"Você tem o direito de escolher não ser responsável pela solução dos problemas das pessoas. - Por mais que goste de alguém, você não tem a capacidade de pensar por essa pessoa, de criar-lhe estabilidade mental e estado de felicidade. Nada impede que você sinta compaixão pelos problemas dos outros e até decida fazer o que uma pessoa deseja, mas ela terá de se esforçar, sofrer, enfrentar os obstáculos para conseguir ser uma pessoa saudável e feliz. Na prática, quando você ouve o problema de alguém, pode sentir compaixão ou sugerir alternativas, mas não assumir a responsabilidade pela solução. Você tem o direito de não querer ouvir o problema do outro.
Seja assertivo! Vera Martins
Na maioria das vezes ajudamos mais as pessoas quando a deixamos resolver seus próprios problemas. De alguma forma, a própria pessoa criou esse problema. Ter a oportunidade de resolvê-lo fará a pessoa ser maior do que o problema é até preveni-lo não criando situações semelhantes. Resolver pela pessoa não contribuirá para que ela cresça e aprenda as lições necessárias para ser maior do que o problema.
Resolver um problema desenvolve a capacidade de pensar e buscar soluções criativas. Todos têm uma capacidade inata de pensar Boas soluções. Ocorre que quando alguém pensa por nós, ficamos acomodados e escolhemos o mais fácil. Quando somos obrigados a pensar essas soluções, descobrimos essa capacidade adormecida.
Quando passamos por um problema, saímos mais fortes. Como crescemos e ficamos maior do que o problema, aquele problema de nível 5 não significará muito para nós da próxima vez que passarmos por ele. Isso porque passamos a ser nível 6, 7, 8 ou até 10. Isso significa que nossa estabilidade mental também não será abalada da próxima vez que depararmos com um problema de nível 5. Quando atingimos o nível 10, mesmo o problema de nível 10 já não nos abala da mesma forma que nos abalou um problema de nível 5.
Quando sabemos o que é um problema de verdade, damos mais valor e somos gratos pelos momentos em que não estamos em um problema. Isto é, nosso estado de felicidade aumenta pelo simples fato de conhecermos melhor a vida, de valorizarmos mais nosso cotidiano. É o que acontece quem já esteve quase morto e se recuperou. Essa pessoa valoriza muito mais a vida do que a pessoa que nunca soube o que é a quase-morte.
Assim, podemos mudar nossa percepção sobre o problema na nossa vida e também na vida dos outros. Ouvir o problema de alguém e sentir compaixão é bom. Podemos, com base em nossa experiência de solucionadores de problemas, sugerir alternativas. Mas não podemos assumir a responsabilidade pela solução. Cada um deve aprender as próprias lições. E sabemos também que a pessoa se tornará maior ao resolver o problema. Podemos escolher deixar a pessoa fragilizada e vítima ou grande e empoderada após superar o problema. E também pronta para resolver seus próximos desafios.
Podemos escolher também não ouvir o problema. A escolha sempre é nossa. Creio que a autora esteja se referindo aos casos que nos fazem mal, que são tóxicos. Nem todos que trazem problemas até nós tem boas intenções. É uma questão de perceber a intenção do problema trazido. A pessoa está se fazendo de vítima para você 'comprar' o problema dela contra alguém que ela intencionalmente quer prejudicar? É carência, a pessoa 'cria' problemas só para chamar a atenção? A pessoa se alimenta do vitimismo?
Cada caso é um caso e é direito do assertivo perceber que um caso é tóxico e querer se afastar dessa influência negativa. Muitas vezes no vitimismo a pessoa é passiva demais. Nos casos de manipulação a pessoa é passiva-agressiva. Abster-se de ouvir problemas de passivos ou passivo-agressivos também ajuda essas pessoas a serem mais assertivas, ou pelo menos, não trazer essa influência sobre você que busca a assertividade.
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