domingo, 11 de junho de 2017

Evite preocupação não caindo no jogo da dúvida

Analisando as técnicas de lesão ao consumidor, deixei de mencionar outra técnica,  talvez porque não cai nessa. Toda a vez que recebi um email que havia sido entregue a encomenda  pela transportadora da Polishop poderia ter dúvida do meu condomínio.  O jogo de empurra também tenta envolver todos os players.  Será que o cliente cai nessa? Vamos jogar com isso, mandar um email dizendo que entregou. Jamais cai nessa. Ligava ou mandava um email para a Polishop dizendo que os porteiros afirmavam não ter recebido.

Mas será que todos os consumidores tem essa postura?  Será que alguns teriam brigado com o condomínio?  Será que alguns que aprenderam a ser submissos e a não se indispor nunca não teriam ficado com a dúvida e ficado no prejuízo por não ter a quem atribuir a culpa?  Por estar complexo demais para sair dessa rede? Sim, alguns teriam caído nesse jogo de inserir dúvida.

E o que fiz? Liguei para saber o que me responderiam. A Polishop ligava para a transportadora e voltava atrás.  Era como se eu tivesse que esquecer aquele email de entrega e esperar mais uns dias que seria entregue. Os porteiros eram firmes. A Polishop voltava atrás e me pedia prazo. E o ciclo se repetiu várias vezes. Então eu que não cai no jogo ficava cada vez mais convicta da idoneidade do condomínio.  Num desses ciclos de finge que entrega,  pergunta para o porteiro, eu decidi pedir o comprovante de entrega com o nome completo e assinatura de quem tinha recebido. Obviamente sabia que não teriam, pois não era a primeira vez que estávamos nesse ciclo. Pedi com a certeza que não tinham, mas sabia que se apenas dissesse que os porteiros não receberam, eles entrariam em contato com a transportadora e pediria mais prazo. O "modos operandi" já era conhecido por mim. Já tinha passado pela roda várias vezes.

Obviamente nunca recebi comprovante até que o prazo que estabeleci para a espera se esgotou e procurei o PROCON. Portanto, um dos caminhos para saber quem é o culpado verdadeiro da história e para ter convicção é não cair em disse que disse. Aqueles emails não valem nada sem prova. Com o nome completo e assinatura começaria uma interlocução com o condomínio.  Aí veríamos se existe tal funcionário, se ele estava de serviço nesse dia, analisariamos as câmeras de segurança.  Trabalhe na convicção.  Eu posso dizer que confio mil vezes no condomínio pois jamais demonstraram incompetência ou má fé,  enquanto a Polishop... foi um show de inconsistências. Enquanto o condomínio era consistente, a Polishop vinha com o email mequetrefe.  Se eu confiasse nesse email eles teriam entregado a encomenda em vários dias diferentes. Realmente é um insulto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário