segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Você se martiriza pelos erros?

"Nunca se deixa abater.  O crítico interno está sob controle.  O mestre nunca fica se martirizando dessa forma: "se ao menos eu tivesse dito isso", "como não percebi aquilo?" E outras suposições que os outros insistem em fazer após perderem uma venda. Ele registra mentalmente um erro ou dois, mas jamais se martiriza por causa dele."

Ah, o erro, a falha... Temos que refletir sempre sobre isso.  Não podemos deixar no piloto automático e nem entender errado a abordagem que devemos ter com ele.

Claro que ninguém vai errar de propósito.  Erros devem ser evitados ao máximo.  Para isso, devemos estudar, praticar, planejar e usar o máximo de recursos possível.  Então a primeira abordagem que precisamos é essa. Evitar errar, prestando atenção aos detalhes seguintes.

A segunda abordagem é ter riscos calculados.  Sem riscos, nada progride, nada acontece.  Tudo que temos porque merecemos teve uma dose de risco.  Basta olhar no passado.  Fizemos faculdade sem ter um emprego garantido. Começamos num emprego novo sem saber se de fato seria melhor do que o antigo. Enfim, cada um tem uma vivência e experiência para poder buscar na memória que todas suas conquistas tiveram uma dose de risco.

O problema é quando a pessoa chega numa zona de conforto.  Admitiu no passado mas atualmente não quer correr risco nenhum com medo do erro. Então acha que evita erro se não se arriscar. De fato evita, mas não realiza. Quem presta um concurso público tem o risco de não passar. E daí?  O vendedor tem o risco de não vender. Então,  a pessoa se protege não assumindo o risco. Não realiza, portanto merece estar com a vida parada. Dói, mas é verdadeiro. Merece por não querer correr riscos. Evitá-lo após um  risco calculado é progresso. Evitá-lo com medo do risco e nem começar nada novo é estagnação.

A terceira abordagem sobre o erro é que a pessoa calculou o risco. Tomou todos os cuidados, dedicou-se. Soube equilibrar e dimensionar bem, mas errou mesmo assim.  O que pensar? Não deveria ter começado nada novo?  Ou não se martirizar?  O mestre não se martiriza.

Qual a vantagem de se martirizar?  Vai voltar no tempo? Martirizar tem o poder de retornar no tempo? A pessoa se martiriza por causa do crítico interno. Não controla seus pensamentos,  deixa que os pensamentos a controlem.  Quem é maior, você ou seus pensamentos?  O mestre é maior do que o pensamento do crítico interno.

A quarta abordagem ao erro é registrá-lo mentalmente ou se quiser pode escrever para relembrar e refletir. Bem, ele ocorreu apesar de eu evitá-lo, ocorreu apesar de eu ter estudado bem a situação e calculado os riscos.  Ocorreu apesar de todo o esforço, dedicação.  Se eu não vou me martirizar,  vou fazer o que?  Vou pensar como evitá-lo da próxima vez.  Que abordagens poderiam ter sido feitas? Como vou usar as abordagens da situação daqui para a frente?  Como vou evitar esses erros daqui para a frente? Só uso o passado para analisar.  Depois, concentro-me no que posso fazer agora para não mais cometer erros.

Não recuo, não me lamento.  É bola pra frente. Ninguém muda o passado e o futuro vai depender do que eu fizer agora.

Se eu quero um futuro diferente, tenho que fazer agora algo diferente. Também não deixo de tomar riscos calculados por causa de um erro, pois eles ocorrem com os melhores mestres. Só a abordagem ao erro que é diferente com o mestre. Por que não aprender com o mestre?

Nenhum comentário:

Postar um comentário