sexta-feira, 16 de março de 2018

O que é ser pobre?

"E sê reconhecido pelas tuas lições aprendidas na pobreza.  Pois não é pobre aquele que tem pouco,  mas aquele que deseja muito... e a verdadeira segurança não está nas coisas que se possuem,  mas nas coisas sem as quais não se pode viver."

Og continua filosofando sobre as lições da pobreza.  Grande lição é aquela que nos transforma,  que muda algo em nós.  Fico muito feliz por ter a oportunidade de aprender muito com a pobreza.  Fico muito feliz por ter dificuldades na vida e por ter aprendido a conquistar e não achar que o mundo me deve enquanto fico sentada esperando. Podemos ficar muito contentes porque cada dificuldade no caminho nos transformou em alguém mais forte e corajoso. 

Essa definição de pobreza me fascina,  pois não vem medida em quantidades,  mas em necessidade. Novamente é algo interno, não externo. Eu necessito de acordo com meus valores, pensamentos,  crenças... o quanto é suficiente?  Depende de cada um, está dentro da pessoa esse conceito.

Então outra fórmula de infelicidade é desejar muito, jamais estar saciado.  Lembra da pessoa exemplo de ontem?  Daria um ótimo estudo de caso.  Minha ideia não é criticá-la,  mas sim pensar no milagre, o maior milagre do mundo para que pessoas como ela transformem as misérias delas em bênçãos e sejam muito felizes e contentes. Externamente parece que a pessoa tem tudo, que deveria estar muito contente e agradecida,  mas internamente existe um caos, uma falta de paz que impressiona. Ela é pobre, pobre pessoa,  extremamente pobre!!! Pobre porque tudo o que tem não é suficiente,  não a contenta.

Lembra da Pollyana do livro?  Vivia de doações,  não tinha nada, mas era extremamente rica!!! Rica porque estava sempre contente.  A pessoa de ontem é o extremo contrário da Pollyana. 

A pessoa de ontem é extremamente insegura,  precisa muito de aprovação social, extremamente preocupada com o que outros estão pensando.  Ela tinha necessidade de ser adorada, por isso tentava "comprar" as pessoas com supostos favores feitos.  "Se eu te compro, você me adora e me aprova.  Você diz que eu sou o máximo.  Então eu tenho que te convencer que você me deve, que o mundo me deve." Ela tinha segurança nas coisas que possuía e na adoração dos que estavam à volta. Essa não é a verdadeira segurança.  É pobre.

Pollyana,  apesar de ter apenas 11 anos, poderia viver sem coisas materiais e não pedia para ser adorada.  Ela distribuía amor sem pedir retribuição alguma.  A segurança dela não estava nessas coisas. Era rica.

O livro não se contradiz quando fala em potencial máximo que deve ser buscado. Usar seu potencial faz de você mais forte, corajoso,  depura seu espírito.  Usar potencial tem relação com transformação da pessoa,  com ser, não ter. Você se transforma quando usa potencial.

Você não se transforma tendo mais ou menos posses materiais. Ter mais posses não te dá mais força e coragem, não te faz batalhador,  resiliente,  persistente, solucionador de problemas.  Isso são características do ser, não do ter.  Não te faz mais inteligente,  não te dá mais conhecimento.  Usar o potencial não compra nada.  Riqueza compra.  Mas o que a riqueza compra não transforma o interno.  Não transforma maneira de ver o mundo nem medida de suficiência.   Por isso riqueza não pode comprar contentamento,  às vezes  ocorre totalmente o contrário,  nunca a pessoa se satisfaz.  Riqueza externa, pobreza interna.





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