quarta-feira, 7 de junho de 2017

Evite preocupação absorvendo os choques da vida

"Que é que acontecerá,  a você e a mim, se resistirmos aos choques da vida,  em lugar de absorvê-los?  Que acontecerá se nos recusarmos a curvar-nos como o salgueiro,  insistindo em resistir como o carvalho?  É fácil a resposta: criaremos uma série de conflitos íntimos. Nós nos transformaremos em indivíduos tensos, excitados,  neuróticos."

Carnegie ensina a absorver os choques da vida. Eu tenho muito a aprender aqui, porque tenho tendência à resistência.  Consciência de que temos que dosar a resistência é muito importante para evitar a tensão. Para que precisamos de tensão a mais? Pior, para que temos que criar nossas próprias tensões?  A tensão não existe em si, nós é que damos força para ela se manifestar. Não é fácil, eu sei, vai depender de muito treinamento.  Nada na vida é fácil.  Mas se for para o nosso bem estar, temos que tentar fazer diferente para nos preservar.

E como diferenciar o que vale a pena lutar e o que não vale?  Como equilibrar as lutas que valem a pena, aquela que são necessárias para nossa auto estima e preservação como pessoas autônomas e esclarecidas das lutas que não valem a pena,  pois são em vão,  nada vai mudar?

De fato deveria haver uma fórmula mágica.  Como até agora não encontrei uso o círculo de influência, explicado nos sete hábitos das pessoas altamente eficazes. Lutas que valem a pena dependem de minha ação,  minha influência.  Lutas que não valem a pena dependem das ações dos outros, pois não está no meu círculo de influência.

Por exemplo, esse caso da Polishop que é a minha preocupação atual. O que estava dentro da minha influência,  o que poderia fazer?  Reclamar, avisar que a transportadora não tinha entregue. O que estava dentro da influência da Polishop? Ser firme com a transportadora que eles contrataram e exigir uma resposta. Fiz nove reclamações com a ligação de hoje. Fiz o que podia ser feito. Ainda espero uma solução pacífica.  Mas resolver isso está nas mãos deles. Não posso ficar demasiadamente preocupada se eles não fazem a parte deles.

Vou tentar de forma pacífica e compreensiva e então desistir de falar com eles, pois tudo indica que ali não existe responsabilidade.  Eles não se responsabilizam pela transportadora que contrataram e para mim é mais do que óbvio que a transportadora extraviou e está enrolando. Não ficou claro para eles? Ou eles esperam que eu desista pelo cansaço?  O que mais está sobre meu círculo de influência?  Reclamar com o PROCON.  Um mês de tratativas já me mostrou que por ali não adianta.  Só vou continuar me estressando. Não posso fazer pela Polishop nem tenho culpa que eles contrataram uma péssima transportadora.  Quem contratou foi eles e quem tem que resolver é eles. Só que a atitude é transferir a responsabilidade para mim, até me vencer pelo cansaço,  pois já me pediram mais prazo.  Prazo para que?  Não resolve, já constatei.

Esperar por ali é me deixar sujeita a mais choques, mais tensão. Hoje mesmo a atendente me informou que consta como entregue e que o sistema deveria mostrar a a assinatura e o nome de quem recebeu. Não tinha isso lá no sistema,  só havia que foi entregue. Não era para a Polishop ter agido logo? Já faz tempo que pedi a assinatura de quem recebeu e a resposta foi enrolacao.  E pediram mais tempo, para enrolar mais. Falaram que entregariam em três dias úteis,  já se passou.  Que falta de organização.  Mais posso esperar o que? Isso é o que eles tem a oferecer.

Já absorvi que a Polishop é assim.  Vou continuar agindo, mas em outra esfera. Em todas possíveis até que se resolva. Não vão me vencer pelo cansaço.  Se eles soubessem como sou lutadora... contei um caso para uma colega e ela disse que já passou por vários problemas de consumidor e sempre procurou o PROCON.  Acho que eles se aproveitam porque são poucos que buscam seus direitos. E as vezes o nosso nome ou aparência determinam. Ela diz que poderia ser preconceito por ela ser descendente de negros, e eu também não acho inviável que pensem que japonês não é insistente,  muita gente acha japonês bobo. Muitas vezes existem os preconceitos e coisas assim. Talvez os japoneses desistam logo. Eu não faço parte da estatística.

Então eu concluo que a luta vale a pena, mas nem sempre do jeito que a gente imagina.  Não podemos ficar batendo, batendo, batendo a cabeça onde não vai resolver. Temos que fazer diferente.  É como se fosse sair de um cômodo.  Tem uma janela e uma porta, mas insistimos em querer sair por uma das paredes e continuamos a bater a cabeça na parede. Olha a janela e a porta. Estude o cenário.  Procure outros meios.

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