"A voz interna crítica e destruidora impede a pessoa de contatar suas próprias forças do eu real e normalmente diz: Você não vai conseguir. Se você tentar, vai quebrar a cara. Você é ridículo. Você não sabe o que faz. O outro é melhor que você. Não se inclua, seu intrometido. Você é insignificante, melhor não contar suas coisas.
A voz interna amiga e verdadeira é madura e tem o dom de ponderação. Estimula o contato com as fraquezas e fortalezas, as ameaças e oportunidades do eu real. Quando diz para recuar, baseia-se no bom senso. Faz críticas e elogios. Normalmente diz: Vá em frente, sei que vai conseguir. E por que não tentar? Se você errou, não tenha vergonha. Esforce-se, estude. Peça ajuda para você não quebrar a cara. Ponha a raiva para fora."
Seja assertivo! Vera Martins
A pessoa assertiva reconhece que tem um diálogo interno. Normalmente estamos no piloto automático, nem percebemos que temos nem como anda nosso diálogo interno. Seu diálogo interno é crítico e destruidor ou amigo e verdadeiro?
Por várias vezes constatei que tudo depende de interpretação e a mesma mensagem era interpretada de formas diferentes dependendo do interlocutor. Aqueles cujo diálogo interno é crítico e destruidor ficam chateados diante de uma mensagem encorajadora. Eles acham que não conseguem e que são fracassados. E que a mensagem serve para deixá-los sentindo-se mal.
A mesma mensagem encorajadora é recebida com alegria por aqueles cujo diálogo interno é amigo e verdadeiro. A pessoa sabe que tem o potencial de conseguir. Sabe que a mensagem não é para colocá-las para baixo, mas para fazê-las avançar e que elas conseguirão chegar lá.
O diálogo interno amigo não é positivo no sentido de ignorar fraquezas. Ele se dá a chance de tentar. Ele sabe que pode errar e lida com isso. Ele sabe que pode quebrar a cara e tenta evitar isso. Ele reconhece que não sabe mas reconhece também que é capaz de estudar e aprender.
Lembro-me do livro de Tim Ferriss 'Trabalhe 4 horas por semana' como um dos melhores que li. Ele incentiva as pessoas a passarem vergonha. Temos que acostumar a não ser perfeitos e ter um diálogo interno que suporte isso, que seja amigo suficiente para ter contato com nossas fraquezas.
Toda vez que tenho que fazer algo que pense que é vergonhoso, faço mesmo assim, porque me lembro de Tim Ferriss. Como tudo é interpretação, não me interprete mal, passar vergonha não é fazer algo errado, imoral ou não ético. Ele dá o exemplo de deitar no chão da rua, por exemplo. Claro que não cheguei a esse nível de falta de vergonha. Mas se prestarmos atenção, temos vergonha de nos expor. E isso tem como causa um medo. Medo de ser considerado não normal. Eu acho importante estar fora da caixa. E de acordo com o grande Tim Ferriss esse exercício pode nos levar longe.
Quando nosso diálogo interior é bom, conseguimos nos expor um pouco mais. Não nos achamos menor só porque fazemos algo diferente. Se Edison tivesse medo de se expor teria vergonha cada vez que 'errasse' ao tentar fazer a lâmpada. Se Ford tivesse vergonha, preferiria os cavalos. Já pensou quantos teriam vergonha de andar com algo que não fosse um cavalo? Com algo que ninguém achava que iria para frente? Quantos não o acharam ridículo na época?
Os pensamentos desses grandes homens não estavam no convencional, lampião e cavalos. Eles pensaram fora da caixa e estavam bem com isso, mesmo que a sociedade os olhasse com maus olhos e os desacreditassem.
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