"Quando alguém faz uma afirmacão generalizada, julgadora e exagerada, adote a técnica da pergunta clarificadora, de forma a focar o problema, dando-lhe a dimensão que merece." Seja assertivo! Vera Martins
Mesmo que a reclamação seja justa, muitas vezes a forma de fazê-la pode nos assustar um pouco. Quando apresenta uma das características mencionadas no texto da autora, podemos sempre perguntar para esclarecer. É uma técnica bem simples, que evita mal entendidos e que ajuda a pessoa que reclamou a não generalizar, a não julgar e a não exagerar.
Nem sempre dará certo. Pessoas manipuladoras não gostarão de esclarecer, pois beneficiam-se de mal entendidos. Pessoas comuns não terão problemas em esclarecer. Já mencionei no blog sobre uma pessoa que criou um problema fora das dimensões normais apenas por causa de uma pergunta clarificadora. E comigo pessoalmente já ocorreu de eu receber uma reclamação justa em tom de crítica e fazer a pergunta clarificadora sem problema algum, isso porque tratava com uma pessoa assertiva.
Se a pessoa for manipuladora e criar problema estaremos diante de um confronto inevitável. "O pre requisito para um confronto sadio é identificar claramente o problema para não haver desvios de rota. Na identificação do problema, é preciso especificar claramente qual é o comportamento inaceitável. Assim, você evita a generalização, ou seja, fulano é inaceitável. A generalização traz embutido o julgamento de aprovação ou desaprovação baseado a um rótulo aplicado àquela pessoa."
Nesse trecho, a autora pede para que o confronto seja sadio. Já que é inevitável, que ao menos seja sadio. Dessa forma, ainda é necessário clareza. Aprendemos que não é pessoal, não se trata de pessoa inaceitável, mas de um comportamento. Então podemos isolar o comportamento e focar apenas no comportamento inaceitável ou no comportamento esperado. Quando focamos apenas o comportamento, evitamos rótulos e preconceitos.
Nesse caso é necessária a escuta ativa. A autora explica que é entender exatamente o que a pessoa está falando. A escuta ativa desmantela as defesas e abre a comunicação.
Escutar ativamente também é um treino. Em geral, falhamos em escutar porque queremos ouvir o que confirma nossos paradigmas. Queremos ouvir aquilo que nos agrada, não aquilo que nos surpreende. Não queremos ouvir de maneira alguma aquilo que nos contraria. Eu sei. Também estou treinando a escuta ativa. Também falho. Também quero ouvir o que confirma o que penso. Também tenho minhas defesas e não consigo abrir a comunicação como deveria.
E muitos confrontos ocorrem apenas por essa dificuldade. Muitos conflitos não existiriam se soubéssemos escutar ativamente.
Então que tal escutar ativamente? Isso pode nos abrir um mundo de novas ideias, novas experiências, novos conceitos e paradigmas.
Quem está em Cristo nova criatura é, tudo se fez novo. Jesus nos convida a mudar, a deixar as coisas velhas. Então ele também aprova mudanças, aprova deixarmos de ser o que éramos a cada dia. É bom mudar. Se nos apegarmos ao velho, estaremos cheios de defesas. E essas defesas nos fazem mal.
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