"Os introvertidos costumam achar que têm de tomar decisões da mesma maneira que os extrovertidos o fazem, sem se permitir pensar em como se sentem nem decidir o que fazer baseados em seus próprios pensamentos e impulsos. Mas o 'talvez amplia a mundo e abre a tomada de decisão a diversas perspectivas, visões e opções. Outro valioso benefício de se dizer 'talvez' é que isso concede tempo para o introvertido 'maquinar' respostas para alguma coisa. É difícil para todos os introvertidos tomar uma decisão instantânea. Frequentemente, não podemos (porque estamos sufocados demais) ou não devemos (porque precisamos refletir sobre as coisas devido à nossa longa via cerebral). O que pode parecer óbvio para os extrovertidos - onde começar alguma coisa rápido, por exemplo - pode parecer monumental para um introvertido cansado e com a cabeça zonza. Os introvertidos precisam de espaço para os 'talvez'". A vantagem do tímido. Marti Olsen Laney
Continuando com a história de Moisés e a estratégia de Deus para ele vencer seus limites, vamos perceber que Moisés precisou de tempo. Primeiro Moisés apenas acompanhou o irmão. Só na segunda praga que conseguiu falar com faraó. Na sexta praga conseguiu fazer um gesto. Na sétima praga usou a vara, que até então era usada pelo irmão. Apenas após a décima praga que conseguiu falar com o povo.
O que vemos é uma progressão. A cada vez que repetia a ação, Moisés ficava mais confortável. E a cada vez que faraó negava o pedido, era mais uma oportunidade de sair de sua zona de conforto.
Deus avisou que endureceria o coração de faraó, portanto a expectativa de Moisés estava calibrada. Seu diálogo interno não era de fracasso a cada negação. Pelo contrário, aumentava a auto confiança e ele foi conseguindo romper os limites progressivamente. Foi Deus que fez o introvertido, por isso ensinou Moisés a lidar com sua dificuldade.
Se não ouvisse a voz de Deus, poderia escolher um diálogo interno enfraquecedor, de que era derrotado e não adiantava persistir. Com Deus, o diálogo interno era de fortalecimento. Ele não poderia escolher a circunstância, que era a negação de faraó, só escolheria como reagiria à negação. E isso não tem nada de distorção de realidade. Tem a ver com pensar como um vencedor, apesar de ter que tentar várias vezes. Ou pensar como um derrotado e desistir. E olha que foram 10 tentativas. Quantas vezes desistimos na primeira? Não deu certo e nos achamos perdedores?
As expectativas mudam tudo. Quem está prestando para um concurso com a expectativa de passar na primeira tentativa frustra-se e desiste. Ainda se achando um perdedor. Quem está abrindo um negocio com expectativa de ser tudo fácil, desiste na primeira dificuldade. Quem é um vendedor e espera ouvir um 'sim' de cara, frustra-se ao ouvir um 'não'. A expectativa errada faz a pessoa desistir. Estar preparado para um aperfeiçoamento contínuo, como ocorreu com Moisés, faz um vencedor.
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