quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Não olhe fora de si mesmo procurando a causa do problema

É uma ilusão procurar no outro a fonte de seu problema. A maioria das pessoas tem o costume de fazer isso,  inclusive eu.

Sei que é muito difícil assumir nossa parte. Mas como diz o Erico Rocha isso é um músculo,  devemos nos esforçar para tornar automático algo que para nós é difícil,  e isso só ocorre com muito treino e conscientização.

Vou citar o problema que me levou a procurar por uma atividade alternativa. Mary Kay foi meu refúgio e ter tido essa oportunidade foi uma das melhores bênçãos que Deus me deu. Então o problema na verdade se transformou em bênção. E eu tenho a oportunidade de compartilhar essa bênção com outras pessoas e enriquecer a vida de outras pessoas. É o que tem acontecido com algumas pessoas que fazem o negócio comigo, tanto consultoras como anfitriãs.

No meu serviço principal deparei - me com uma pessoa que queria um cargo de confiança.  No entanto, ela queria da forma fácil.  Cada um tem uma estratégia e cada um é bom em alguma coisa, até aí não era da minha conta.  Ocorre que nada na minha vida foi fácil e eu gosto mesmo é de construir. Não gosto de nada mastigado dado na minha mão,  quanto mais exigir meu esforço melhor. Nós duas temos qualidades,  no entanto são estilos completamente diferentes.   Não sou acomodada e gosto de estar sempre ocupada, então passei em um vestibular para fazer uma faculdade na FATEC, destaquei - me lá por ter passado em primeiro lugar e fazia tempo que tinha feito o ensino médio,  achei que nem passaria no vestibular.  De certa forma, consciente ou inconsciente, isso a irritou e ela começou a jogar indiretas a respeito do curso. Não sei exatamente o que a irritava, se o fato de ter me destacado ou o fato de ela estar pleiteando um cargo e não se esforçar para trazer cursos ou outras formas de mostrar que merecia o cargo. Era amiga íntima do chefe, viajou com ele e este frequentava a casa dela, inclusive ele chegou a cozinhar na casa dela.  Até aí isso realmente não era da minha conta. Nada muito claro nem explícito quanto ao curso,  mas fpi nessa epoca que ela tomou uma força gigantesca, inclusive assumindo um cargo de chefia informalmente,  isto é,  não era chefe pelo Estado, eles (os chefes) lhes conferiram o poder de mando sobre os funcionários. Então chefe fora da lei, pois não era nada legalizado.  E ela se sentiu mais poderosa ainda e eu desisti do curso, apesar de ter notas muito boas, pois realmente levo a sério tudo que faço nem que seja uma segunda faculdade. Não fazia o curso para disputar com ela, mesmo porque meu cargo não tem essa de evoluir por cargo de confiança.  Fazia porque gosto de estudar mesmo. Para mim é até lazer.  Então de fato não me importei muito de desistir. Já era pós graduada, já tinha certificados internacionais. Nada que faria uma diferença grande para mim.

Passou muito, mas muito tempo mesmo e finalmente o amigo íntimo da criatura passou a ter poder de decisão.  Incrível como foi ele assumir e acontecer algo comigo. Claro que foi estranhissimo e eu estranhei isso.  Inclusive atrapalhou meu serviço.  Se fosse qualquer brincadeira ou comentário que não atrapalhasse o serviço tudo bem. O incrível é que ela usou o que aconteceu comigo contra mim. Parece um absurdo mesmo. No entanto, ela usou o próprio aparato do Estado, por motivos estritamente pessoais, para me prejudicar. E ele aceitou isso.  E ele ao invés de cumprir a lei que pede que se for amigo íntimo declarar - se suspeito, não cumpriu isso.  Fingiu que nem era amiga intima e levou isso adiante. E ela não tinha nada concreto, apenas boato e opinião.  Um verdadeiro absurdo. E eu tive que me defender com todas as forças que tive contra os boatos e opiniões. Pedi uma diligência com um especialista.  Ele provou que a opinião dela estava errada. Pedi juntada de um documento que provava que os boatos e opiniões dela estavam errados. E finalmente pedi uma diligência com um especialista acerca do problema que ela usou contra mim, claro que essa diligência foi negada. Os dois que eu tinha pedido já tinham provado que ela estava errada.  Esse provaria muito mais.

E qual foi a causa de tudo isso?  O autor pede para não olhar para fora procurando a causa. Portanto, assumo a minha responsabilidade.  Sabendo ser ela amiga íntima do chefe, deveria supor que ele não se declararia suspeito. Deveria escolher entre sofrer todas as brincadeiras bobas, comentários e a liderança irregular e sobretudo acusações absurdas. Havia várias soluções. De qualquer forma havia vários problemas e eu tinha que escolher um deles. Sim, sempre haverá desafios e escolhemos o que achamos que suportaremos melhor.

1. Liderança irregular? Para que passei num concurso disputadissmo para ser diversão dela e sofrer acusações absurdas? Solução aceitar isso.
2. Posicionar-me correndo o risco de me dar mal porque ela é amiga do chefe? Solução de não aceitar isso e ser uma cidadã que se defende.  Não estaria meu imposto pagando o salário dela e o dele? E pensar que pagamos imposto para pagar vencimentos de muitos e muitos casos semelhantes ou piores...

O que é pior? O que é melhor? A maioria das pessoas escolheria a primeira alternativa. Ouvi pessoas dizerem que todos percebem isso,  mas que acontece  em todos os lugares. Então a solução primeira é acomodar - se com algo que sempre acontece. Viveria um problema diário?  Claro que sim. Não é melhor ter um dia a dia sem ansiedade, estresse e preocupação?

Segunda opção.  Posso até sair prejudicada, mas sei que lutei até o fim, que me posicionei,  não fui acomodada. Mas que foi escolha minha,  isso foi. Havia a alternativa de não me defender e assumir uma responsabilidade que não tinha apenas para agradar a ela e ao chefe.  Porque do que cabia a minhas decisões,  não estava me opondo a nada às vontades dela. Não quer o curso, tudo bem. Quer desse jeito, tudo bem. Só não acho certo assumir uma responsabilidade que não é minha e nem ter direito de me defender porque a criatura é amiga do chefe, e isso vai acontecer sempre, não importa onde vamos.

Por isso, estou conhecendo um modelo novo. Que ao invés de me estressar me tira o estresse. Ao invés de ser pesado,  é leve. Que não tem essa de ser amiga de chefe.  Além disso, passei por uma mudança e onde estou atualmente não tem esse tipo de absurdo. Mudanças podem ser muito boas.  E tirar uma lição de problemas é maravilhoso. Sem querer ela é o amigo íntimo dela me fizeram conhecer Mary Kay. Talvez não fosse por isso estaria acomodada. Não conheceria outros lugares melhores.

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