"É um estado de permissão e dependência. A submissão é um estado de cumplicidade com seu algoz. É submeter-se à vontade do outro, acreditando que, ao se colocar em suas mãos, sendo harmônico e não criando dificuldades, a outra pessoa será condescendente também com suas necessidades, o que normalmente não acontece. Assim o passivo se torna fragilizado, sem poder de controle sobre sua própria vida.
Em um processo de comunicação a mensagem básica da submissão é:
O que quer que eu pense não é importante para você.
O que eu sinto não tem importância.
O que eu quero não conta."
Seja assertivo! Vera Martins
O outro polo é a submissão. Os submissos dão lenha para o agressivo. Também não é um comportamento saudável. Como uma das lutas do Blog é contra o assédio moral, temos aí um perfil de assediado. Geralmente o assediado é submisso e o agressivo percebe isso. Muitas vezes, embora o agressor tenha seus problemas não resolvidos que até entendemos, há um prazer associado. O agressivo sente prazer em atacar alguém e o passivo é a melhor escolha para satisfazer esse prazer.
O passivo deixa que seu algoz o ataque. Ele acredita que será mais feliz ao se colocar no mão do algoz. E essa felicidade inclui viver sem problemas, porque certamente o assertivo terá problemas. Nem todo agressivo e passivo-agressivo respeitará o assertivo, eles o atacarão, mesmo sendo o assertivo educado, compreensivo e aberto a novas idéias.
O passivo acredita que sua vida será mais fácil. No entanto, deixa de ter controle da sua própria vida, não é autor de sua vida, não faz suas escolhas nem vive seus valores.
O passivo fica numa situação em que o pensamento dele não conta. Ele mesmo não acha importante. Ele se submete ao pensamento do mais forte.
O passivo não acha importante o que sente. Por isso, muitas vezes fica chateado com situações que ocorrem, mas não expressa como se sente em relação ao tratamento que lhe é concedido. Muitas vezes até acredita que merece ser tratado de tal forma. Reprime o sentimento.
O passivo não vive como quer. Ele acredita que o que ele quer não importa. Ele faz os que os dominadores querem. Fica infeliz, porque nunca faz o que quer.
Vamos usar o exemplo do consumidor. Você compra algo que não chega como combinado. Se você é passivo, você pensará que não foi o combinado, mas nada dirá, porque não é importante. A empresa domina e é maior, então você fica quieto. Você sente que foi lesado, mas isso não tem importância, talvez até ache que é assim que funciona mesmo. Você quer que o combinado fosse entregue, mas não tem importância, você sabe que sempre quis coisas e nunca fez questão do que queria mesmo.
Outro exemplo do nosso estudo de caso. A colega pensa que é um absurdo mexerem no equipamento, essa brincadeira foi longe demais. Ela não expressa o que pensou porque o que pensa não tem importância mesmo. A colega fica triste com isso mas engole o choro, pois o que sente não tem importância, tem alguém que domina mesmo e ela tem sido alvo de brincadeira e comentários mesmo. Ela quer ser respeitada mas o que quer não conta mesmo, importa o que o dominante quer, mesmo que tenha um cargo superior do que o dominante e a colocaram abaixo da outra, sabe que o que importa é o que a outra quer pois é amiga íntima do chefe.
Esse é o comportamento passivo e muitos assumem esse comportamento para sobreviver. Muitos assumem esse comportamento contando com a condescendência, achando que suas necessidades serão atendidas ao assumir esse comportamento. Mas o fato é que o agressivo vai testando e vai cada vez mais tomando o espaço do outro, até anulá-lo completamente.
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