quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Vivemos o dilema exterior versus interior?

"Convoque seu sábio - apele para seu sábio interior,  a parte mais sensata que todos nós temos dentro de nós mesmos.  Reconheça que você está enfrentando um problema e deixe que seu sábio ajude-o a se lembrar de um outro momento que você tenha sido bem sucedido ao lidar com uma situação semelhante.  Recorde como se sentiu e mergulhe nessa sensação.  É como se vestir de autoconfiança.  Quanto mais você contar com seu sábio interior,  mais poderá ter confiança de que ele estará lá quando você precisar.  (E lembre-se de que,  se você ignorar um problema ou negar sua existência,  ele não desaparecerá.  Costuma piorar). A vantagem do tímido.  Marti Olsen Laney

Mesmo que tudo exteriormente parece ruim, se observarmos nossa história de vida, vamos perceber que houve momentos em que achamos o mesmo. Mas passou,  superamos. Temos muita força interior e podemos contar com ela.

O importante é encarar de frente nosso problema,  sem ignorá-lo.  Ele existe,  não podemos negar. Podemos ser muito honestos conosco mesmos quando o diálogo é interno,  não precisamos vestir máscaras, nem enganar a nós mesmos. "Nossa vida melhora só quando nos arriscamos - e o primeiro e maior risco é ser honestos conosco mesmos." Walter Anderson

No nosso estudo de caso, Sra Drama tinha um  problema.  E o negou. Achou que vinha de fora,  mas o que nos traz problema é o que procede do coração,  somos nós mesmos que causamos problemas a nós mesmos e culpamos o outro.  Sra Drama de maneira alguma admitiu que o problema era ego. Suas necessidades e expectativas pessoais não foram preenchidas.  Estava frustrada.  A colega não a adorava. Incomodava-lhe a idéia que algumas pessoas não se inclinavam perante ela, não faziam todas as suas vontades. Enquanto Sra Drama não for honesta consigo mesma e perceber que nem todos vão adora-la,  vai continuar sem paz. É impossível que todos a adorem.

O primeiro e maior mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas: "Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura,  nem semelhança alguma do que há em cima nos céus,  nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.  Não te encurvaras a elas nem as servirás;  pois eu, o Senhor,  teu Deus, sou Deus zeloso." (Êxodo 20:3-5) Essa idolatria era mais rudimentar,  atualmente os leitores da Bíblia tem plena consciência de que não se deve adorar imagens.

Na época de Jesus, a idolatria dessa espécie já não existia em Israel.  O povo já tinha sofrido muito por causa da idolatria. Foram 400 anos de influência idólatra no Egito. Quando entraram na terra prometida foram influenciados pelos povos daquela terra e voltaram a idolatrar. Ficaram mais 70 anos no exílio na Babilônia, onde havia idolatria.   Aprenderam a lição.  No entanto,  a idolatria assumiu outro aspecto.  O povo estava servindo às riquezas.  No Sermão do Monte Jesus alertou que ninguém pode servir a dois senhores.  Ou servirá a Deus ou a riquezas. 

Atualmente a idolatria assumiu outras formas. Há quem adore as riquezas ainda. Mas também celebridades,  pessoas,  influenciadores digitais, cantores, jogadores de futebol, familiares,  chefes,  colegas. Há quem adore objetos,  times,  livros, estudos.  O excesso deve ser sempre tomado com cautela.  Há quem adore comida, cigarro, bebida,  vícios em geral, compras, consumo.  Tudo que colocamos acima de Deus e de sua lei é adoração.  Se há algo que nos afasta da lei de Deus,  então temos outro Senhor,  estamos servindo outro.

Esse é o mandamento pelo qual Deus mais zela. O principal.  Jesus também o parafraseou como: "Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça,  e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Em Gálatas 5 há uma lista das obras da carne.  E dentre elas  está a idolatria.

Portanto idolatria constitui obra da carne e se contrapõe ao espírito.  O Espírito Santo é o que nos guia a toda verdade.  Jesus o enviou para morar dentro de nós.  Quando damos lugar à carne,  dentro de nós haverá carne. Quando damos lugar ao Espírito Santo, ele morará dentro de nós.

Assim, o nosso sábio interior, como define a autora, anela pelas coisas espirituais.  Quanto mais formos honestos conosco mesmos, sem máscaras, damos lugar ao Espírito, porque passaremos a admitir quando sentimos inveja, frustração, ódio,  rancor, raiva, despeito.  Passaremos a nos responsabilizar e buscar internamente respostas para nossos conflitos,  sem culpar os outros. E se ignorarmos uma inveja,  ela vai aumentar.  É preciso admitir que ela existe. E aí tomar medidas não contra o objeto da inveja, mas contra a inveja que habita em nós.  Se admitirmos que sentimos despeito,  ele não se transformará em raiva, pois tomaremos medidas contra esse tipo de pensamento que acha que todos devem seguir nossas expectativas.  Se admitirmos que queremos um aumento e não sabemos esperar, isso não se transformará em ambição desmedida,  a ponto de prejudicar o outro.  Podemos lidar melhor pensando em maneiras de lidar com a ansiedade. 

Enfim, nossa maior batalha é contra nós mesmos. Contra nossa carne. Contra nossas vontades. Contra nosso ego.

E sob o ponto de vista da idolatria, a colega não tinha que odiar quem a Sra Drama odiava.  Ela mesma já tinha perdoado pessoas que fizeram coisas piores para ela. A colega não tinha que ir contra ou maldizer junto com Sra Drama as pessoas que ela não gostava. Esse tipo de facção é obra da carne.  E a colega servia a Deus, não negaria sua fé e agiria de modo que não era autêntico dela só porque Sra Drama a convidou duas vezes para ir à sua casa. Vender-se por isso é ser muito barata. Servir aos desejos e caprichos da Sra Drama que iam contra a Lei de Deus é servir a outro que não Deus.  Não há nada que compre a eternidade.  Não precisamos quebrar nossas convicções só porque alguém se acha no direito de comprar sua alma. Não podemos nos envolver no que o mundo faz. Não precisamos ouvir o conselho dos ímpios.  O Salmo 1 adverte contra o conselho do ímpio.  Não precisamos mudar nosso ser porque o ímpio ficará chateado porque não seguimos os conselhos deles de ódio, inimizades e facções.  Não precisamos entrar nas disputas deles.

O único digno de nossa verdadeira adoração é Deus.  Ninguém tem o direito de nos impor algo contra a lei de Deus.   E se nos imporem, podemos sempre invocar a Deus e sermos assertivos acerca de nossa adoração primeira a Deus.

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