"Os introvertidos tem que gastar energia extra para prestar atenção ao que está sendo dito na reunião. Para eles, concentrar-se no mundo exterior é como um utilitário: 'Consome muita gasolina'. Sobra muito pouco para falar. Chamar a atenção sobre si mesmo ao falar é algo que realmente os deixa esgotados. Se vierem a falar, será em um tom de voz baixo, sem contato visual e de modo hesitante. Os colegas podem nem prestar atenção ou podem não achar que eles pareçam entender do assunto." A vantagem do tímido. Marti Olsen Laney
Gestão de energia é essencial para a produtividade. Usando a Lei de Pareto, 20% responsável por 80% de sua produtividade está em usar bem as energias. Muitas vezes as pessoas que dizem não ter tempo na verdade o tem, é que estão muito cansadas para usar o tempo que resta. E energia é obtida e gasta de maneiras diferentes, dependendo do estilo da pessoa. O introvertido recarrega as energias sozinho. E gasta muita energia em momentos como reuniões. Vale a pena investir em conhecimento sobre energia e gestão de energia.
O introvertido quase nem fala e quando fala é em tom baixo e hesitante. Eu já passei por essa situação várias vezes, muitas vezes fui ignorada. Então aprendi a quase nem falar. Não culpo quem ignorou. Meu diálogo interno é que não ouviram. E está tudo bem. Os colegas pensam que o introvertido não sabe do assunto, talvez pela hesitação. No entanto, os introvertidos são detalhistas, podem saber muito a fundo sobre o assunto. Mas não discorrem sobre isso, por perceberem que foram ignorados. E eles se acostumam com isso. Pelo menos eu estou tão acostumada que não insisto.
Comigo já aconteceu de eu realmente precisar falar, pois havia consequências se não falasse. A pessoa totalmente ignorou. Eu aumentei o tom de voz. Imagina uma introvertida falando mais alto, surpreendeu. Mas não adiantou. Não entrou na cabeça da pessoa. E o que mais foi lembrado é que falei alto. Então desisti de falar. Mesmo sendo importante, prefiro a escrita.
Uma segunda vez precisava falar e já nem tentei. Se aumentasse o tom, a pessoa ficaria tão surpresa que não prestaria atenção no conteúdo, mas no tom. Escrevi. E o resultado foi melhor. De alguma maneira o que tenho nas mãos é a capacidade de escrita.
Sim, é um limite, o introvertido sempre perde para quem domina a fala, faz cena, faz drama. Nem adianta tentar. É como um rolo compressor sobre o introvertido. E sabemos disso. Não admira que não nos defendemos e ainda se aproveitam do fato de termos dificuldades em expressar. Por mais que tenhamos a verdade, a mentira com dramaturgia faz mais efeito.
Moisés passou pelo mesmo. Ele já previa que não acreditariam nele: "Então respondeu Moisés: Mas se não crerem em mim, nem ouvirem minha voz, e disserem: O Senhor não te apareceu." Exodo 4:1. Moisés já tinha experiências de vida, sabia que não ouviam a voz dele, não acreditavam nele. Um introvertido sempre é arrasado pelo dominante.
"Perguntou-lhe o Senhor: O que é isso na tua mão? E ele respondeu: Uma vara" Exodo 4:2 Deus não disse que seria fácil. Que acreditariam em Moisés, que era só ir lá e dominar o pedaço. Deus usou outra estratégia. Para que Moisés ganhasse a confiança que certamente lhe faltava, Deus pediu para ele avaliar o que tinha nas mãos. Deus estava disposto a fornecer uma âncora a Moisés. Algo que fosse do dia a dia de Moisés, que ele dominava o uso. Moisés era bom em usar a vara. A vara era um instrumento com o qual Moisés se sentia confortável e relaxado em usar.
"Toma, pois, esta vara na mão, com a qual hás de fazer os sinais" Êxodo 4:17. Deus ordenou que Moisés usasse a vara para fazer sinais. A vara não teria mais um uso convencional. Moisés faria um uso extraordinário da vara.
Todos têm algo na mão. E quando falta auto confiança, Deus manda usar o que tem em mãos, algo com que se sinta confortável e relaxado. O que seja. Tenha a percepção do que é e use. E faça um uso além do convencional, faça um uso extraordinário do que tem em mãos e veja maravilhas se operarem.
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