"Disraeli disse: 'A vida é muito curta para sermos mesquinhos'. 'Estas palavras' afirmou André Marouis, numa colaboração para a revista This Week, 'me ajudaram a suportar muitas experiências desagradáveis: deixamo-nos muitas vezes nos perturbar por coisas insignificantes, que deveriamos desprezar e esquecer... Aqui estamos, neste mundo, com apenas alguns decênios a mais para viver, e perdemos muitas horas insubstituíveis remoendo aborrecimentos que, dentro de um ano, tanto nós como os demais já teremos esquecido. Não! Dediquemos a nossa vida a ações e sentimentos que valham a pena - a ideias elevadas, afeições reais e empreendimentos duradouros. A vida é muito curta para sermos mesquinhos."
A maioria das nossas preocupações atuais perdem a força com o passar dos anos. Então descobrimos que o que achávamos que era o fim do mundo na verdade foi apenas mais um pequeno aborrecimento da vida. E ter rancor por tão pouco nos faz mesquinhos. E faz mal para nós mesmos. É como se nos envenenassemos pouco a pouco nos enchendo de preocupação.
A maioria dos acontecimentos que tememos também não vão ocorrer. Quantas vezes ficamos preocupados e foi em vão, porque não foi o final do mundo como achávamos que seria? Quantas horas já perdemos pensando em tantas coisas que nunca aconteceram e tinham pouca probabilidade de acontecer?
Mesquinharia não vale a pena. Lembro-me da minha reação ao ver a maneira como fui assediada pela amiga do chefe. Ela fez uma representação mesquinha. Ao ler não sabia se ria do absurdo, se chorava de tristeza ou se sentia raiva de uma criatura tão mesquinha. Então decidi apenas me defender. E venci na defesa. Poderia ter me 'vingado' entrando com ação contra o dano que sofri, mas não o fiz. Seria da estatura da atitude dela. E seria tão mesquinho quanto.
Hoje a única atitude que acho de grandeza é lutar contra o assédio moral, não contra ela. Tudo que fizermos tem que ter um bem maior. Podemos sim pensar em algo sem mesquinharia. Podemos sim fazer da luta não algo pessoal, mas algo que transcende a nós mesmos. Podemos lutar para que mais pessoas tomem para si lutas grandes. Lutas a favor dos indefesos, dos pequenos, dos que não tem voz. Ao invés de lutar pelas coisas pequenas da nossa rotina. Podemos encontrar uma missão e fazer nossa vida significativa.
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