segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Como percebemos e sentimos nossas relações?

"Nosso auto-conhecimento é muitas vezes revelado pelo modo como nos comparamos com outra pessoa significante em nossa vida.  Quais pessoas na sua vida são mais importantes para você? Qual é a menos importante? (...) a preocupação é como você vê os seus relacionamentos.  Não há respostas certas ou erradas;  você está simplesmente descrevendo como percebe-se e sente-se a respeito de suas relações."

Seja assertivo! Vera Martins

A autora propõe um exercício adaptado do livro "Asserting  your-self". Esse exercício visa clarificar as posições das pessoas em nossa vida. Na verdade,  as posições são bem relativas,  pois tudo depende de como enxergamos essas relações.

O exercício propõe mapear os relacionamentos.  Escolhemos pessoas importantes em nossa vida e as representamos com círculos. Um círculo grande representa uma pessoa que julgamos mais importante que nós.  Um círculo pequeno, significa que julgamos a pessoa menos importante que nós.  Um círculo do mesmo tamanho que o círculo que nos representa  significa que julgamos a pessoa de igual importância.

Ao fazer o exercício, posicionamos os círculos acima se julgamos a pessoa com posição dominante. Abaixo de nós se julgamos a posição subordinada.  No mesmo plano se julgamos a pessoa numa posição igual à nossa.

 Colocamos os círculos longe do círculo que nos representa se julgamos a pessoa distante.  Colocamos perto de nós se julgamos a pessoa amigável.  Colocamos sobreposto a nós se julgamos o relacionamento cordial e íntimo.

Depois, colocamos o símbolo P se reagimos positivamente em relação à pessoa.  AG  dentro dos círculos que representam as pessoas com as quais agimos agressivamente.  Colocamos A para as pessoas com quem agimos assertivamente.  E colocamos PA para os círculos que representam as pessoas que reagimos ora passivamente,  ora agressivamente.  Podemos fazer outras combinações.

Depois podemos pensar em comportamentos assertivos que nos ajudariam a manter um sentimento de equilíbrio com as pessoas.  Podemos também imaginar a constelação perfeita e desenha-la. Podemos modificar os círculos em tamanho, posição e distância.

Com a constelação perfeita, podemos pensar em atitudes a tomar. Podemos modificar as relações ou, pelo menos, como percebemos e sentimos essas relações.

Acredito ajudar bastante em casos de assédio moral,  porque os assediados geralmente são tratados assim porque enxergam suas relações de uma posição inferior. De certa maneira,  o assediado é responsável pela maneira como é tratado na medida em que permite ser tratado assim. Ele pode, dentro do razoável,  mudar essas posições,  tamanhos, distâncias.

Claro que é um longo trabalho pela frente,  mas a percepção tem que começar a mudar para que menos pessoas sejam assediadas.

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