"Lei da pertinência - estipula que um enunciado deve ser totalmente adequado ao contexto em que acontece, de forma que a informação seja de interesse do destinatário.
Lei da sinceridade - demonstra, em suas falas, o engajamento do locutor e o comprometimento com seu interlocutor. A lei da sinceridade não estará sendo respeitada se o locutor enunciar um desejo que não quer ver realizado ou se afirmar algo que sabe ser falso, por exemplo. Se o interlocutor interpreta a fala como falsa ou como uma promessa inatingível, a comunicação fica comprometida. É o caso do vendedor que floreia seu produto e promete mais do que pode oferecer ou aquele que busca atender somente a seus próprios interesses. Ou ainda o caso da mãe que, para se ver livre da insistência do filho, promete dar -lhe um brinquedo e depois não cumpre sua promessa. O filho, decepcionado, sente-se traído e desrespeitado pela mãe."
Infelizmente muitas vezes somos assertivos, mas temos que lidar com o comportamento agressivo. Infelizmente também não há nada que possamos fazer em relação ao agressivo. É o caso de apenas lamentar que tantas pessoas ainda têm que recorrer a um comportamento desses.
Como disse, enfrentei recentemente um problema de agressão ao meu espaço. A pessoa que fez isso certamente violou as leis de discurso assertivo. A pessoa foi completamente inadequada. Não era necessária essa violação. Ela só serviu para que eu ficasse mais inconformada com esse tipo de comportamento e para que eu discordasse mais com o fato de certas pessoas terem de recorrer a esse tipo de artifício. Foi tão impertinente o que a pessoa fez que ela teve que se esconder o que fez. Não teve a coragem nem de admitir o que aconteceu. Não teve a coragem de explicar. Não teve a coragem de enfrentar a situação face a face. Precisou se esconder nas sombras, negar. E quando isso acontece, certamente é porque agiu errado. Quem age certo não precisa negar o que fez muito menos precisa se esconder nas sombras. Pode submeter-se à luz. Pode revelar-se.
Assim, trata-se de uma covardia. Estou perante uma porção de covardes que se escondem nas sombras, que não se revelam e não se explicam, porque não tem uma explicação plausível. E o pior é que a pessoa não tem vergonha da covardia. Revoltar -se com isso? Não creio ser o caso . É apenas digno de pena alguém agir de forma tão rasteira.
Além disso, afirmaram algo falso. Quando era melhor até calar-se, ouvi uma explicação falsa e não plausível. Claro que era falsa a explicação dada. A pessoa tinha toda consciência que mentia e quis sustentar a mentira. Lógico que percebi. E é lógico que decepcionei -me, senti-me traída e desrespeitada. Ao menos um pouco de sinceridade seria bom.
Mas o que esperar de pessoas rasteiras? Agem assim pois é apenas assim que sabem agir. Então qual nossa reação como assertivos? Apesar de termos o direito de sentir, expressar-nos e viver o momento com autenticidade, da maneira que realmente sentimos, sem máscaras, demonstrando todo nosso descontentamento, temos também o dever de perdoar.
Jesus ensinou a perdoar 70 × 7 vezes. Temos que compreender que certas pessoas agem com mentira e fazem coisas desnecessárias, que fazem os outros sofrerem desnecessariamente porque é assim que aprenderam a fazer. Essas pessoas estão acostumadas a isso e até acham que isso é o certo. Não há nada que possamos fazer.
Não está ao nosso alcance muda-las de agressivas para assertivas. De mentirosas para sinceras. O máximo que podemos fazer é perdoar e afastarmos de pessoas assim. Lembrando que há muitas pessoas sinceras, muitas pessoas que não precisam violar o espaço do outro. Muitas pessoas que agem decentemente. E são justamente essas pessoas de caráter que valem nosso esforço, que valem nossa fidelidade. Talvez não seja a hora de ver quem nos decepciona, mas de valorizar as pessoas de caráter. E há muitas, muitas pessoas de caráter.
Perdoar e largar. Devemos deixar ir os mentirosos. Deixar ir quem nos faz sofrer. E valorizar cada vez mais quem nos apoia.
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