"Simon não acreditava que se devesse continuar trabalhando em emprego que nos causasse infelicidade ou sofrimento. Citava Faukner, a fim de reforçar tal argumentação, tentando imitar o sotaque sulino do grande escritor: 'Um dos aspectos mais tristes da vida é que a única coisa que podemos fazer, por oito horas diárias, dia após dia, é trabalhar. Não podemos comer por 8 horas diárias, nem beber por 8 horas diárias, nem amar por 8 horas diárias... tudo que podemos fazer por 8 horas é trabalhar. E aí está o motivo pelo qual o homem traz infelicidade e sofrimento para si próprio e para os demais." Em seguida, a fim de resumir essa preleção, ele repetia sua observação que o trabalho que torna alguém infeliz deve ser abandonado."
Não é o primeiro autor que fala sobre as 8 horas diárias do trabalho. Mary Kay Ash também comenta em Milagres que Acontecem, livro que já foi objeto de reflexão nesse blog. Como será nossa programação mental sobre o trabalho? Que basta ser pago? Que não precisa ser prazeroso? Que programas instalaram em nossa mente e quais programas temos nós instalado? Pensamos que é bom ser sexta-feira e o domingo é um sofrimento? Não deveria ser assim de acordo com o personagem de Og.
Numa das sessões de coaching há a pergunta: "Qual o seu sentimento durante seu caminho para o trabalho?" Eu tenho um sentimento muito bom, estou bem feliz e ele fica melhor ainda porque vou caminhando, é perto. Em nenhum momento penso que é ruim, que não gostaria de chegar lá. Não foi sempre assim, não era por causa do trabalho em si, mas por causa da minha assediadora. Mudanças são boas. Não precisamos necessariamente trocar o tipo de trabalho, mas sempre temos escolhas, mesmo que elas demorem um pouco e tenhamos que nos preparar e planejar primeiro.
Infelizmente a programação mental de algumas pessoas é que trabalho é ruim e temos que aguentar qualquer situação, pois precisamos pagar as contas. Por que não mudar um pouco essa programação? Podemos ter um bom trabalho E podemos pagar a contas, uma coisa não exclui a outra. Se dissermos isso para nós mesmos estaremos focando em soluções. Se tivermos essa programação mental de trabalho ligado a felicidade, seremos muito mais felizes.
Talvez essa pessoa insatisfeita tenha que permanecer mais um tempo enquanto faz um curso, guarda uma economia, se prepara para uma nova etapa. Mas deve ter sempre em mente que pode fazer do inferno um céu se focar no que é positivo no local. Talvez goste do que faz, é apenas uma pessoa. Talvez tenha outros colegas que valem a pena. Não é a situação externa, mas como reagimos a ela, então sempre poderemos enxergar com bons olhos enquanto nos preparamos para uma etapa mais plena.
Ouvi uma entrevista de uma mulher que foi assediada pelo seu superior. Como ela amava o que fazia, simplesmente mudou de empresa. Requer coragem para sair da zona de conforto, mas que paz!!! Hoje ela vive uma vida plena. Plenitude é uma sensação muito boa. A habilidade de fazer do inferno um céu não faz com que sejamos acomodados. José fez do inferno da prisão um céu, mas saiu de lá, foi ser governador do Egito. Demorou um tempo, foi requerido que ele ficasse um tempo como escravo e outro tempo mais como prisioneiro, mas com certeza a posição que ele amou foi como governador. Nessa posição ele usou melhor as habilidades dele de forma plena. Nesta posição ele salvou o povo dele de morrer pela fome. Essa posição tinha um propósito.
Portanto, não importa a posição ou o salário, importa que consigamos enxergar o propósito e fazer com amor. Há uma estória de três pedreiros, um menino pergunta para o primeiro o que ele estava fazendo e ele diz que estava misturando massa. O segundo diz que estava construindo um muro. O terceiro disse com satisfação que estava construindo uma catedral. O terceiro vê um propósito no que faz e reconhece a importância dele no mundo, por isso está satisfeito. De novo, não é nada externo, mas como interpretamos o que temos.
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