Agora o pergaminho pediu algo muito difícil mesmo. Já quando falei em amar quem pensa diferente obtive feedback de que isso é ser bobo, trouxa, idiota, capacho. Imagina amar os inimigos. Penso que é fácil amar quem pensa diferente, afinal ouvi muitas vezes que a unanimidade é burra e concordo. Quando todos pensam igual não há como melhorar nada. Supondo que são decisões empresariais, se ninguém consegue ver nada diferente, uma reunião é totalmente improdutiva. As pessoas têm que enxergar pontos fortes e fracos de tudo. E quanto mais opinião, discussão, melhor uma decisão pode ser tomada. Quem pensa diferente apenas pensa. Não faz mal algum.
Um inimigo é mais profundo. É alguém que faz algum mal a você. Mal concreto, não estou falando de imaginação. De fofocas, boatos, estou falando de uma ação direta e concreta contra você. Muitas pessoas tem inimigos imaginários. Acho que falam mal de mim, acho que não gostam de mim, acho que... Ouvi falar que... me disseram que... Isso é muito frágil, ninguém é inimigo por fofocas, por falatório, por ouvir dizer... Ninguem faz mal por fofocas, embora a fofoca seja terrível e pode levar a um mal concreto, por isso não gosto e fujo tanto de fofocas como de fofoqueiros. Estamos falando de um inimigo mesmo, de um mal concreto. E como amar esse inimigo? E como enaltecer esse inimigo? Sinceramente eu não sei. Não tenho inimigos. Não que eu saiba. A única pessoa que me faz males concretos foi aquela que já contei a história aqui no blog várias vezes. Sinceramente não sei como amá-la nem como enaltece - la. Embora não tenha nenhum sentimento contra ela, apenas conto o que ela fez para que outros que sofram com o mesmo problema saibam que não estão sozinhos e possam sair dessa situação, pois é possível. Hoje já não mais estou refém dela. Quero apenas que sirva como estudo de caso. É apenas educativo. Nem quero condenação para ela, pois isso está nas mãos de Deus. Penso em um estudo de caso educativo para quem sofre com isso, nem é para ela, pois sei que ela mesma é um caso sem solução. Ela só mudaria se quisesse, e está bem claro que ela não quer. Vai continuar a se aproveitar da situação de ser amiga íntima do chefe para botar terror.
Leio todos os dias o pergaminho e vou continuar porque também preciso de uma solução para isso. Por enquanto só são perguntas. Mas tenho certeza que vai continuar a trabalhar no meu inconsciente e um dia vou acordar não concordando com a ação, porque isso é impossível do ponto de vista ético e moral, mas amando essa pessoa. Pena eu já tenho. Também já sei que precisava passar por isso para desenvolver outras habilidades. Sem isso jamais teria pensado sequer em ser Consultora Mary Kay. Então também não seria da Polishop. Foi por causa dela que estou na Mary Kay e na Polishop, então foi bom. Foi necessário. Mas amar? Tenho muito a aprender e entendo quem acha que isso é idiotice. Será que tem que ser muito evoluído ou muito idiota para amar alguém que te fez mal?
De qualquer forma, amar é diferente de concordar ou não reagir. Amar não é ser capacho. Os pais que amam e educam não se limitam a fazer a vontade do filho. Corrigem pois sabem que é necessário, amam ao corrigir. Os pais que se tornam escravos dos filhos e fazem todas as vontades será que amam mesmo? Será que constroem um bom futuro para o filho?
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