sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O exibicionismo traz alegria?

"Mil vezes que um homem leia essas palavras,  sempre encontrará nelas nova beleza e sabedoria.  Nos velhos tempos em que Cristo as pronunciou,  Mateus disse: "As turbas ficaram admiradas ". Qualquer um ficará admirado também ao descobrir o quanto é pertinente o Sermão da Montanha aplicado a sua vida diária"

A essência da felicidade     Martin Claret

Jesus exibia-se quando arrastava multidões que ficavam admiradas?  Ele incentivou o exibicionismo? Como distinguir o exibicionismo da luz do mundo?

O Mestre ensinou a não fazer atos de justiça para ser visto pelos homens.  Portanto, ao dar esmola, orar, jejuar,  temos que fazer discretamente,  então o pai recompensará.  O pai vê em secreto, não é preciso exibir (Mt 6:1-8; 7:16-18).

Ao mesmo tempo ele orienta a não se acender a lâmpada e colocar debaixo da vasilha, mas no candelabro, para iluminar a casa toda. E que a luz resplandeça diante dos homens,  para que as obras glorifiquem a Deus (Mt 5:13-16).

Então a diferença principal é a finalidade do ato. Um é para ser glorificado entre o homens,  para que os pares o admirem. O outro é para Deus,  mas não para ser honrado, mas para honrar a Deus,  então se for discreto ou até anônimo a glória será de Deus.

Alguns homens brilham e resplandecem sem exibicionismo.  Que brilho é esse? Por enquanto só vemos sombra desse brilho. No grande dia, na ressurreição,  todos os salvos terão o corpo resplandecente.  Ali encontraremos a verdadeira felicidade,  pois tudo o que passamos na terra ainda é sombra do que virá.  Não haverá choro nem dor.

Na transfiguração, Jesus levou Pedro, Tiago e João para um monte muito alto e lá eles viram Elias e Moisés com corpos resplandecentes. Jesus também estava resplandecente.  Em vida, Moisés e  Elias foram exibicionistas ou iluminados?  Já vimos no blog um estudo de Moisés.  Ele era introvertido e não gostava nada de se exibir.  Elias também tinha características de introvertido.  Nenhum dos dois se exibiam e foram escolhidos para a transfiguração.  Moisés representa a lei e Elias, os profetas. E Deus disse que Jesus é o Filho amado,  que deveriam ouvir a ele. Dessa forma, Jesus foi posto o primeiro sobre a lei e os profetas.  Jesus era extrovertido, embora buscasse seus momentos de introversão. E não era exibicionista.

Assim, a verdadeira alegria,  essa resplandecente,  não precisa se exibir.  E o problema de querer sempre se mostrar ao homem é que sempre vamos ter frustrações.  Esperar que a felicidade venha como um feedback do outro é extremamente frustrante,  pois o outro nem sempre vai atender nossa expectativa.  Não podemos apoiar nossa alegria no que exibimos ao outro. Nossa alegria precisa ser interna, algo que independente do feedback e aprovação do outro. Jesus mesmo foi muito rejeitado, até pelos próprios irmãos,  mas sempre relevava, isto é, não deixava que isso o afetasse,  pois sua alegria estava dentro dele. Seu apoio era o Pai. Era para o Pai que fazia a sua obra, não era para se mostrar.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A fe traz alegria?

"Não é de se estranhar, talvez, que tantas pessoas tenham esquecido o mais profundo Sermão de todos os tempos, pois sua riqueza é expressa com tanta simplicidade: é natural,  sem dúvida, que os sabidos e mundanos se retraiam diante de uma fe tão sem artifícios.  Mas a verdade é que,  quanto menos fé um homem tiver em seu Deus,  menos fé terá diante de si mesmo e tanto mais insegura,  horrível e sem objetivos será sua vida." A essência da felicidade     Martin Claret

Continuando a análise de Sansão,  ele perdeu quando deixou de ter fé em Deus e passou a acreditar em seu próprio braço.  Quando revelou a Dalila o segredo de sua força, Deus havia se retirado dele. Então ele estava sem fé e sem Deus. O homem com Deus é forte, por mais que seja frágil como Davi diante de Golias.  O homem sem fé é fraco,  por mais que tenha um histórico de vitórias como Sansão.

Sansão não só perdeu a visão, como estava preso. Sua vida passou a ser insegura,  horrível e sem objetivos na prisão.  Os filisteus resolveram fazer um grande sacrifício ao seu deus porque tinha entregue Sansão nas mãos deles. Resolveram também zombar de Sansão, que estava fraco. Ali estavam muitos filisteus, inclusive os príncipes dos filisteus que pagaram cada um as 1.100 moedas de prata para Dalila.

Naquele momento de vergonha, quando zombavam dele, Sansão percebeu que era dependente de Deus e começou a clamar. Ele pediu que Deus se lembrasse dele. Sansão voltou à simplicidade da fe do Sermão do Monte.  Apesar dos momentos em que  só confiou em si mesmo,  ele tinha uma poupança no céu por todos os momentos que se consagrou e se separou para Deus.  Deus se lembrou dele.

Outro pedido de Sansão foi que o fortalecesse só aquela vez, para que de uma vez se vinguasse dos filisteus pelos seus dois olhos.  E então Sansão se ofereceu em sacrifício e morreu com os filisteus. Deus restaurou suas forças e ele derrubou as colunas do templo do deus dos filisteus e morreram mais filisteus na morte de Sansão do que em sua vida ele tinha matado filisteus.

Sansão foi juiz de Israel por 20 anos. E assim morreu.

A mensagem foi simples: Deus ouviu a oração de Sansão quando este se humilhou diante dele. Os homens de Deus nem sempre são perfeitos, eles passam por altos e baixos. Mas Deus se lembra dos momentos em que foram firmes com Deus e os perdoa caso se humilhem diante dele. A felicidade também consiste em entender esses altos e baixos.

Deus deixou que Sansão se vingasse dos filisteus e os matassem.  O Sermão do Monte fala em perdão, não em vingança.  Então se contextualizarmos como uma época em que havia uma guerra entre povos e que o povo inimigo servia a outro deus e zombavam do Deus soberano,  podemos entender que se tratava de uma guerra.  Atualmente, após a nova dispensação com Jesus, a luta não é contra carne e sangue.  Não se permite mais mortes assim. E também não se permitem sacrifícios como o de Sansão,  pois Jesus foi o sacrifício perfeito,  não havendo mais necessidade de sacrifícios.

No Sermão, Jesus ensina a não ter dois senhores.  Uma das lições sobre a vitória de Sansão sobre os filisteus é que os filisteus serviam a outro deus.  O Sermão esclarece sobre a firmeza sobre a escolha.  É feliz quem sabe o que quer e é firme em sua decisão.  E quem faz qualquer sacrifício por sua decisão é feliz.

O Sermão mostra que são felizes aqueles que são perseguidos pelo nome de Jesus.  A luta é espiritual na maioria das vezes.  Atualmente temos os inimigos que não se desagradam de nós no nível carnal, mas espiritual.  E servir a um senhor com firmeza desagrada a muitos. Jesus insta aos discípulos a aborrecer pai, filho, irmãos e até a própria vida para ser considerado seu discípulo. É um sacrifício agradável a Deus.  E pergunte a cada um que se dá como sacrifício se eles não são alegres.  Com certeza. A fé traz grande alegria, até nos momentos de provações. Sansão morreu feliz quando restaurou sua fé.  Mas claro que não se pode levar isso para os dias atuais. Não se deve tirar a vida. O exemplo que é ensinado com a nova dispensação é de um sacrifício vivo e agradável a Deus.




quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A felicidade está na aparência?

"A acautelai-vos, porém, dos falsos profetas,  que vêm até vós disfarçados de ovelhas   mas interiormente são lobos devoradores" Mateus 7:15

A propósito do Sermão do Monte, um assunto muito importante quando se trata de felicidade é a aparência.  Será que tudo que parece é? E somos felizes com aparências?

O Sermão fala das pessoas que parecem ovelhas.  Enganam muitos que são orientados pelo exterior, pelo que parece ser. Jesus mostra que nem sempre o que parece uma ovelha, é uma ovelha. Na verdade, alguns desses são lobos devoradores.

Eu sei que é difícil enxergar além do superficial. É preciso muita profundidade para enxergar o que é invisível aos olhos. E como estamos sempre muito ocupados,  no piloto automático,  não temos tempo para o profundo e o escondido. Não conseguimos ver os lobos devoradores,  só vemos as ovelhas, que é o que está diante dos olhos.

Sansão teve uma dificuldade tremenda para enxergar que Dalila era uma loba devoradora.  Que ela queria as 1.100 moedas de prata de cada um  dos príncipes dos filisteus. Por que?  Porque,  apesar de molesta-lo e insistir até lhe tirar o segredo, ela era agradável como uma ovelha. A Bíblia adverte  que Satanás se disfarça de anjo de luz. Ele não é assustador,  com uma cara horrível.  Quem dará um segredo para uma pessoa assustadora?  Na maioria das vezes, o manipulador só recorre à agressão depois de tentar tirar gentilmente a informação.  Foi a resistência que o obriga ser mais agressivo.

Em Juízes 16:19 observa-se como a traição foi agradável.  Ela o fez dormir em seus joelhos. Ele estava sendo acariciado nas vésperas da traição.

O mesmo fez Judas Iscariotes com Jesus. Ele o beijou. Os incautos acham que a traição vem da pessoa mais desagradável possível,  da pessoa assustadora.  Mas não era o caso. Augusto Cury,  que analisou a vida de Jesus, faz uma observação interessante acerca da personalidade de Judas. Como psiquiatra e pos graduado em psicologia , Cury diz que Judas era um dos discípulos mais equilibrados e exemplares.  Pedro tinha mil defeitos, era temperamental,  chegou a arrancar a orelha de Malco.  João e Tiago eram chamados de filhos do trovão, também por serem temperamentais.  Quando não receberam Jesus em uma aldeia, João e Tiago sugerem que desça fogo do céu para consumirem aquelas pessoas.

Os incautos, muitas vezes por falta de conhecimento,  por exemplo, não sabem o que é Engenharia social, nem Técnicas de Entrevista, acham que  o traidor não virá na forma de ovelha. Pelo contrário,  para que você o defenda e revele tudo o que necessita, ele precisa ser agradável.  Vai te  acariciar e beijar. Vai vir em forma de ovelha e não de lobo.  Do lobo todos correm. Para ovelha todos oferecem, pois é um coitado de um animal.

Portanto, quem muito vê somente o que está diante dos olhos, pode estar deixando de ver o lobo devorador e depois perguntar porque está infeliz,  apesar da aparência de felicidade,  como de Sansão, que dormiu despreocupadamente nos joelhos da amada. E ficou cego, pois os filisteus lhe arrancaram os olhos. Creio ser esse um símbolo da falta de visão de Sansão ao revelar a Dalila o segredo. Sansão foi pela aparência e perdeu a força e os olhos. E foi preso pelos filisteus. Um momento de aparente felicidade o fez perder muito.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

É feliz quem perdoa?

"Poderá parecer que este ensinamento é impraticável,  que é exigir demais da natureza humana.  E, contudo,  que faz toda mãe,  que faz todo pai? (...) no mesmo espírito de solidariedade,  o Sermão incita-nos a que procuremos amar a todos nossos semelhantes.  Na luta pelo domínio de si  mesmo,  o Sermão propõe-nos um pacto solene - que o Pai só nos perdoará as ofensas na medida em que perdoamos aos outros as ofensas que nos fizerem.  Uma vez experimentada essa doutrina,  tão pouco realista na aparência, logo revela a sua praticalidade."  A essência da felicidade    Martin Claret

Sim, é feliz quem perdoa. Muitas pessoas fazem de tudo para "pegar" aquela pessoa que acha que as ofenderam de alguma maneira. Os fariseus faziam isso. Eles observavam Jesus para encontrar com o que acusá-lo porque não suportaram as  verdades que Jesus dizia a eles. Até quando o convidavam para comer pão ou jantar em suas casas  não era hospitalidade,  era uma oportunidade de "pegá-lo".  Faziam de tudo para armar uma cilada. Achavam que seriam felizes assim: achando uma maneira de se vingar. O que é muito baixo.

E, continuando com a história de Sansão,  ele se apaixonou depois por outra mulher, do povo dos filisteus, do inimigo. Dessa vez,  o Senhor não estava nisso. Essa mulher era Dalila.

Os filisteus ofereceram 1.100 moedas de prata para que ela revelasse qual o segredo da força de Sansão.  O homem separado por Deus tinha uma força que o distinguia dos demais. E então ele passou a ser alvo. A força estava na separação,  era um nazireu de Deus.  E por ser nazireu praticava certos costumes que o santificavam e o separavam do mundo.

Então ela começou a forçar para saber. Começou a usar de diversas táticas para saber. Sansão tinha o segredo da separação de Deus , não deveria revelar, pois já uma mulher o tinha traído, por ele ter confiado no povo inimigo. Trazer o inimigo para dentro exige cautela. Sansão deveria ter aprendido.

De fato ele não revelou no início.  Parecia estar testando Dalila.  Ela dava os sinais que o traía.  Ele parecia ter aprendido a lição.  Mas talvez ele achou que era só coincidência, ou acreditou muito na força do seu próprio braço.  Nesses testes que Sansão fazia dava o que no jargão policial é a contra-informação.  Informava errado e via o que acontecia.

Mas enfim ela conseguiu.  Insistia em saber, importunava,  molestava,  e ele se angustiou até a morte.  Mesmo homens de Deus, separados como Sansão, se angustiam.  E desistem diante da insistência. Ele revelou o segredo ao inimigo  e perdeu.

Não revelar o que não interessa, nem é necessário a pessoa saber não é questão de prejudicar ninguém,  nem resistir a insistência é prejudicar.  Muito pelo contrário,  o certo era não revelar o que não era necessário. Para que Dalila precisava saber de onde vinha a força de Sansão?  Ela seria de alguma forma prejudicada se ele não revelasse?  Seria bullying não revelar?  Claro que não.  Bullying é pegar o dado à força,  molestar a alma de alguém e angustiar alguém até a morte para que a pessoa ceda. Bullying foi o que Dalila fez com Sansão.  Ela que foi agressiva e invadiu o espaço dele. Ele apenas estava preservando o espaço dele enquanto não dizia.  Estava apenas sendo assertivo e preservando uma informação que ela não precisava saber.

E quando soube, usou o dado contra Sansão, traindo-o por 1.100 moedas de prata. Ela sim, usando um motivo vil e baixo, comprada,  e sabendo exatamente o que fazia. Não é incomum pessoas serem compradas e vender o outro. Dalila foi comprada e vendeu Sansão.  Judas vendeu Jesus por 30 moedas. Quem desconfiaria que a esposa trairia o marido?  Ou que o discípulo trairia o Mestre?

Os mais atentos sim. Mas os inocentes, coitados...  Coitados em parte, porque "vendem" os outros.  Uns por um preço mais alto,  como Dalila.  Outros por um preço mais baixo,  como Judas. Outros, por carências pessoais.  Cada um com o seu preço.  O manipulador só precisa descobrir o preço da pessoa. Raras são as pessoas que não tem preço.

E estar atento não é não perdoar.  Devemos sim perdoar o manipulador e o manipulado para sermos felizes,  mas Jesus nunca disse que devemos ser bobos.  Dar a outra face  não é deixar de dizer verdades necessárias.  Jesus disse verdades aos fariseus o tempo todo. Ele estava deixando de perdoar os fariseus?  De maneira alguma,  ele os perdoava,  mas Jesus avaliava os valores.  E era mais valoroso alertar o povo acerca desses falsos religiosos.  Ele sofreu, sim,  mas foi feliz por ter feito o que deveria fazer. E isso não é vingança contra os fariseus, não é falta de amor pelos fariseus. Muito pelo contrário,  era amor aos outros que eram vítimas dos fariseus.  Ele se deu como sacrifício para que as pessoas tivessem um verdadeiro encontro com Deus,  que era longe da maneira como os falsos religiosos ensinavam. Então, por amor, Jesus foi assertivo com os fariseus. E não seria falta de perdão ou falta de amor Sansão ser firme com Dalila, seria apenas prudência.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Como obter saúde, bom êxito e tranquilidade?

"O documento que eles não conseguiram recordar era o Sermão da Montanha  - a carta magna da fe cristã. Três meses atrás,  eu supunha que a maioria das pessoas sabia alguma coisa do que Jesus dizia na mais admirável das suas pregações.  Agora estou certo que bem pouca gente tem uma lembrança clara das suas palavras ou significado das mesmas. E, contudo, o Sermão da Montanha, segundo a versão de São Mateus, Capítulos V a VII, não só ensina as verdades espirituais mais profundas,  como também indica o procedimento segundo o qual qualquer pessoa pode obter saúde,  bom êxito e tranquilidade;  paz da mente e paz da alma."

A essência da felicidade      Martin Claret

Esse texto Claret retirou do Reader's Diagest,  de autoria de T.  F.  Murphy.  Ele indica o quanto deveríamos prestar mais atenção ao Sermão da Montanha para obter a felicidade e a paz. Não vou me deter no sermão pois já foi tema de estudo neste blog. O trecho apenas reforça que muitas pessoas enxergam da mesma maneira: que Jesus revelou a essência da felicidade.  Pena que não queremos ouvir,  preferimos sofrer.  Mas é sempre uma escolha.

O Sermão fala da importância do reino. Como fazemos para buscar o reino de Deus em primeiro lugar?  Por que queremos buscar primeiro nosso próprio conforto e nossas necessidades achando que isso trará felicidade?

Como manipuladores usam a necessidade do manipulado para controla-lo?  E o manipulado se acha feliz sendo controlado pelo manipulador,  vive uma ilusão horizontal.

Em Juízes  é contada a história de Sansão,  homem escolhido por Deus.  Seu nascimento foi anunciado por um anjo de maneira milagrosa, pois sua mãe era estéril.  Sansão nasceu para libertar o povo do jugo dos filisteus, inimigos do povo de Deus.  Sansão foi juiz de Israel.

Sansão se apaixonou por uma mulher do povo filisteu.  Seus pais o aconselharam a escolher entre as filhas da terra, não do inimigo. No entanto, isso vinha do Senhor.  Creio que para prepara-lo para o que seria a grande traição contra ele.

Casou-se com  essa mulher.  Sansão propôs um enigma ao povo da esposa,  se conseguissem resolver ganhariam 30 túnicas de linho e 30 mantas. Se não,  eles dariam-nas a Sansão.

Não conseguindo decifrar o enigma,  decidiram ameaçar a esposa de Sansão.  Disseram que queimariam a fogo ela e a família. Então ela usou de chantagem emocional e chorou nos sete dias que celebravam a boda até que ele revelou o segredo,  porque ela o importunava.

E assim ela descobriu o segredo e contou aos filisteus. Sansão perdeu. E o final foi trágico  porque no final mataram ela e a família dela.

Sansão perdeu. Não teve êxito no enigma. Sua esposa perdeu mais do que a saúde,  perdeu a vida. E ele perdeu a tranquilidade. Mas isso vinha do Senhor,  era apenas uma lição que o prepararia para algo pior.

Uma das lições que Sansão aprendeu é que não se pode acreditar em chantagem emocional.  Se alguém se faz de coitado porque não contaram algo devemos sempre nos perguntar porque tanto a pessoa quer saber aquilo. A mulher de Sansão o traiu.  Tudo bem que o motivo não era torpe, estava apenas sendo ameaçada,  mas mesmo assim o certo era  não ter contado.

Quando querem saber muito, quando há muita insistência,  quando querem tomar dados à força,  alguma coisa tem. E não é raro se tratar de traição. Mesmo que por  motivos de defesa própria,  como no caso da mulher de Sansão.

Por isso,  não devemos revelar segredos. Nem alheios, pessoais de terceiros,  nem profissionais.  E desconfie sempre de quem não tem necessidade de saber e forçar a saber. Por que saber?  Em que isso é útil?  A pessoa precisa mesmo saber? Podemos revelar o alheio?  Para que saber algo que não lhe diz respeito  e nem é necessário usar?

E o pior é quando usam nossas emoções: "Se você é meu amigo,  me conte tudo, não esconda nada". E vai lá a inocente criatura que é carente, tem medo de perder o "amigo" e trai segredos profissionais e de colegas.  Lamentável o nível de falta de profissionalismo. Quem é amigo, continua sendo mesmo não revelando os segredos para o "pobre coitado ".

Se fosse amigo de verdade não precisava recorrer a esses recursos para obter dados que não lhe dizem respeito. Não precisaria recorrer à chantagem emocional.  Essa pessoa está pedindo mesmo por problemas ao contar o que não lhe diz respeito. Muitos contam diretamente ao inimigo, achando que se trata de amigo. Como fez Sansão que achava que não era nada,  apenas contaria à esposa,  carne da carne dele.

Ah! As inocentes criaturas,  como os manipuladores usam essas pessoas!!!

E o pior é que traem os segredos por causa de necessidades pessoais.  Que não contribuem nada com o reino. Trata-se apenas de suas carências pessoais. Essas pessoas não conseguem ver o vertical, o reino mais importante do que as próprias necessidades.  São muito horizontais.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Onde está a perfeita alegria?

"Em vésperas de sua morte,  disse o Nazareno a seus discípulos: 'Eu vos dou a paz, eu vos deixo a minha paz'. E, para evitar qualquer confusão entre paz e armistício,  logo acrescentou: 'Não dou a paz assim como o mundo a da. Eu vos dou a paz para que minha alegria esteja em vós,  seja perfeita a vossa alegria,  e nunca ninguém tire de vós a vossa alegria."

A essência da felicidade    Martin Claret

Ainda no trecho que Martin separou de Rohden,  vemos que  a paz de Jesus é diferente da paz do mundo. Trata-se de maneiras diferentes de ver um mesmo conceito.  Que paz escolhemos para nós?  O que é paz para nós?

Nessa paz dada por Jesus a alegria dele mora dentro de nós.  E qual é a alegria de Jesus?  Será uma alegria igual a do mundo?  Como o mundo se diverte e onde encontrar a felicidade?  Como Jesus se divertia e encontrava a felicidade?

O que é a perfeita alegria?  Onde encontrá-la? E como evitar que alguém a tire?

Respostas como estas não são encontradas no horizontal,  são verticais.

 A alegria de Jesus estará  no preenchimento de carências?  Estamos vivendo num mundo tremendamente carente. Pessoas têm "vendido" até informações profissionais e até colegas, porque um aproveitador notou essa carência e usa isso a favor dele. Muitos manipuladores percebem quando alguém é carente e vai em cima dessa pessoa,  sabendo que conseguirão tudo dela por causa de uma carência,  porque a alegria dessa pessoa depende de uma atenção que foi "comprada". E essa pessoa consente em "vender-se".

As pessoas só são manipuladas nesse nível porque não tem a perfeita alegria.  Ninguém dá essa alegria e também ninguém tira essa alegria. Não é preciso comprar nem Jesus vende a alegria que vem dele. É a alegria perfeita,  que não causa dependência.

Fico  muito preocupada quando vejo pessoas dependentes de coisas supérfluas,  que passam.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Como curar males do ego?

"Quem procura curar os males do ego pelo próprio ego,  comete um erro fatal de lógica e matemática.  Não há cura de igual a igual - mas tão somente de inferior para superior,  de vertical para horizontal.  Camuflar com derivativos e escapismos a infelicidade não é solucionar o problema;  é apenas mascara-lo e transferir a infelicidade para outro tempo - quando a infelicidade torna a se manifestar com igual violência.

A cura e erradicação consiste unicamente na entrada numa nova dimensão de consciência e experiência.  Não consiste numa espécie de continuismo - mas sim num novo início,  numa iniciativa inédita,  numa verdadeira iniciação.  Não se trata de 'por remendo novo em roupa  velha', na linguagem do Nazareno; trata-se de realizar a 'nova criatura em Cristo' que é a transição da consciência do ego horizontal e ilusório para a consciência do Eu vertical e verdadeiro."

A essência da felicidade    Martin  Claret

A citação de ontem e de hoje foi retirada do livro "O caminho da felicidade" de Humberto Rohden.  Segundo Rohden não se cura males do ego pelo próprio ego. É o caso da competição desenfreada que temos atualmente. Pessoas querem massagear seus egos mostrando-se mais  (mais rico, mais poderoso,  mais bonito, mais inteligente,  mais eficiente,  mais influente,  enfim,  mais alguma coisa que agrada o ego). Infelizmente essa é a busca sem fim que não traz saciedade. Sempre a pessoa precisará ser mais.  Nunca a pessoa estará contente.

O escapismo tão comum na sociedade moderna leva muitas  pessoas a até terem melhores condições financeiras e acesso a mais produtos e serviços,  mas trouxe também mais pessoas deprimidas, ansiosas e em pânico.  Muitos também estão se suicidando. As pessoas tentam solucionar seus problemas tentando escapar em vícios, que também podem ser hábitos  excessivos,  como excesso de redes sociais,  excesso de jogos.  Nossa sociedade moderna tem escapado de que?  E como isso apenas mascara a infelicidade?  Como transferimos a infelicidade para outro tempo?  E o que faremos quando chegar esse tempo e a infelicidade vier com dobrada violência?

Como tentamos curar males do ego pelo próprio ego? E como mudar, sair da dimensão do ego para dimensão da consciência e experiência?  Como sair do continuismo e fazer tudo diferente?  Como fazer a verdadeira iniciação?

A felicidade está em novos inícios,  em experimentar algo totalmente inédito.  Em outras palavras, a felicidade está em sair da zona de conforto.  Aparentemente, nossa zona de conforto nos traz felicidade.  Não queremos sair dela. E então não encontramos o novo que nos traz felicidade verdadeira.

Jesus já ensinou que não se põe remendo novo em roupa velha. Ele explicou que é necessário ser nova criatura,  tudo se faz novo. Todas aqueles hábitos de agradar o ego devem ser deixados para trás.  A nova criatura deixa de vez o ego horizontal e ilusório  e foca no Eu vertical e verdadeiro.  Um Eu despojado de ego.

Curar  males do ego é abandonar o que agrada o ego. Quanto mais queremos afirmar nosso ego, tanto mais estamos doentes do ego. Quanto mais nos despojarmos do ego, mais curados estaremos.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Qual a essência da felicidade?

"Qual a razão última por que muitos homens não são felizes,  quando o poderiam ser?  Passam a vida inteira, 20, 50, 80 anos marcando passo no horizontal do seu ego externo e ilusório - nunca mergulharam nas profundezas verticais do seu Eu interno e verdadeiro.  E, quando sua infelicidade se torna insuportável,  procura atordoar, esquecer,  narcotizar temporariamente,  esse senso e infelicidade,  por meio de diversos expedientes da própria linha horizontal,  onde a infelicidade nasceu.  Não compreendem  seu erro de lógica e matemática: que horizontal não cura horizontal  - assim como as águas de um lago não movem uma turbina colocada ao mesmo nível.  Somente o vertical pode mover o horizontal - assim como somente as águas duma cachoeira podem mover uma turbina." A essência da felicidade.  Martin  Claret

Gosto muito dos livros de bolso de Martin Claret.  Ele cita trechos de vários autores diferentes acerca de um tema. O tema desse livreto é felicidade. Onde encontra-la?  Por que existem tantas pessoas infelizes?  Por que existem tantas pessoas vivendo de aparências achando que encontra felicidade nas aparências?

O primeiro ponto tratado é  o ego externo e ilusório. Ele não traz felicidade.  O contraponto disso é mergulhar no seu Eu. É conhecer-se melhor. Na confusão diária,  muitas  vezes esquecemos quem somos e nos moldamos a quem querem que sejamos. E somos infelizes com esse molde que agrada o ego externo e horizontal. Quantas coisas fazemos só por que é esperado de nós?  Quantos tem a coragem de viver autenticamente e ser feliz por ter escolhido o que quis, saindo dos moldes que os outros impõem? Poucos. E talvez viver seu Eu custe caro. Por isso muitos deixam de ser autênticos para viver uma ilusão.

O segundo ponto  importante é a busca da felicidade em algo que nos faça esquecer da infelicidade. Por que achamos que vícios nos farão felizes?  Talvez não se recorra a drogas lícitas ou ilícitas, mas há outros vícios que aparentemente nos dão a sensação  de felicidade, como comida, roupas, compras em geral, etc. Quando estivermos recorrendo a esses expedientes temos que nos perguntar do que estamos fugindo e se esconder-se nesses vícios realmente traz a felicidade.  E a resposta é que dificilmente qualquer expediente horizontal como esses trará.

O autor desse trecho conclui que  apenas o vertical cura o horizontal,  cura o ego externo e ilusório. Vertical é procurar respostas dentro de si, é conhecer-se melhor. É fazer as perguntas que levam a respostas que muitas vezes não queremos ouvir, mas que são extremamente necessárias para nossa felicidade.

Vertical é encontrar algo além de nosso ego exterior e ilusório.  Em quantas coisas ilusórias, que são aparências, temos nos agarrado?  Se nossa vida tem muito de horizontal,  nossa felicidade  está no vertical.  Por que não refletir sobre nós mesmos e nessas necessidades horizontais?  Como nos libertar dessas necessidades? O dia que descobrirmos, talvez estaremos bem perto da felicidade pura, não ilusória.

Jesus falava do Rio de águas vivas, transbordante.  Ele não ligava para externalidades,  importava o que estava fluindo dentro das pessoas  e o convite era buscar o interno em contraponto com o externo. O interno é tão forte, segundo o Mestre, que  existe um rio dentro de cada um. Ele falava em estar tão saciado que nunca mais teremos sede.



terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Devemos usar a assertividade indiscriminadamente?

"Seja compreensivo  e escolha não ser assertivo quando perceber que o outro está numa situação difícil e adversa.  Pode acontecer de alguém ultrapassar seus direitos e pedir desculpas em seguida.  Se você perceber sinceridade,  é o suficiente,  não havendo necessidade de asserções.  Às vezes, dada a insistência do outro na tentativa de prejudicá-lo,  você terá que enfrentá-lo,  pondo as cartas na mesa,  com extrema firmeza porém sem violência e agressão.  Assim,  você resolverá o problema definitivamente.  E se você estiver errado? Lembre-se do seu direito de pedir desculpas.  O exercício indiscriminado da assertividade pode se transformar num processo exibicionista e até agressivo,  quando não se considera a outra parte da relação." Seja assertivo! Vera Martins

O equilíbrio é sempre bem vindo.  Geralmente precisamos fazer um esforço a mais para percebermos que estamos pendendo muito para um lado. Então,  devemos escolher quando usar a assertividade.  Pessoas que estão passando por momentos difíceis podem ser poupadas.  Nesses casos, podemos dar mais abertura,  ser mais flexíveis.

A própria pessoa muitas vezes percebe que ultrapassou e pede desculpas.  Então não há necessidade de assertividade, pois a pessoa percebeu a tempo.  Para que insistência?

Outras vezes, porém, a tentativa de prejudicar não cessa.  Se você se deparar com alguém obstinado em te prejudicar, então pode fazer a escolha de ser firme. Isso não justifica violência nem agressão.  Firmeza. Encontre também esse equilíbrio para resolver o problema,  não é uma questão de ganhar ou perder, ou de teima.  Resolver problema é a finalidade, então muitas vezes escolher como ser assertivo é fundamental,  pois outras vezes aumentamos os problemas com a firmeza. Isso depende de muita análise e é sempre um risco,  pois a reação do outro muitas vezes é imprevisível.

E sempre devemos ter em mente que podemos estar errados. Queremos estar certos e teimamos em nos provar.  Mas o essencial para resolver problemas não é estar certo. Em casos de julgamentos precipitados,  temos o direito de pedir desculpas.

Portanto,  não sejamos assertivos como um instrumento de exibicionismo.  O objetivo tem que ser outro. Exibicionismo é algo condenado por Jesus.  Ele criticava os fariseus por quererem os primeiros assentos,  por quererem demonstrar piedade. Por orarem nas ruas e sinagogas. Por mostrarem o quanto doaram.    Jesus ensinou outra doutrina. A dele era a discrição.  E ele também condenou os julgamentos precipitados.  Eu sei que é humano. Sei que uma vez ou outra seremos exibicionistas e também julgaremos precipitadamente,  mas o ensinamento é voltar ao centro. Arrepender-se e começar outra vez  com mais discernimento.

Portanto,  se pensou em ser muito assertivo,  busque o equilíbrio.  Não é necessário o excesso de assertividade para se fazer ouvir, muito menos para evitar o assédio.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Que reações causam as asserções?

"Suas asserções,  portanto, podem despertar reações do tipo: zanga, hostilidade, magoa,  chantagem emocional,  choro,  lamento,  manipulação dos seus sentimentos,  doenças  (dor de cabeça,  estômago,  desmaios), pedido de desculpas com grau de humildade excessiva e vinganças camufladas.  Se você se impressionar com  essas reações e voltar atrás,  suas asserções perderão completamente a credibilidade.  Além disso, você reforçará a reação negativa do outro.  Na próxima vez, suas asserções serão recebidas com agressividade mais intensa.  Mas você pode concluir que, em uma determinada situação,  é melhor escolher a não asserção.  A ESCOLHA é a palavra chave do processo assertivo.  Quando a outra pessoa é muito sensível,  você deve pesar as palavras e a forma como devem ser usadas."

Seja assertivo! Vera Martins

Ser assertivo pode causar reações indesejadas dependendo do interlocutor.  Se a pessoa é sincera e se expressa diretamente não há muito problema. No entanto, podemos lidar com os passivo-agressivos.  Mas o que fazer com quem disfarça, mas mesmo assim quer se vingar?  Com quem usa de chantagem emocional? Quem finge doenças para despertar a pena?

Muitas vezes as forças são maiores do que nós.  E é uma escolha não ser assertivo.  Por vezes a escolha é a não asserção.  Já conheci pessoas que não valiam a pena a asserção.  A reação é de tal forma desproporcional que não vale o esforço,  é melhor largar e deixar para lá.  Tudo depende das prioridades de cada um e do quanto está disposto a pagar. Às vezes o preço é alto.  É realmente uma questão de cada um  sentar e fazer as contas.

Se valer o esforço e o preço a pagar,  não podemos nos impressionar com as reações. Tem pessoas extremamente dramáticas,  que choram desesperadamente por nada,  que são tremendamente desproporcionais. Assim, voltar atrás significa reforçar a atitude.  É preciso firmeza apesar do show.  Sem firmeza, o drama será cada vez maior e o espetáculo mais elaborado.

Por outro lado   podemos escolher não ser assertivos no momento apenas porque a pessoa é sensível.  Não tem nada de manipulativa.  Nesses casos podemos escolher o momento certo,  podemos escolher a melhor forma de transmitir a informação.

Devemos lembrar que Jesus usava discursos diferentes para cada interlocutor.  Com uns era extremamente firme, chegando a chama-los de hipócritas, como no caso dos fariseus.  Com outros, como os discípulos,  exigia mais fe e entendimento.  Com a população em geral elogiava os que tinham fé.  Eles se salvavam e curavam pela fé.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Repetir ajuda a criar novos paradigmas?

A autora do livro sobre o qual estamos refletindo  ensina a não desistir de praticar a comunicação assertiva e resistir às manipulações emocionais. Ah,  as manipulações emocionais! São mais fortes do que imaginamos, podem nos dominar completamente.  Até pessoas que entendem o mecanismo da manipulação emocional cai nessa teia de aranha. Ela é grudenta e pegajosa e nos enreda completamente.  Imagina quem nem imagina o que é manipulação e como ela se processa!!!

Minha experiência pessoal é que de fato repetir ajuda a mudar paradigmas.  Apenas comecei como um teste. E não poucas vezes peguei-me agindo da maneira como havia afirmado.  E foram vezes em que realmente eu necessitava.  Fiquei encantada ao perceber que meu subconsciente absorveu aquela informação e agi daquela forma que eu havia programado.

Houve vezes em que  não consegui agir como havia afirmado. Portanto,  ajuda, mas nós seres humanos, somos muito mais emocionais do que imaginamos e de fato caímos na manipulação emocional. Independente do quanto até sabemos sobre técnicas manipulativas.

"Escolha três aspectos que você deseja mudar em si mesmo.  Escreva novas afirmações que neutralizarão os comportamentos.  As afirmações devem ser simples e positivas.  Nesta proposta de mudança,  você deve dar a si permissão para fazer as coisas,  assumir compromissos e fazer afirmações a seu respeito.  É importante que seu subconsciente acredite nessas afirmações." Seja assertivo! Vera Martins

Vera pede para repetir várias vezes as afirmações até serem incorporadas pelo subconsciente e tornar-se um hábito, isto é,  um comportamento automático.  Ela pede para usar as afirmações de preferência antes de dormir e afirma que gradativamente  teremos novos pensamentos e sentimentos que nos direcionarao para novos comportamentos.

Então pode ser que as vezes em que não funcionou comigo foi apenas porque ainda não tinha se tornado um hábito para mim. Cada um tem um tempo para incorporar novos pensamentos e mudar.

Como disse, mudança é algo que Jesus pede. Ele explica que o homem tem que nascer de novo. E isso significa mudar paradigmas.  Não fazer mais o que fazíamos antes. E como era hábito o que fazíamos antes, teremos que fazer certo esforço para adquirir os hábitos de Cristo e a mente de Cristo.  E será que a Bíblia aprova repetição?

Quando Moisés passou toda a lei ao povo em Deuteronomio 6:6-10, ele pediu que as pessoas as decorassem e as repetissem constantemente,  inclusive ao levantar-se e ao deitar-se,  quando estamos mais aptos a absorver a informação: "Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração.  Tu as inculcaras a teus filhos,  e delas falarás assentado em tua casa,  andando pelo caminho,  deitando-te e levantando-te.  Também as ataras na tua mão por sinal,  e te serão por faixa entre os teus olhos.  E as escreveras nos umbrais da casa, e nas portas."

O povo de Israel estava com um paradigma egípcio e Deus gostaria de novos paradigmas,  novas maneiras de pensar. Portanto incumbiu Moisés da missão de dar a Lei.  E Moisés ensinou como o povo faria para adquirir  esses paradigmas,  bem como mantê-los depois.


terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Você pratica os direitos do assertivo?

A autora segue com o exercício da constelação mencionado no texto de ontem .  Você pratica o direito do assertivo com cada uma dessas pessoas?

Relembrando os direitos:
1. Tomar as próprias decisões
2. Não justificar seu comportamento
3. Mudar de opinião
4. Cometer enganos e ser responsável por eles
5. Dizer "Não sei"
6. Não ser responsável pela solução do problema do outro
7. Ser independente da boa vontade dos outros
8. Dizer "Não compreendo"
9. Dizer "Não me importo"
10. Reconhecer e aceitar os direitos dos outros.

Claro que  existe um limite, no caso de hierarquia devemos justificar comportamento,  tomar decisões compartilhadas ou mesmo obedecer às decisões. Enfim,  cada um deve olhar bem sua constelação e tomar suas decisões de acordo com o que está ali.

Depois da análise, Vera Martins sugere perguntar: 1. Qual é o meu desconforto?  2. Com quem? 3. O que pretendo fazer?

Outro passo é escolher uma situação determinada,  na qual não tem sido assertivo.  Então considere respostas alternativas: qual comportamento seria assertivo,  agressivo ou passivo nessa situação?  Para toda situação temos várias escolhas.  Por vezes fazemos escolhas não muito felizes, mas está ok,  somos todos seres humanos aprendendo.  O que importa é a vontade de acertar e a humildade de reconhecer que o comportamento poderia ser mais acertado, mais assertivo ao invés de agressivo ou passivo.

A autora também pede para modelar alguém,  observar alguém que saiba lidar com a situação.  Quando queremos ser assertivos,  o ideal é encontrar uma pessoa assertiva que seja nosso modelo. Eu sempre menciono Jesus porque ele foi o grande Mestre.  Imitá-lo é um mandamento e também é um bom desafio.  O que faria Jesus em cada situação?

Nós, como seres humanos, nem sempre conseguimos agir como ele agiu,  mas o importante é ter o modelo. Ele é o nosso centro. Então cada vez que agimos diferente,  sabemos que está ok, mas temos que retornar ao nosso centro.

Jesus praticou bastante os direitos do assertivo. Se prestarmos atenção,  ele tinha seus círculos de importância,  proximidade,  hierarquia... E agia com cada interlocutor de uma maneira específica.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Como percebemos e sentimos nossas relações?

"Nosso auto-conhecimento é muitas vezes revelado pelo modo como nos comparamos com outra pessoa significante em nossa vida.  Quais pessoas na sua vida são mais importantes para você? Qual é a menos importante? (...) a preocupação é como você vê os seus relacionamentos.  Não há respostas certas ou erradas;  você está simplesmente descrevendo como percebe-se e sente-se a respeito de suas relações."

Seja assertivo! Vera Martins

A autora propõe um exercício adaptado do livro "Asserting  your-self". Esse exercício visa clarificar as posições das pessoas em nossa vida. Na verdade,  as posições são bem relativas,  pois tudo depende de como enxergamos essas relações.

O exercício propõe mapear os relacionamentos.  Escolhemos pessoas importantes em nossa vida e as representamos com círculos. Um círculo grande representa uma pessoa que julgamos mais importante que nós.  Um círculo pequeno, significa que julgamos a pessoa menos importante que nós.  Um círculo do mesmo tamanho que o círculo que nos representa  significa que julgamos a pessoa de igual importância.

Ao fazer o exercício, posicionamos os círculos acima se julgamos a pessoa com posição dominante. Abaixo de nós se julgamos a posição subordinada.  No mesmo plano se julgamos a pessoa numa posição igual à nossa.

 Colocamos os círculos longe do círculo que nos representa se julgamos a pessoa distante.  Colocamos perto de nós se julgamos a pessoa amigável.  Colocamos sobreposto a nós se julgamos o relacionamento cordial e íntimo.

Depois, colocamos o símbolo P se reagimos positivamente em relação à pessoa.  AG  dentro dos círculos que representam as pessoas com as quais agimos agressivamente.  Colocamos A para as pessoas com quem agimos assertivamente.  E colocamos PA para os círculos que representam as pessoas que reagimos ora passivamente,  ora agressivamente.  Podemos fazer outras combinações.

Depois podemos pensar em comportamentos assertivos que nos ajudariam a manter um sentimento de equilíbrio com as pessoas.  Podemos também imaginar a constelação perfeita e desenha-la. Podemos modificar os círculos em tamanho, posição e distância.

Com a constelação perfeita, podemos pensar em atitudes a tomar. Podemos modificar as relações ou, pelo menos, como percebemos e sentimos essas relações.

Acredito ajudar bastante em casos de assédio moral,  porque os assediados geralmente são tratados assim porque enxergam suas relações de uma posição inferior. De certa maneira,  o assediado é responsável pela maneira como é tratado na medida em que permite ser tratado assim. Ele pode, dentro do razoável,  mudar essas posições,  tamanhos, distâncias.

Claro que é um longo trabalho pela frente,  mas a percepção tem que começar a mudar para que menos pessoas sejam assediadas.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Quais os passos para ser assertivo?

"Tire do seu pensamento o mito de que você é responsável pelo sentimento e comportamento do outro, assim como o outro é culpado pelos seus problemas.  Deixe para trás essa linguagem: Eu não posso falar, pois vou magoa-la./ Eu não atinjo as metas pois o mercado está ruim./ Eu não entreguei no prazo porque dependia das suas informações./Eu não tenho tempo para estudar porque fico no trabalho até tarde./Eu não consigo implantar os projetos porque fulano ou departamento não colaboram."  Seja assertivo! Vera Martins

A autora mostra que para ser assertivo devemos ter claro que o comportamento e o sentimento do outro é responsabilidade do outro, não nossa. Isso é extremamente importante,  pois muitas vezes deixamos de ser assertivos com a impressão de que vamos magoar o outro. Bobagem.  É o outro que se magoa, nós não temos o poder de magoar alguém se essa pessoa não se permitir ser magoada.

Na via de duas mãos,  o mesmo se aplica a nós mesmos.  Ninguém tem o poder de nos magoar. Nós é que damos esse poder ao outro. E sei que é um conceito difícil de aceitar e de praticar.  Eu também tenho muito pela frente nesse sentido.

Assim, é uma crença limitante achar que não devemos falar porque alguém ficará magoado. Melhor uma verdade que  ajudará ao final, do que  viver enganado.  Melhor nos posicionarmos claramente do que fingirmos.  Muitas pessoas são infelizes porque se acham na obrigação de fingir.  Então nunca encontram soluções.  Às vezes é muito simples. A outra pessoa contribuiria se ao menos soubesse que algo poderia ser melhorado. Claro que corremos o risco da pessoa ficar magoada, mas nesse caso não é nossa responsabilidade.

É uma crença limitante achar que não atingimos as metas de vendas porque o mercado está ruim.  Não podemos depender do mercado.  Temos que achar maneiras criativas de inovar.  Para muitos, o problema é uma oportunidade.  Quem encontra oportunidade na dificuldade é assertivo e não tem essa crença limitante.

Outra crença é depender do outro. Claro que devemos trabalhar em conjunto,  mas também temos que encontrar soluções.  Se o prazo não pode ser respeitado porque depende de outros, o que posso fazer para resolver isso?  Geralmente eu também vou atrás das informações.  Se a pessoa me entregar,  muito bom. Se não,  eu consegui as informações pelo meu esforço mesmo.

É limitante deixar de estudar porque trabalha até mais tarde. Sempre existe uma solução.  Que tal áudios enquanto dirige?  Ou então ler na condução?  Mesmo que seja 15 minutos  é melhor do que nada. Só não podemos nos limitar por causa de um aparente problema.  O mundo é daqueles que sabem contornar os obstáculos.  Sempre teremos problemas,  mas podemos remover montanhas se acreditarmos. Aquele que acredita, vai ouvir áudios no trânsito.  Vai acreditar que faz diferença.

Outra crença limitante é deixar seus projetos porque outros não colaboram.  Já contei aqui no blog sobre um projeto que fizeram de tudo para arquivar.  Eu tomei sobre mim a responsabilidade e pedi para fazer tudo. Sobrecarregou.  Mas era o projeto!!! E que projeto!  Foi algo divulgado em rede nacional quando terminado. Meu nome nem apareceu   mas não era isso,  não precisava aparecer.  Era no projeto que eu acreditava. Fui prejudicada por continuar, mesmo o resultado sendo tão impressionante,  mas me pergunta se faria de novo.  Claro, mesmo se na época pudesse prever o quanto me prejudicariam depois.

Ser feliz muitas vezes é fazer o que acredita.  Viver pelos seus sonhos e projetos, independentemente se outros não acreditem nele, independentemente se outros joguem água para apagar a chama. Mesmo que te prejudiquem depois. Fiquei feliz com o resultado. Fiquei feliz com o quanto contribui para a sociedade.  Defendi assertivamente o projeto.  E fui feliz, mesmo na tribulação que me sobreveio depois.

Muitas  vezes deixamos de nos posicionar por falta de assertividade. Deixamos de realizar nossos projetos e sonhos por causa da falta de assertividade. Acredite nos seus sonhos e deixe de acreditar nas crenças limitantes.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O que fazer com a reclamação justa em tom de crítica?

"Quando alguém faz uma afirmacão generalizada,  julgadora e exagerada,  adote a técnica da pergunta clarificadora,  de forma a focar o problema, dando-lhe a dimensão que merece." Seja assertivo! Vera Martins

Mesmo que a reclamação seja justa,  muitas vezes a forma de fazê-la pode nos assustar um pouco. Quando apresenta uma das características mencionadas no texto da autora, podemos sempre perguntar para esclarecer.  É uma técnica bem simples,  que evita mal entendidos e que ajuda a pessoa que reclamou a não generalizar,  a não julgar e a não exagerar.

Nem sempre dará certo.  Pessoas manipuladoras não gostarão de esclarecer, pois beneficiam-se de mal entendidos.  Pessoas comuns não terão problemas em esclarecer. Já mencionei no blog sobre uma pessoa que criou um problema fora das dimensões normais apenas por causa de uma pergunta clarificadora.  E comigo pessoalmente já ocorreu de eu receber uma reclamação justa em tom de crítica e fazer a pergunta clarificadora sem problema algum, isso porque tratava com uma pessoa assertiva.

Se a pessoa  for manipuladora e criar problema estaremos diante de um confronto inevitável.  "O pre requisito para um confronto sadio é identificar claramente o problema para não haver desvios de rota. Na identificação do problema,  é preciso especificar claramente qual é o comportamento inaceitável.  Assim,  você evita a generalização,  ou seja, fulano é inaceitável.  A generalização traz embutido o julgamento de aprovação ou desaprovação baseado a um rótulo aplicado àquela pessoa."

Nesse trecho, a autora pede para que o confronto seja sadio. Já que é inevitável,  que ao menos seja sadio. Dessa forma, ainda é necessário clareza. Aprendemos que não é pessoal,  não se trata de pessoa inaceitável,  mas de um comportamento. Então podemos isolar o comportamento e focar apenas no comportamento inaceitável ou no comportamento esperado. Quando focamos apenas o comportamento,  evitamos rótulos e preconceitos.

Nesse caso  é necessária a escuta ativa. A autora explica que  é entender exatamente o que a pessoa está falando.  A escuta ativa desmantela as defesas e abre a comunicação.

Escutar ativamente também é um treino. Em geral, falhamos em escutar porque queremos ouvir  o que confirma nossos paradigmas.  Queremos ouvir aquilo que nos agrada, não aquilo que nos surpreende. Não queremos ouvir de maneira alguma aquilo que nos contraria.  Eu sei. Também estou treinando a escuta ativa. Também falho. Também quero ouvir o que confirma o que penso. Também tenho minhas defesas e não consigo abrir a comunicação como deveria.

E muitos confrontos ocorrem apenas por essa dificuldade.  Muitos conflitos não existiriam se soubéssemos escutar ativamente.

Então que tal escutar ativamente?  Isso pode nos abrir um mundo de novas ideias,  novas experiências,  novos conceitos e paradigmas.

Quem está em Cristo nova criatura é, tudo se fez novo. Jesus nos convida a mudar, a deixar as coisas velhas. Então ele também aprova mudanças, aprova deixarmos de ser o que éramos a cada dia. É bom mudar.  Se nos apegarmos ao velho, estaremos cheios de defesas. E essas defesas nos fazem mal.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Como graduar o poder de afirmação?

A autora segue com técnicas assertivas e ensina a graduar o poder de afirmacão. Se  você iniciar o pedido com uma pergunta e não obter resultados,  repita a afirmação, usando a técnica do disco quebrado. Insista repetindo a afirmação e usando "por favor".  Caso ainda não consiga resposta,  acrescente emoção na sua fala e expresse os sentimentos,  usando a técnica do "eu-afirmação".  A emoção pode ser expressa como no exemplo de Vera Martins: "Eu já estou me irritando.  Dê -me uma resposta objetiva sobre minha proposta". Se assim mesmo não obtiver sucesso,  acrescente as consequências do fato se o outro não te levar a sério.

Eu usei essa técnica com a Polishop.  Comecei a reclamar bem polidamente,  como se apenas estivesse fazendo uma pergunta.  Ao não obter resposta objetiva, passei a usar de mais assertividade. Não obtendo resposta, passei a expressar meus sentimentos e a irritar-me.  Depois  acrescentei as consequências.  Mesmo assim não obtive resposta. É importante estar disposto a fazer o que disse, não apenas falar. E fui até o PROCON, mesmo que isso representou  perder algum tempo. Chegou um momento em que era questão cidadã.  Exercemos nossa cidadania ao exercer nossos direitos. Por isso, pode ser que  ao afirmar-se até seja preciso perder tempo e até dinheiro, mas vale a pena por uma questão de auto afirmação.  Faça,  vá até as últimas consequências se necessário e se julgar que vale. Eu costumo terminar o que comecei,  mesmo com perdas. Chega a ser uma questão de honra.

Outra técnica assertiva é ignorar seletivamente.  "Por meio dessa técnica,  a pessoa procura extinguir certas respostas do outro,  não as reforçando". Um exemplo disso é daquele pentelho que insiste em obter um segredo de outra pessoa.  Quando esse tipo de pentelho vem até mim, simplesmente ignoro os avanços sobre questões que não lhe dizem respeito. Quando a pessoa fala sobre algo válido,  então respondo. Então seleciono no meio desses torpedos  o que pode ou não ser tratado. E isso é uma  verdadeira batalha, pois o outro vem com técnicas manipulativas para conseguir a informação.

Mais uma técnica é separar as mensagens.  "Às vezes, durante uma conversa, seu interlocutor emite várias mensagens simultâneas,  misturando-se às intenções da comunicação.  Normalmente trazem um sentido de chantagem emocional,  na tentativa de fazer você se sentir culpado.  Você pode se sentir confuso, ansioso ou culpado,  a menos que distinga essas mensagens ou assuntos e os resolva separadamente". Esse trecho da autora resume bem o que  aconteceu no estudo de caso que eu apresentei tempos atrás aqui no blog. A pessoa visava confundir com essa técnica manipulativa de enviar várias mensagens ao mesmo tempo para confundir.

Foi o que aconteceu com a invasão de espaço no meu caso também. A questão estava cercada de vários elementos.  De fato confundia,  pois não era possível saber com o que se vinculava.  A certeza é que partiu de alguém manipulativo que tinha a intenção de confundir com várias mensagens intercaladas,  tornando difícil a separação. Por isso, o caso continua intrincado.  Mas deixa estar. Resolve-se.







terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Existem técnicas para ajudar a ser assertivo?

 Temos visto que ser assertivo é um treino, portanto quem quer ser assertivo precisa praticar. Eu sou péssima em técnicas comunicativas,  muitas pessoas têm facilidade e é um dom. Elas nem precisam se esforçar,  mas também podem treinar e melhorar  mais ainda. Acredito que muitos atletas já nasceram com um dom, mas o treino e o aperfeiçoamento os levaram a grandes resultados. Muitos não nascem com o dom de ser um atleta, mas se treinarem podem ao menos se sair relativamente  bem em esportes.

Isso significa que sempre podemos melhorar, independente de onde estamos. Dar um passo por vez não é difícil. E sempre avança quem se dispõe a caminhar.

Às vezes certas pessoas vão ser inconvenientes e direcionar a conversa para algo que não é bacana, como por exemplo uma intriga.  Como diferenciar uma intriga de uma informação importante?  Depende da prioridade,  se a informação visa proteger algo importante e prioritária não é intriga.  O que é potencialmente lesado? Por isso que temos que ter prioridades,  para saber o que é importante e deixar o irrelevante. E isso passa longe de questões pessoais. Não podemos ficar com essa de amiguinho,  pois nunca sabemos a real intenção.

Eu vejo muitas pessoas enganadas por discursos falsos  e esquecem o que realmente está em jogo, o que é prioritário. É impressionante como essas pessoas se enganam só porque alguém lhes deu atenção, são extremamente carentes. Ou porque lhes deram um prato de comida, são extremamente compráveis.

 A Bíblia já alertou sobre as pessoas que se vendem. Jaco comprou a progenitura com um prato de lentilhas. Será que hoje em dia acontece isso? Com certeza absoluta.  Dê uma refeição para alguém e veja como isso o compra.  Isso não é tecnica assertiva, é técnica manipulativa.

Outro exemplo é quando Maria despejou aos pés de Jesus perfume, um nardo muito caro. Judas Iscariotes a repreendeu dizendo que era desperdício,  que deveria vender e dar aos pobres.  Discurso lindo,  engana os inocentes, mas a verdade é que ele era o tesoureiro e pegava para ele o que se lançava à bolsa.  Jesus que sabia do discurso falso replicou que sempre eles teriam os pobres, mas ele não estaria com eles para sempre, aprovando o ato de Maria.  Os incautos nem desconfiaram da segunda intenção de Judas, cujo discurso era manipulativo.

Os fariseus chamavam a atenção de Jesus por curar no Sábado,  por não seguir as tradições,  por se intitular filho de Deus.  Parecia um bom discurso. No entanto Jesus os chamava de hipócritas pois sabia que o discurso parecia ter todo o sentido mas era manipulativo.  Os fariseus não queriam é perder o poder.  Por isso o conluio para matar Jesus. E nisso resolveram até matar Lázaro,  porque  muitos judeus passaram a crer em Jesus após a ressurreição de Lázaro.

Portanto, mostrar um discurso manipulativo não é intriga,  é defender um valor maior. Proteger aquilo que o manipulador quer conseguir com sua astúcia.  Jesus não fazia intrigas quando falava dos fariseus.

 Constatado que é irrelevante, mude o rumo da conversa.  Vera Martins orienta a dar uma informação sobre si que mude o rumo da conversa ou dizer diretamente o que quer e direcionar o assunto para outro rumo.

Outras vezes precisamos terminar uma conversa. A autora indica ressaltar que a conversa está boa, mas será necessária uma interrupção, que podem falar mais tarde.  Fornece outras soluções como diminuir a abertura, parar de falar sobre si mesmo, diminuir o número de perguntas, diminuir o contato visual e a distância fisica.

Nós que temos foco em gerenciamento de tempo, evitamos interrupções.  Quem acompanha o Christian Barbosa ou mesmo leu Tim Ferriss sabe do que estou falando. Então podemos evitar interrupções sugerindo falar mais tarde. A autora prevê que há urgências e algumas interrupções são inevitáveis. Então nesse caso,  sugere que dê, por exemplo, 15 minutos. Passados os 15 minutos,  deixe claro que o tempo acabou e forneça mais 15 minutos em outro momento.

Eu testei evitar interrupções e é impressionante como ganhamos foco e produtividade.  Mas nem sempre somos compreendidos por usarmos nosso tempo com assertividade.

Se o objetivo assertivo é manter uma posição,  uma das técnicas é o disco quebrado. Usei essa quando a Polishop deixou de entregar uma compra que fiz.  Percebi que eles usavam a mesma técnica.  Era uma questão de teima, quem desistiria primeiro.  Quando percebi que não era possível somente sendo chata, recorri ao PROCON  e a questão foi resolvida.

Portanto,  muitas vezes  conhecer as técnicas não significa que vamos saber usa-las sempre. Mesmo assim é importante reconhece-las quando outros a utilizam com você.  Você dirá a si mesmo: Essa pessoa está apenas sendo assertiva e está ok, pois tem outras prioridades. Ou dirá: Estou sendo inconveniente e este assunto não é de interesse dessa pessoa. Ou dirá: Estão usando a técnica do disco quebrado.  Vale a pena insistir ou redirecionar a ação?

O assertivo não somente se posiciona, como respeita a posição do outro. É uma via de duas mãos.  E não podemos nos deixar levar por técnicas manipulativas,  por isso também as ressaltei no blog.  Muitos são enganados  por estarem no piloto automático e não saberem o que é prioritário.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Devemos impor poder de controle?

Quando o receptor ouve a mensagem como uma imposição de vontade,  um desejo do emissor em mudar seu comportamento,  o sentimento de resistência é acionado e o ouvinte reage contra a forma e não, obrigatoriamente, contra o conteúdo da mensagem.  Na verdade,  o ouvinte se sente desrespeitado porque a fala do emissor não pede seu consentimento para ser convencido." Seja assertivo!

Algumas pessoas realmente podem impor poder de controle.  É o caso das hierarquias,  mas nem sempre é a melhor saída,  pois a maioria das pessoas prefere ser convencida. Mesmo tendo esse poder,  as pessoas que convencem são as bem mais aceitas.

E mesmo em hierarquias, há um limite para o que pode ou não ser exigido. Há  questões que não devem ser tratadas  pois invade o espaço alheio. Tudo exige bom senso.

Nos demais casos, devemos evitar impor. As pessoas tendem a resistir toda as vezes em que são obrigadas a algo. Mudar comportamento é extremamente difícil,  pois a pessoa adquiriu certos hábitos.

E também deve ser considerada a forma. Nem sempre a mensagem é o problema,  mas a forma como se passa essa mensagem.

Jesus ensinou a deixar as pessoas livres para decidir.  Quando enviou os discípulos a pregar que o reino de Deus estava próximo,  pediu para que fugissem das cidades em que fossem perseguidos, não ensinou a insistir naquela cidade, nem a impor poder. E  olha que esses discipulos tinham poder.  Poder de curar enfermos, limpar leprosos, expulsar demônios.  O poder era para auxiliar as pessoas, não para as subjugar.  E elas poderiam escolher não serem ensinadas.

Em outra ocasião, ensinava que era o pão da vida, que dá a vida eterna ao homem e fazia a contraposição entre a carne e o espírito.  Alguns discípulos acharam a palavra muito dura para receber. E ele também  os liberou.  Não insistiu que esses discipulos deveriam ser espirituais, apenas ressaltou que o espírito vivifica e a carne para nada serve. E os liberou. Havia muito mais do que 12 discipulos.

Ainda em outra ocasião,  tendo os fariseus discutido com Jesus porque seus discípulos não seguiam a tradição,  Jesus ressaltou que eles não seguiam um mandamento importante. Os discípulos o avisaram que os fariseus se escandilizaram do que ele disse e a resposta foi apenas que deveriam deixá-los.  De modo algum Jesus impos poder sobre os fariseus.

Apenas quem quisesse vinha após Jesus e havia uma multidão que o seguia voluntariamente.  Hoje continua da mesma forma.  A palavra as vezes é dura de receber devido à nossa carne. Por vezes alguns se escandalizam. Mas a escolha é sempre da pessoa. Ninguém é obrigado e  nada é imposto.

Quando há imposição as pessoas que apenas cumprem deveres, como idas à igreja sem que realmente os corações estejam em servir a Deus.  O mesmo ocorre nos outros casos de imposição,  as pessoas até fazem, mas os corações não estão naquilo. E por isso muitas pessoas são infelizes.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Como chegar ao equilíbrio entre afirmação e argumentação?

"Quando você usa exageradamente a afirmação e a argumentação, sua postura se torna agressiva aos olhos do interlocutor,  dando-lhe a impressão de desrespeito e invasão do território. Nesse caso, automaticamente,  faltarão empatia e envolvimento em sua comunicação.  Assim, você estará estimulando o outro a sentir raiva,  frustração e distanciamento.  É o convite para o conflito.

Quando você usa exageradamente a empatia,  sua postura se torna submissa aos desejos do outro.  Seu interlocutor pode abusar do espaço que foi cedido e perder o respeito por você.  Nesse caso, automaticamente, faltarão afirmação e argumentação à sua comunicação.

Seja assertivo!  Vera Martins

Continuando com a questão da invasão,  a pessoa teve uma postura agressiva que me fez sentir raiva.  De fato fiquei muito brava. Eu pareço ser passiva,  submissa,  por isso alguns abusam. Mas dependendo do que fazem,  eu realmente surpreendo  por extrema firmeza.  E até chatice, eu sei.

Senti frustração.  Como pode ninguém dar conta disso?  Ninguém se revelar?  Com que espécie de covarde estou lidando?  Gosto de pessoas corajosas, que encaram de frente, que dizem o que pensam. Fico frustrada com covardes que não passam o recado direito. Houve uma falha de comunicação muito grande,  pois tenho certeza que a pessoa não atingiu o objetivo.  Só teria atingido se quiser me chatear,  mas será que isso resume a mero bullying?

Como resolvi  largar mão,  sei que vou apenas me distanciar de quem eu desconfio que esteja por trás disso. Mesmo que um de má fé usou pessoas de boa fé, até que ponto preciso estar próxima a pessoas que são facilmente induzidas,  manipuladas e enganadas para agir nas sombras?  Não importa qual a desculpa usada, qual a desculpa para um ato mau?  Qual  desculpa para agir nas sombras?  Isso é coisa de gente errada. Os corretos podem sair à luz e podem andar à luz, pois não se envergonham de seus atos, pois podem dizer abertamente o que fizeram.

E isso não significa falta de perdão.  Mas não precisamos usar uma empatia exagerada que estimule o desrespeito repetidas vezes. Bastam algumas vezes para descobrirmos que não mudamos o outro, nem podemos controla-lo,  mas também não precisamos faltar com o respeito conosco mesmos. É uma questão de auto estima e respeito não se deixar abusar.

Esta é a grande prova do ser humano:  Poder fazer tudo como se sempre alguém estivesse olhando seus atos. De qualquer forma Deus é onisciente e sempre está olhando o que fazemos.  Por isso no juízo final, o livro será aberto e tudo que todos fizeram escondido será revelado. Melhor passar vergonha na terra e consertar aqui,  do que viver a eternidade nas trevas. Jesus ensinou que devemos entrar pela porta estreita. Muitos baterão naquele dia e a resposta será que Deus não saberá de onde são aquelas pessoas que vão argumentar que comeram e beberam diante de Deus e o viu ensinando nas suas ruas e Jesus simplesmente não as reconhecerão.  As pessoas levam muito na brincadeira , achando que a porta é larga e podem fazer o que querem,  desde que não sejam vistos pelos outros. Desde que possam fazer às escondidas.

Infelizmente quem invadiu meu espaço me convidou ao conflito.  Não penso de maneira alguma em brigar com alguém,  mas também não aprovo atos desse tipo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Como conciliar direitos e deveres?

"Os princípios éticos sugerem que as pessoas busquem benefícios mútuos sempre que possível e que,  quando seus interesses entrarem em conflito,  insistam em que os resultados se baseiem em padrões justos,  independentemente da vontade dos dois lados.  Assim,  podemos obter o que temos direito,  sem ferir os princípios éticos do respeito mútuo.  Um comunicador eficaz  que permeia sua comunicação com princípios éticos normalmente se relaciona com as pessoas baseando-se numa linguagem que transmite: abertura,  inclusão,  honestidade,  escolha e responsabilidade."  Seja assertivo!  Vera Martins

Faltou princípio ético ao que violou meu espaço.  Quando compreendemos o motivo, podemos até aceitar certa violação,  mas quando não fazemos a mínima idéia do motivo da pessoa,  podemos imaginar tudo. Quando a pessoa se esconde,  coisa boa não é. Então é aí que imaginamos o pior dos motivos possíveis.

Haveria princípio ético se a pessoa se revelasse e desse sua explicação. Por mais que eu discordasse dos motivos da pessoa,  saberia que é alguém de boa fé e que tinha um motivo plausível. MESMO QUE SEJA SEM NOÇÃO E IRRESPONSÁVEL.

Pessoa desrespeitosa. Com  certeza não gostaria de ser violada. Não peço que concorde com minhas idéias,  as pessoas são livres para pensarem o que quiserem, mas daí a violar o espaço alheio mostra o quanto há desrespeito. Infelizmente são pessoas assim que não gostam que violem seu espaço.  Se fosse com essa pessoa... ai faria um show!

Realmente não entendi o recado e a pessoa não se comunicou.  Até hoje me pergunto qual o motivo.  Como sei que essa pessoa conseguiu apenas confundir, talvez o motivo fosse realmente induzir a erro. Fazer com que eu tirasse conclusões a partir do que ocorreu. Quando violam seu espaço,  qual a reação esperada?  Você  tem medo,  raiva, quer saber o que aconteceu, quem foi, por que.  A pessoa parece ter agido de forma a me induzir a tirar conclusões.

Uma comunicação eficaz não se dá violando o espaço alheio.  A pessoa precisa agir abertamente,  com honestidade.  Ela deve incluir todos,  inclusive a própria pessoa  para quem esteja querendo dar um recado.  É ridículo provocar uma situação e depois sugerir uma solução  negando o que fez e até negando a própria violação. O ridículo é negar o acontecido e depois sugerir como se deve agir. Está enganando quem?   Assume, seja honesto,  ao invés de sugerir bobagens.

Além disso, a escolha de como dar o recado foi tão péssima que chegou à irresponsabilidade e ignorância. Foi muito irresponsável,  deixou a descoberto informações que não eram para  estarem dando sopa por aí.  Não pode ser de boa fé deixar esse tipo de informação aberta assim. Só há uma explicação se for de boa fé,  trata-se de pessoa muito ingênua e que precisa de treinamento sobre informações que podem ou não estar abertas. Se foi de boa fé é um sem noção.  Vai entender.

Claro que pedi apuração  sobre os dados que ficaram a descoberto. Muita falta de noção mesmo. Quero ver se será concedido ou ainda faltará noção.  Se faltará ainda RESPONSABILIDADE.  Depois disso, não duvido de mais nada.