segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O que você pensa do outro relaciona-se com o que você é

"Na comunicação interpessoal,  há uma redução e distorção das dimensões da reconstrução do outro mais intensa e complexa do que podemos imaginar.  Por isso,  muitos pais, professores,  executivos,  psicoterapeutas,  etc., por não questionarem e reorganizarem continuamente seus processos de subjetivação decorrentes de seus processos de interpretação,  pensam que estão dialogando com o outro e conhecendo-o,  quando, na realidade,  estão dialogando com eles mesmos,  conhecendo a eles mesmos.  Por isso,  o que falam ou pensam do outro se relaciona muito mais com o que são do que com o que o outro é."

A primeira lição do trecho de Cury: tendemos a distorcer o que o outro é. Portanto, temos que tomar muito cuidado com as conclusões que tiramos do outro. Por isso,  temos que nos questionar e duvidar de nossas próprias convicções.  Bem difícil. Tendemos a achar que estamos 100% certos. Talvez uma boa meta é não tirar conclusões a respeito de terceiros.

Segunda lição: nós dialogamos conosco mesmos e não com o outro. Tenho seguido muitos coaches,  principalmente os internacionais e todos falam do cuidado que temos que ter com os diálogos internos.  Marc and Angel,  Ema Bell, Leo Babauta,  Jack Canfield... dentre outros estão dizendo a mesma coisa. Portanto temos que analisar nosso diálogo interno. O que tenho dito para mim mesmo? Outra meta importante seria vigiar os diálogos internos, pois eles podem ser positivos ou nocivos.

Terceira lição: quando dialogo comigo mesmo, conheço a mim mesmo, não ao outro. Pensamos conhecer o outro?  E para que conhecer tão bem o outro se não conheço a mim mesmo? Se critico o outro, isso fala algo sobre mim  mesmo. Se elogio o outro, isso também fala sobre mim mesmo. Se repudio o outro,  algo sobre mim mesmo se esconde nesse repúdio.  Se exalto o outro,  mais um tanto se descobre a respeito de mim. Uau,  grande lição.  Outra meta boa seria prestar atenção nas lições escondidas acerca de nós a cada diálogo que travamos conosco a respeito do outro.

Então,  vale a pena relacionar-se melhor conosco mesmos. Assim, nossa relação interpessoal com o outro melhorá muito. Não praticaremos distorções e começaremos a assumir mais responsabilidade por nossos próprios atos.

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