  hábito ser assertiva. Não que eu me puna quando sou passiva.  Mas hoje tenho mais consciência de como a passividade pode anular-me e fazer-me apenas um joguete,  não autora de minha vida.

Estou evoluindo, porque agora já tenho consciência quando sou uma Zé Ninguém.  Encaro meus pensamentos quando eles me indicam que sou pequena e estou habituando-me a pensar grande. Não tenho medo de admitir quando penso pequeno,  quando me sinto não merecedora de ter voz.

Evoluí porque ao meu ver não me esconde no poder de outra pessoa. Isso ocorre muito em casos de bullying.  Existe um líder,  o agressivo, e aqueles Zé Ninguém que o acompanham.  Nenhum líder bully seria assim se não tivesse apoiadores e esses se sentem importantes por trás desse agressor.  Esses passivos não assumidos tem ilusões de grandeza e força. Eles sentem orgulho do bully e do bullying,  como se isso fosse bonito. Mas, enfim, a ilusão de poder anima o Zé Ninguém.

Há como esses passivos apoiadores de bullying se libertarem. Eles querem e aprovam a opressão, ao invés de libertar-se.

Outros passivos que não aprovam o bully e por isso são as vítimas do bully também podem sair da escravidão.  Não estou falando em rebelião,  em atitudes erradas pois um erro não justifica outro erro. Claro que todos falhamos como pessoas,  mas é preciso pensar bem como se livrar da opressão.

Outro exemplo de passividade do Zé Ninguém é na própria vida cidadã.  Quantas vezes aprovamos a opressão e damos apoio direto aos opressores por meio do nosso voto, das não cobranças e da não participação como cidadãos?  Quantas vezes somos Zé Ninguém ao não fiscalizar, não denunciar, ao nos omitirmos? 


terça-feira, 6 de novembro de 2018

Como pensa o submisso?

"É um estado de permissão e dependência.  A submissão é um estado de cumplicidade com seu algoz.  É submeter-se à vontade do outro,  acreditando que,  ao se colocar em suas mãos,  sendo harmônico e não criando dificuldades,  a outra pessoa será condescendente também com suas necessidades, o que normalmente não acontece.  Assim o passivo se torna fragilizado,  sem poder de controle sobre sua própria vida.

Em um processo de comunicação a mensagem básica da submissão é:
O que quer que eu pense não é importante para você.
O que eu sinto não tem importância.
O que eu quero não conta."

Seja assertivo! Vera Martins

 O outro polo é a submissão. Os submissos dão lenha para o agressivo.  Também não é um comportamento saudável.  Como uma das lutas do Blog é contra o assédio moral, temos aí um perfil de assediado.  Geralmente o assediado é submisso e o agressivo percebe isso.  Muitas vezes,  embora o agressor tenha seus problemas não resolvidos que até entendemos, há um prazer associado.  O agressivo sente prazer em atacar alguém e o passivo é a melhor escolha para satisfazer esse prazer.

O passivo deixa que seu algoz o ataque. Ele acredita que será mais feliz ao se colocar no mão do algoz. E essa felicidade inclui viver sem problemas,  porque certamente o assertivo terá problemas.  Nem todo agressivo e passivo-agressivo respeitará o assertivo, eles o atacarão,  mesmo sendo o assertivo educado, compreensivo e aberto a novas idéias.

O passivo acredita que sua vida será mais fácil.  No entanto, deixa de ter controle da sua própria vida, não é autor de sua vida, não faz suas escolhas nem vive seus valores.

O passivo fica numa situação em que o pensamento dele não conta. Ele mesmo não acha importante.  Ele se submete ao pensamento do mais forte.

O passivo não acha importante o que sente. Por isso,  muitas vezes fica chateado com situações que ocorrem, mas não expressa como se sente em relação ao tratamento que lhe é concedido.  Muitas vezes até acredita que merece ser tratado de tal forma. Reprime o sentimento. 

O passivo não vive como quer. Ele acredita que o que ele quer não importa.  Ele faz os que os dominadores querem. Fica infeliz,  porque nunca faz o que quer.

Vamos usar o exemplo do consumidor.  Você compra algo que não chega como combinado.  Se você é passivo, você pensará que não foi o combinado,  mas nada dirá,  porque não é importante.  A empresa domina e é maior, então você fica quieto. Você sente que foi lesado,  mas isso não tem importância,  talvez até ache que é assim que funciona mesmo. Você quer que o combinado fosse entregue,  mas não tem importância,  você sabe que sempre quis coisas e nunca fez questão do que queria mesmo.

Outro exemplo do nosso estudo de caso. A colega pensa que é um absurdo mexerem no equipamento,  essa brincadeira foi longe demais.  Ela não expressa o que pensou porque o que pensa não tem importância mesmo. A colega fica triste com isso mas engole o choro, pois o que sente não tem importância,  tem alguém que domina mesmo e ela tem sido alvo de brincadeira e comentários mesmo. Ela quer ser respeitada mas o que quer não conta mesmo, importa o que o dominante quer, mesmo que tenha um cargo superior do que o dominante e a colocaram abaixo da outra, sabe que o que importa é o que a outra quer pois é amiga íntima do chefe.

Esse é o comportamento passivo e muitos assumem esse comportamento para sobreviver.  Muitos assumem esse comportamento contando com a condescendência,  achando que suas necessidades serão atendidas ao assumir esse comportamento. Mas o fato é que o agressivo vai testando e vai cada vez mais tomando o espaço do outro, até anulá-lo completamente.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Você entende o agressor?

"O que leva uma pessoa a se tornar agressiva?
- Frustrações acumuladas - uma pessoa que se sentiu impotente ao ver suas opiniões,  seus sentimentos e suas necessidades frequentemente menosprezados e seu território frequentemente invadido,  chega a um ponto de extrema revolta,  decidindo por se defender agressivamente contra o mundo agressor.
- Medo latente - O comportamento agressivo pode ser adotado em função do medo de ser esmagado numa relação direta com o outro. Esse medo pode ser consequência de falta de confiança e da não aceitação de suas próprias características pessoais.
- Desejo de vingança - Quando um relacionamento do passado fica mal resolvido,  a raiva contida e não extravasada no momento do acontecimento pode se transformar em rancor e desejo de vingança.  Quando o agredido se sente fortalecido e superior ao agressor,  é o momento propício à vingança.  E,  tenha certeza,  é maligna.

Mas existem aqueles que reagem assertivamente expressando seus sentimentos negativos e colocando limites ao agressor.  Com agressões muito invasivas,  é preciso ser firme,  não ter medo do outro,  e principalmente não julgar e nem culpar o agressor,  e sim assumir seus sentimentos."

Seja assertivo!  Vera Martins

O assertivo entende o agressor.  Isso não significa que não colocará limites. Entender e perdoar não significa também concordar com o comportamento.  Podemos sim expressar nossos sentimentos, sermos firmes e corajosos sem julgar e nem culpar. É importante expressar esses sentimentos ao invés de negá-los e lidar com eles e com as consequências que ele traz. Muitos escondem esses sentimentos.  Muitos negam esses sentimentos e isso acaba extravasando de alguma forma. Muitas vezes de forma agressiva.  Por isso,  temos que lidar com os sentimentos quando não nos sentimos bem, quando algo nos incomoda, quando nos faz mal. Sem agredir. O que é um desafio porque temos a tendência natural a levantar defesas.

Muitos agressivos não estão reagindo contra você.  Eles foram agredidos no passado,  em outras situações,  e hoje reagem mal. Então não tem relação alguma com você.  Eles se revoltaram por serem menosprezados no passado e não conseguiram ressignificar essas experiências.  Eles reagem agressivamente com todos que os lembram de alguma forma desse menosprezo do passado. 

Outros agressivos estão com medo,  estão apenas levantando defesas. Esses são os inseguros.  Esses são aqueles que não se aceitam pelo que são.  Eles têm medo que de alguma forma sua imagem ou sua segurança sejam atingidos.  Por mais que aparentem auto confiança a ponto de agredirem,  no fundo são extremamente inseguros e falta-lhes auto estima.

Outros agressivos são movidos pela vingança pelo que perceberam como agressão a eles.  Muitas vezes não houve agressão,  apenas a percepção, como no caso dos suscetíveis.  Mas não importa, pois a pessoa criou um monstro e acha que deve se vingar por causa desse monstro que ela mesma criou.

Por isso,  para combater a agressão é primeiro que próprio agressor se conscientize do quanto esses sentimentos de necessidade de agressão fazem mal a ele mesmo. O agressor sofre muito por ameaças que na maioria das vezes não é real.

Em segundo lugar, é preciso que o agressor passe a ter consciência com esforço de mudança.  Ele passará um período tendo que se esforçar toda a vez que sentir necessidade de agressão.  Ele conseguirá algumas vezes, outras falhará.  Mas ele já estará num segundo estágio. Não é mais aquela pessoa que agredia no piloto automático,  sem perceber e ainda se achando vítima da situação.  Agora ele percebe que o comportamento é prejudicial a ele e ele se esforça conscientemente para combatê-lo.

Haverá um terceiro momento.  De tanto praticar a não agressão,  de tanto praticar estar ciente do comportamento, o agressor passará a automaticamente,  sem esforço,  deixar de agredir.  Ele logo perceberá que está levantando defesas desnecessariamente e que sofria por bobagens. 

Nesse estágio ele terá uma qualidade de vida nunca antes sentida e terá paz. Não porque as pessoas mudaram, mas porque algo mudou dentro dele.

E é por isso que os assertivos devem compreender o agressor.  Ele é uma pessoa sem paz e que sofre muito com as próprias cargas que coloca para si mesmo. Ele não percebe a necessidade de arrancar isso de si e atirar longe, ele se agarra a essa carga.

O agressor sofre e não tem paz. Como bem disse Jesus no sermão da montanha: "Bem aventurados os mansos e os pacificadores". Enquanto o agressor não descobrir como baixar suas defesas, ele não será bem aventurado.  Ele não terá paz.


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Quais os tipos de comportamento agressivo?

"Impositor é aquele que busca o consentimento do outro pelo medo.  Para conseguir o seu objetivo,  utiliza ameaças que envolvem alguma perda para o agredido e, assim, neutraliza suas forças e resistência.
Rebelde é aquele que tem o espírito de denúncia,  ou seja, expõe as pessoas a situações embaraçosas.
Do contra é aquele que contradiz tudo e todos.  Normalmente,  ele não escuta bem e coloca objeções às idéias dos outros,  como uma forma de mostrar seu poder de influência.
Sabotador de idéias e pessoas é aquele que desvaloriza tudo e todos destruindo as idéias alheias.
Vingador é aquele que guarda rancor e, num dado momento, prejudica a pessoa que ele culpa por sua mágoa.
Pretensioso, por sua vez, esmaga o outro com seus conhecimentos.
Suscetível é aquele que não suporta ser contrariado.  Tem dificuldade em aceitar o NÃO dos outros."

Seja assertivo!  Vera Martins

Como vimos pelos tipos,  há muitos adultos que ainda se comportam como crianças.  Nós podemos até, em casos excepcionais, assumir um tipo, com motivos. O  problema é quando o comportamento é padrão.  A pessoa age dessa maneira de forma consistente.  Portanto, não se culpe demasiadamente se em casos excepcionais assumiu um tipo. O importante é reconhecer a falha, ter a disposição de se livrar do comportamento inadequado ao invés de escondê-lo e até mentir para não reconhecer o erro. Quanto mais agimos para esconder,  mais reforçamos o comportamento inadequado. Quanto mais encaramos, sem culpas, mas querendo consertar,  mais nos livramos. É o que Jesus ensinou sobre arrancar a parte inadequada:  "Se a tua mão,  ou pé,  olho te faz pecar, arranca-o e lança para longe de ti. Melhor entrares para a vida coxo, aleijado ou cego a ser lançado no fogo eterno." Primeiro é necessário reconhecer que existe uma parte que faz pecar,  para só então livrar-se dela. Se a pessoa não assume,  não quererá arrancar essa parte.

Teimosia não nos leva longe,  pelo contrário nos segura e amarra num lugar ruim. A mudança pode ser muito benéfica.  Arrancar o membro que faz mal pode trazer vida. Qualidade de vida. Pena que poucos vêem que a qualidade de vida é melhor que assumir um comportamento agressivo que agride em primeiro lugar o próprio agressor. O próprio agressor perde a paz com a percepção que os outros não correspondem da maneira que ele quer.

O Impositor usa a força.  Usa o medo que a pessoa tem. Assim, para ser assertivo é preciso lidar com o medo. É preciso aprender a equilibrar.  O medo é bom, mas em excesso criamos monstros que não existem. Um gato vira um leão ameaçador. O Impositor sabe disso e usa para dominar.

Já foi exposto a uma situação embaraçosa?  Mesmo sem usar a força ou o medo,  o que se utiliza aqui é a imagem. A agressão vem de percebemos nossa imagem ser lançada ao chão porque o agressor está acabando com nossa imagem.  Para sermos assertivos temos que aprender a não ter vergonha da exposição.  E aí se nos acham incompetentes,  feios, gordos, magros, inadequados?  Nossa auto imagem continua íntegra porque sabemos nosso valor. E não nos submetemos ao agressor só porque sabemos que do contrário ele irá nos expor.

Alguém já mostrou seu poder de influência acabando e desrespeitando suas idéias?  A agressão veio pela influência.  Como a pessoa não escutou bem, treinar a assertividade nesse caso seria explicar bem a idéia,  talvez chamar especialistas.  Confie na sua idéia,  saiba que pessoas com profundidade no assunto confirmam sua idéia.  Aqui se usa mais a influência do que embasamento,  então é só aprofundar. Assim se lida com o do contra e com o sabotador. Então não se tem conhecimento, tem influência de alguma forma e isso é utilizado para agredir.

Alguém se vingou de você?  Isso acontece aos montes porque existem muitas pessoas magoadas.  Atualmente as pessoas não sabem gerir as emoções,  então culpam o outro por falta de sua gestão de pensamentos. A mágoa está mais relacionada ao magoado.  Ele se ofende muito fácil.  Na maioria das vezes não houve ofensa, a pessoa que se ofendeu. Quem aprende a não se ofender,  a ter força mental, tem muita qualidade de vida. Não perde tempo,  saúde e sono com vingança.  Infelizmente a maioria das pessoas cai na falta de gestão de emoção e tem problemas emocionais. Não aprendemos a lidar com emoções.

Alguém quis te prejudicar porque sabe mais?  É a agressão do pretensioso.  Para ser assertivo, mostre que ninguém pode saber tudo.  Embora é muito bonito compartilhar.  Se eu sei algo e ensino, as duas pessoas saem ganhando. Se eu sei algo e esmago os outros com meu conhecimento,  as duas saem perdendo,  porque o mal volta de alguma forma para quem o utilizou, é a lei da colheita. O conhecimento não pode servir para prejudicar e agredir o outro. O conhecimento tem que ser para ajudar.

Alguém te agrediu porque você falou NÃO para ele? Essa pessoa é sensível demais, é suscetível.  Também não sabe gerir emoções.  Não tem qualidade de vida, pois esse NÃO vai lhe tirar o sono. Por não aceitar esse NÃO vai agredir. E é importante aprender que nem sempre os outros estão dispostos e nem sempre podem estar à nossa disposição.  O assertivo fala NÃO sem medo da agressão que o suscetível vai lhe causar.

No livro de Provérbios há menção dos que não dormem enquanto não praticam o mal. Eu poderia dizer que o tipo agressivo não dorme enquanto não pratica a agressividade com quem acha que o agrediu por não aceitar certos comportamentos dos outros ou idéias que percebem contrários a ele.