"Na comunicação interpessoal, há uma redução e distorção das dimensões da reconstrução do outro mais intensa e complexa do que podemos imaginar. Por isso, muitos pais, professores, executivos, psicoterapeutas, etc., por não questionarem e reorganizarem continuamente seus processos de subjetivação decorrentes de seus processos de interpretação, pensam que estão dialogando com o outro e conhecendo-o, quando, na realidade, estão dialogando com eles mesmos, conhecendo a eles mesmos. Por isso, o que falam ou pensam do outro se relaciona muito mais com o que são do que com o que o outro é."
A primeira lição do trecho de Cury: tendemos a distorcer o que o outro é. Portanto, temos que tomar muito cuidado com as conclusões que tiramos do outro. Por isso, temos que nos questionar e duvidar de nossas próprias convicções. Bem difícil. Tendemos a achar que estamos 100% certos. Talvez uma boa meta é não tirar conclusões a respeito de terceiros.
Segunda lição: nós dialogamos conosco mesmos e não com o outro. Tenho seguido muitos coaches, principalmente os internacionais e todos falam do cuidado que temos que ter com os diálogos internos. Marc and Angel, Ema Bell, Leo Babauta, Jack Canfield... dentre outros estão dizendo a mesma coisa. Portanto temos que analisar nosso diálogo interno. O que tenho dito para mim mesmo? Outra meta importante seria vigiar os diálogos internos, pois eles podem ser positivos ou nocivos.
Terceira lição: quando dialogo comigo mesmo, conheço a mim mesmo, não ao outro. Pensamos conhecer o outro? E para que conhecer tão bem o outro se não conheço a mim mesmo? Se critico o outro, isso fala algo sobre mim mesmo. Se elogio o outro, isso também fala sobre mim mesmo. Se repudio o outro, algo sobre mim mesmo se esconde nesse repúdio. Se exalto o outro, mais um tanto se descobre a respeito de mim. Uau, grande lição. Outra meta boa seria prestar atenção nas lições escondidas acerca de nós a cada diálogo que travamos conosco a respeito do outro.
Então, vale a pena relacionar-se melhor conosco mesmos. Assim, nossa relação interpessoal com o outro melhorá muito. Não praticaremos distorções e começaremos a assumir mais responsabilidade por nossos próprios atos.
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