"Suas asserções, portanto, podem despertar reações do tipo: zanga, hostilidade, magoa, chantagem emocional, choro, lamento, manipulação dos seus sentimentos, doenças (dor de cabeça, estômago, desmaios), pedido de desculpas com grau de humildade excessiva e vinganças camufladas. Se você se impressionar com essas reações e voltar atrás, suas asserções perderão completamente a credibilidade. Além disso, você reforçará a reação negativa do outro. Na próxima vez, suas asserções serão recebidas com agressividade mais intensa. Mas você pode concluir que, em uma determinada situação, é melhor escolher a não asserção. A ESCOLHA é a palavra chave do processo assertivo. Quando a outra pessoa é muito sensível, você deve pesar as palavras e a forma como devem ser usadas."
Seja assertivo! Vera Martins
Ser assertivo pode causar reações indesejadas dependendo do interlocutor. Se a pessoa é sincera e se expressa diretamente não há muito problema. No entanto, podemos lidar com os passivo-agressivos. Mas o que fazer com quem disfarça, mas mesmo assim quer se vingar? Com quem usa de chantagem emocional? Quem finge doenças para despertar a pena?
Muitas vezes as forças são maiores do que nós. E é uma escolha não ser assertivo. Por vezes a escolha é a não asserção. Já conheci pessoas que não valiam a pena a asserção. A reação é de tal forma desproporcional que não vale o esforço, é melhor largar e deixar para lá. Tudo depende das prioridades de cada um e do quanto está disposto a pagar. Às vezes o preço é alto. É realmente uma questão de cada um sentar e fazer as contas.
Se valer o esforço e o preço a pagar, não podemos nos impressionar com as reações. Tem pessoas extremamente dramáticas, que choram desesperadamente por nada, que são tremendamente desproporcionais. Assim, voltar atrás significa reforçar a atitude. É preciso firmeza apesar do show. Sem firmeza, o drama será cada vez maior e o espetáculo mais elaborado.
Por outro lado podemos escolher não ser assertivos no momento apenas porque a pessoa é sensível. Não tem nada de manipulativa. Nesses casos podemos escolher o momento certo, podemos escolher a melhor forma de transmitir a informação.
Devemos lembrar que Jesus usava discursos diferentes para cada interlocutor. Com uns era extremamente firme, chegando a chama-los de hipócritas, como no caso dos fariseus. Com outros, como os discípulos, exigia mais fe e entendimento. Com a população em geral elogiava os que tinham fé. Eles se salvavam e curavam pela fé.
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