quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A fe traz alegria?

"Não é de se estranhar, talvez, que tantas pessoas tenham esquecido o mais profundo Sermão de todos os tempos, pois sua riqueza é expressa com tanta simplicidade: é natural,  sem dúvida, que os sabidos e mundanos se retraiam diante de uma fe tão sem artifícios.  Mas a verdade é que,  quanto menos fé um homem tiver em seu Deus,  menos fé terá diante de si mesmo e tanto mais insegura,  horrível e sem objetivos será sua vida." A essência da felicidade     Martin Claret

Continuando a análise de Sansão,  ele perdeu quando deixou de ter fé em Deus e passou a acreditar em seu próprio braço.  Quando revelou a Dalila o segredo de sua força, Deus havia se retirado dele. Então ele estava sem fé e sem Deus. O homem com Deus é forte, por mais que seja frágil como Davi diante de Golias.  O homem sem fé é fraco,  por mais que tenha um histórico de vitórias como Sansão.

Sansão não só perdeu a visão, como estava preso. Sua vida passou a ser insegura,  horrível e sem objetivos na prisão.  Os filisteus resolveram fazer um grande sacrifício ao seu deus porque tinha entregue Sansão nas mãos deles. Resolveram também zombar de Sansão, que estava fraco. Ali estavam muitos filisteus, inclusive os príncipes dos filisteus que pagaram cada um as 1.100 moedas de prata para Dalila.

Naquele momento de vergonha, quando zombavam dele, Sansão percebeu que era dependente de Deus e começou a clamar. Ele pediu que Deus se lembrasse dele. Sansão voltou à simplicidade da fe do Sermão do Monte.  Apesar dos momentos em que  só confiou em si mesmo,  ele tinha uma poupança no céu por todos os momentos que se consagrou e se separou para Deus.  Deus se lembrou dele.

Outro pedido de Sansão foi que o fortalecesse só aquela vez, para que de uma vez se vinguasse dos filisteus pelos seus dois olhos.  E então Sansão se ofereceu em sacrifício e morreu com os filisteus. Deus restaurou suas forças e ele derrubou as colunas do templo do deus dos filisteus e morreram mais filisteus na morte de Sansão do que em sua vida ele tinha matado filisteus.

Sansão foi juiz de Israel por 20 anos. E assim morreu.

A mensagem foi simples: Deus ouviu a oração de Sansão quando este se humilhou diante dele. Os homens de Deus nem sempre são perfeitos, eles passam por altos e baixos. Mas Deus se lembra dos momentos em que foram firmes com Deus e os perdoa caso se humilhem diante dele. A felicidade também consiste em entender esses altos e baixos.

Deus deixou que Sansão se vingasse dos filisteus e os matassem.  O Sermão do Monte fala em perdão, não em vingança.  Então se contextualizarmos como uma época em que havia uma guerra entre povos e que o povo inimigo servia a outro deus e zombavam do Deus soberano,  podemos entender que se tratava de uma guerra.  Atualmente, após a nova dispensação com Jesus, a luta não é contra carne e sangue.  Não se permite mais mortes assim. E também não se permitem sacrifícios como o de Sansão,  pois Jesus foi o sacrifício perfeito,  não havendo mais necessidade de sacrifícios.

No Sermão, Jesus ensina a não ter dois senhores.  Uma das lições sobre a vitória de Sansão sobre os filisteus é que os filisteus serviam a outro deus.  O Sermão esclarece sobre a firmeza sobre a escolha.  É feliz quem sabe o que quer e é firme em sua decisão.  E quem faz qualquer sacrifício por sua decisão é feliz.

O Sermão mostra que são felizes aqueles que são perseguidos pelo nome de Jesus.  A luta é espiritual na maioria das vezes.  Atualmente temos os inimigos que não se desagradam de nós no nível carnal, mas espiritual.  E servir a um senhor com firmeza desagrada a muitos. Jesus insta aos discípulos a aborrecer pai, filho, irmãos e até a própria vida para ser considerado seu discípulo. É um sacrifício agradável a Deus.  E pergunte a cada um que se dá como sacrifício se eles não são alegres.  Com certeza. A fé traz grande alegria, até nos momentos de provações. Sansão morreu feliz quando restaurou sua fé.  Mas claro que não se pode levar isso para os dias atuais. Não se deve tirar a vida. O exemplo que é ensinado com a nova dispensação é de um sacrifício vivo e agradável a Deus.




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