"Por séculos sem conta o homem comparou a sua mente a um jardim. Sêneca disse que a terra, por rica que fosse, não poderia ser produtiva sem o cultivo, e tampouco a nossa mente o poderia fazer. Sir Joshua Reynolds afirmou que nossa mente era, apenas, terreno estéril, logo esgotado e improdutivo, a menos que fosse constantemente adubada com novas idéias. E James Allen, em seu clássico monumental, Como um homem pensa, afirmou que a mente do homem era como um jardim que pode ser inteligentemente cultivado ou deixado às ervas, mas, quer cultivado ou negligenciado, produziria. Se nenhuma semente útil fosse plantada nesse caso uma abundância de ervas inúteis cairia na terra e os resultados seriam plantas erradas, inúteis, daninhas e impuras. Em outras palavras, tudo aquilo que deixarmos entrar em nossas mentes sempre dará fruto."
Esse trecho do livro de Mandino é sensacional. As flores na nossa mente são os pensamentos que nos beneficiam, que trazem paz de espírito. As ervas daninhas são os pensamentos que tiram nossa paz de espírito. Paz é algo que muitos procuram. Dinheiro nenhum no mundo compra a paz de espírito.
Portanto, achar que a paz está no mundo externo é um completo equívoco. Ninguém nos tira a paz. Nós é que deixamos nos perturbar porque o jardim da nossa mente está cheio de ervas daninhas. São os pensamentos acerca do existe no exterior que nos perturba. E podemos mudar isso, basta que arranquemos as ervas e plantem os flores. Isso significa substituir os pensamentos que nos perturbam por pensamentos que trazem paz.
É uma questão de cultivo, como ensina Sêneca. Deus nos deu um cérebro perfeito, o que planto nele é que determina minha felicidade. Cultivo exige tempo e dedicação. Estamos reservando um tempo para ter pensamentos-flor? Ou estamos no piloto automático e deixando crescer pensamentos erva daninha? James Allen disse que se negligenciamos cresceria ervas daninhas.
Reynolds ressalta que devemos adubar a mente com novas idéias. Temos feito isso ou nossa mente é estéril? Não tem crescido nada nesse terreno?
Então vamos ao exemplo do trânsito. Duas pessoas passam pela mesma situação, um estraga seu dia e o outro passa tranquilo. A situação externa foi a mesma, o que muda é o jardim onde esta situação vai parar.
No jardim daquele que brigou no trânsito tem ervas daninhas, pensamentos perturbadores, que o prejudicam. Ele briga, xinga, fica nervoso, faz mal para a própria saúde e perde a paz, que aliás não tem verdadeiramente. Depois ele chega nervoso no trabalho e desconta nos colegas. Tem um dia terrível e desconta na esposa e nos filhos. Fica revendo mentalmente a situação e não consegue dormir. Como dormiu mal a noite tem um novo dia de estresse em que perde a paciência por pequenas coisas e interpreta tudo como pessoal.
No jardim daquele que nem se abalou com o incidente no trânsito há flores. Ele logo pensa que não é pessoal. Chega até a imaginar porque o fecharam. Pode ser um iniciante sem experiência, ou essa pessoa pode estar distraída diante de uma problema sério. Quem tem flores na mente até agradece por não ter o mesmo problema daquele que o fechou no trânsito. Por que ele age assim? Porque andou plantando flores, adubando o jardim da mente com idéias de paz, não de mal.
Por que o estressado age assim? Porque não prestou atenção ao que vinha à mente e deixou as ervas daninhas proliferarem. Não as arrancou, pois nem percebeu. Nem percebeu que tipo de pensamentos vinha cultivando. Mas pode mudar isso. Pode iniciar a limpeza nesse jardim. Pode arrancar as ervas daninhas e plantar flores. Nunca é tarde demais. Um terreno muito mal cuidado exigirá certo esforço, levará algum tempo, mas se ele se focar no progresso, um dia as ervas daninhas vão embora e finalmente ele terá paz.
Que tenhamos o cuidado de arrancar as ervas daninhas da nossa mente, toda vez que ela insistir em aparecer no nosso jardim. Que tenhamos pensamentos de paz.
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