"Nosso auto-conhecimento é muitas vezes revelado pelo modo como nos comparamos com outra pessoa significante em nossa vida. Quais pessoas na sua vida são mais importantes para você? Qual é a menos importante? (...) a preocupação é como você vê os seus relacionamentos. Não há respostas certas ou erradas; você está simplesmente descrevendo como percebe-se e sente-se a respeito de suas relações."
Seja assertivo! Vera Martins
A autora propõe um exercício adaptado do livro "Asserting your-self". Esse exercício visa clarificar as posições das pessoas em nossa vida. Na verdade, as posições são bem relativas, pois tudo depende de como enxergamos essas relações.
O exercício propõe mapear os relacionamentos. Escolhemos pessoas importantes em nossa vida e as representamos com círculos. Um círculo grande representa uma pessoa que julgamos mais importante que nós. Um círculo pequeno, significa que julgamos a pessoa menos importante que nós. Um círculo do mesmo tamanho que o círculo que nos representa significa que julgamos a pessoa de igual importância.
Ao fazer o exercício, posicionamos os círculos acima se julgamos a pessoa com posição dominante. Abaixo de nós se julgamos a posição subordinada. No mesmo plano se julgamos a pessoa numa posição igual à nossa.
Colocamos os círculos longe do círculo que nos representa se julgamos a pessoa distante. Colocamos perto de nós se julgamos a pessoa amigável. Colocamos sobreposto a nós se julgamos o relacionamento cordial e íntimo.
Depois, colocamos o símbolo P se reagimos positivamente em relação à pessoa. AG dentro dos círculos que representam as pessoas com as quais agimos agressivamente. Colocamos A para as pessoas com quem agimos assertivamente. E colocamos PA para os círculos que representam as pessoas que reagimos ora passivamente, ora agressivamente. Podemos fazer outras combinações.
Depois podemos pensar em comportamentos assertivos que nos ajudariam a manter um sentimento de equilíbrio com as pessoas. Podemos também imaginar a constelação perfeita e desenha-la. Podemos modificar os círculos em tamanho, posição e distância.
Com a constelação perfeita, podemos pensar em atitudes a tomar. Podemos modificar as relações ou, pelo menos, como percebemos e sentimos essas relações.
Acredito ajudar bastante em casos de assédio moral, porque os assediados geralmente são tratados assim porque enxergam suas relações de uma posição inferior. De certa maneira, o assediado é responsável pela maneira como é tratado na medida em que permite ser tratado assim. Ele pode, dentro do razoável, mudar essas posições, tamanhos, distâncias.
Claro que é um longo trabalho pela frente, mas a percepção tem que começar a mudar para que menos pessoas sejam assediadas.
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