terça-feira, 6 de novembro de 2018

Como pensa o submisso?

"É um estado de permissão e dependência.  A submissão é um estado de cumplicidade com seu algoz.  É submeter-se à vontade do outro,  acreditando que,  ao se colocar em suas mãos,  sendo harmônico e não criando dificuldades,  a outra pessoa será condescendente também com suas necessidades, o que normalmente não acontece.  Assim o passivo se torna fragilizado,  sem poder de controle sobre sua própria vida.

Em um processo de comunicação a mensagem básica da submissão é:
O que quer que eu pense não é importante para você.
O que eu sinto não tem importância.
O que eu quero não conta."

Seja assertivo! Vera Martins

 O outro polo é a submissão. Os submissos dão lenha para o agressivo.  Também não é um comportamento saudável.  Como uma das lutas do Blog é contra o assédio moral, temos aí um perfil de assediado.  Geralmente o assediado é submisso e o agressivo percebe isso.  Muitas vezes,  embora o agressor tenha seus problemas não resolvidos que até entendemos, há um prazer associado.  O agressivo sente prazer em atacar alguém e o passivo é a melhor escolha para satisfazer esse prazer.

O passivo deixa que seu algoz o ataque. Ele acredita que será mais feliz ao se colocar no mão do algoz. E essa felicidade inclui viver sem problemas,  porque certamente o assertivo terá problemas.  Nem todo agressivo e passivo-agressivo respeitará o assertivo, eles o atacarão,  mesmo sendo o assertivo educado, compreensivo e aberto a novas idéias.

O passivo acredita que sua vida será mais fácil.  No entanto, deixa de ter controle da sua própria vida, não é autor de sua vida, não faz suas escolhas nem vive seus valores.

O passivo fica numa situação em que o pensamento dele não conta. Ele mesmo não acha importante.  Ele se submete ao pensamento do mais forte.

O passivo não acha importante o que sente. Por isso,  muitas vezes fica chateado com situações que ocorrem, mas não expressa como se sente em relação ao tratamento que lhe é concedido.  Muitas vezes até acredita que merece ser tratado de tal forma. Reprime o sentimento. 

O passivo não vive como quer. Ele acredita que o que ele quer não importa.  Ele faz os que os dominadores querem. Fica infeliz,  porque nunca faz o que quer.

Vamos usar o exemplo do consumidor.  Você compra algo que não chega como combinado.  Se você é passivo, você pensará que não foi o combinado,  mas nada dirá,  porque não é importante.  A empresa domina e é maior, então você fica quieto. Você sente que foi lesado,  mas isso não tem importância,  talvez até ache que é assim que funciona mesmo. Você quer que o combinado fosse entregue,  mas não tem importância,  você sabe que sempre quis coisas e nunca fez questão do que queria mesmo.

Outro exemplo do nosso estudo de caso. A colega pensa que é um absurdo mexerem no equipamento,  essa brincadeira foi longe demais.  Ela não expressa o que pensou porque o que pensa não tem importância mesmo. A colega fica triste com isso mas engole o choro, pois o que sente não tem importância,  tem alguém que domina mesmo e ela tem sido alvo de brincadeira e comentários mesmo. Ela quer ser respeitada mas o que quer não conta mesmo, importa o que o dominante quer, mesmo que tenha um cargo superior do que o dominante e a colocaram abaixo da outra, sabe que o que importa é o que a outra quer pois é amiga íntima do chefe.

Esse é o comportamento passivo e muitos assumem esse comportamento para sobreviver.  Muitos assumem esse comportamento contando com a condescendência,  achando que suas necessidades serão atendidas ao assumir esse comportamento. Mas o fato é que o agressivo vai testando e vai cada vez mais tomando o espaço do outro, até anulá-lo completamente.

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