segunda-feira, 5 de março de 2018

Sua mente faz do céu um inferno ou um inferno do céu?

"O Dr.  Karl Menniger escreveu que a mente humana é muito mais do que a bolsinha de truques do cérebro.  Na verdade,  é toda a personalidade,  formada pelos instintos de um ser humano,  seus hábitos,  recordações,  órgãos,  músculos e sensações,  tudo passando por um processo de mudança constante.

A mim agrada mais o que Milton escreveu sobre a mente.  'A mente é o seu próprio lugar,  e em si pode fazer um céu do inferno e um inferno do céu'. Nossa mente é a maior criação na terra e pode gerar a felicidade mais sublime para seu possuidor... ou pode destruí-lo.  No entanto,  embora tenhamos recebido o segredo de como controlá-la,  para nossa felicidade e benefício, continuamos a funcionar inteiramente ignorantes de seu potencial,  como o mais estúpido dos animais."

Og Mandino segue com o que Simon aprendeu de seus livros.  Menniger ensina sobre a mente humana algo muito óbvio,  mas que muitas vezes esquecemos,  ou não damos conta na correria diária.  Este é o segredo porque pessoas diferentes reagem de maneiras diferentes à mesma situação.  Não é a situação diferente,  é a mente do indivíduo.  Um se estressa no trânsito,  enquanto outro na mesma situação nem se abala.  Um leva um mau humor do trânsito para seu dia inteiro,  enquanto o outro permanece tranquilo.  A mente de José,  que foi vendido como escravo por seus irmãos, é muito diferente da maioria das pessoas.  Permaneceu inalterado, foi correto e compensado como o segundo no Egito,  só atrás do Faraó.  Tinha poder para se vingar dos irmãos,  mas não o fez. A personalidade dele, instinto,  hábito,  recordações,  órgãos,  músculos e sensações não é como a da maioria. Mas como a mente está sempre mudando,  podemos modelar José, podemos aprender esse perdão,  mesmo para atos tão cruéis. 

Se José fosse pessimista,  faria dessa situação um inferno, ficaria revoltado e Deus jamais poderia ter usado sua vida para abençoar tantas pessoas que foram salvas da fome por uma interpretação de sonho que José fez para o Faraó.  Mesmo como escravo,  José era otimista. Por recusar as tentativas de sedução da mulher do seu senhor, foi preso,  pois ela foi dissimulada e o acusou de estar tentando assedia-la. Uma grande injustiça,  poderia então se revoltar contra Deus, não o fez, continuou com seu comportamento impecável na prisão.  Estava no inferno da prisão,  mas fez dela um céu,  interpretou um sonho que o fez lembrado depois. Ele gerou felicidade num momento de tormenta. Ele não deixou ser destruído por ter sido vendido como escravo por causa da inveja dos irmãos.  Não deixou ser destruído por ter sido preso justamente por ser honesto.

Será que no fundo do seu ser José não se questionava sobre tamanha injustiça?  Será que ele não quis gritar e amaldiçoar?  Talvez. Ele foi humano como cada um de nós.  E todos sabemos o quão difícil é passar por injustiça,  tanto que passamos por muito menos do que José e falhamos em nos controlar.  Quem nunca? 

A diferença é que José soube manter a calma nas tormentas,  controlou seus pensamentos para fazer do inferno um céu. 

Milton menciona sobre o segredo de controlar a mente. Não são as situações externas que trazem felicidade ou nos destroem,  é nossa capacidade de reação ao acontecimento,  assim como reagiu José.  Se não controlamos a nossa mente,  somos iguais a um animal. De maneira alguma quero depreciar os animais. Trata-se da racionalidade do homem, do poder de analisar, decidir,  ao invés de agir instintivamente. Quem não vai pelos instintos controla sua mente e assim faz do inferno um céu.   Tudo é perspectiva,  como eu enxergo a situação.  Que Deus nos dê a visão de José. Não nos dê a visão dos murmuradores que andaram anos no Egito,  procurando viver instintivamente ao invés de  ver racionalmente que estavam rumando para uma Terra abundante de bênçãos.

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