"As sociedades humanas não precisam de homens que amem a estética social, que amem o poder sociopolitico, mas de homens que sejam grandes no humanismo, grandes como pensadores, grandes na percepção dos seus limites, grandes na capacidade de se colocar no lugar do outro e perceber suas dores e necessidades psicossociais."
Outra afirmação de Cury que chama a atenção. Vivemos numa sociedade do superficial, então ele fala que a sociedade não precisam de homens que amem a estética social. A maioria dos homens preza mais a estética. Não é questão de renegar a estética, mas de saber priorizar e colocá-la abaixo de outros valores. Eu trabalho com cosméticos, portanto não afirmo que seja ruim, mas é apenas um complemento, que muitas vezes melhora a auto estima das pessoas, para que elas se realizem outras áreas também.
A sociedade não precisam de homens que amem o poder. A questão está em amar. O poder é bom quando se usa para o bem da sociedade, sem egoísmo. O poder é bom quando também empodera outros menos beneficiados socialmente. O poder é maléfico quando apenas serve para um sobressair sobre o outro, quando há disputas. Tem una passagem bíblica sobre Davi, em que ele teve oportunidade de matar o rei que o perseguia, mas não o fez. Davi não almejava o poder, não brigava pelo poder. Ele seria o próximo rei, mas não amou o poder. Porém, foi rei e dentro de suas possibilidades humanas fez um bom reinado, foi segundo o coração de Deus. Há muitos exemplos na Bíblia de homens com poder que não amavam o poder, e por isso o usou com sabedoria.
A sociedade precisa de homens grandes no humanismo. Quantos despendem energia para serem grandes no humanismo? Quantos valorizam aqueles que são grandes no humanismo? Que pena. Afinal, somos grandes em que?
A sociedade precisa de grandes pensadores. Eu admiro grandes pensadores. Usaria melhor meu tempo ouvindo alguém como Leandro Karnal do que ouvindo um astro de Hollywood, pois prefiro o pensamento à estética social. Concordo com Cury.
Precisamos de homens grandes na percepção de seus limites. São pessoas belíssimas as que sabem seus limites. Costumo repetir que podemos tudo não porque desprezo limites. E sim porque acredito que se conhecermos nossos limites, poderemos superar nossas barreiras, avançar um pouquinho a mais esses limites e seguir em frente. Com paciência e no longo prazo, podemos chegar onde desejamos. Pelo contrário, quem não reconhece seus limites continua no mesmo lugar, empacados e certos de que não precisam de mudanças.
Precisamos de homens que se colocam no lugar dos outros. Isso realmente é difícil. Mas as dores do outro, os limites, as defesas nos são desconhecidos e julgamos conforme nossa perspectiva. Eu mesma sei que preciso muito avançar nisso. E usar a reflexão para melhorar esses pontos é muito bom. Precisamos crescer nesses aspectos, embora muitos deixam para lá, ou nem pensam a respeito. As dores e necessidades dos outros às vezes são difíceis de vislumbrar, que possamos aprender. Que possamos ser grandes onde verdadeiramente importa.
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