"Entrai pela porta estreita. Pois larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ele. Mas estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que a encontram." Mateus 7:13-14
Geralmente, os homens acham que apenas pecados grandes, aqueles que chamam a atenção são os que conduzem à perdição. Estão incluídos aí assassinatos, roubos tráfico de drogas, corrupção, estupro, pedofilia... enfim, a lista é longa. E por isso esquecem das pequenas atitudes do dia a dia. Óbvio que prioritariamente são crimes horrendos. Porém óbvios demais.
Se prestarmos atenção, a população em geral não comete esses crimes, então seria larga a porta que conduz para a vida e estreita a que conduz à perdição. Jesus está nos alertando que largo é o caminho que conduz à perdição. O inimigo é astuto. Ele coloca pequenos pecados em nossa vida que nos conduz à perdição. Nesse mundo, o mais fácil é pecar do que ser íntegro diante de Deus. No entanto, muitos estão desapercebidos, estão achando que isso não tem nada, aquilo não é nada.
Na parábola do servo vigilante em Lucas 12, Cristo está alertando que muitos estão dormindo e andando nesse caminho largo sem perceber. É muito fácil andar no caminho largo, o caminho estreito exige mais pausa, ele é mais acidentado, ele é uma subida, enquanto o caminho largo é suave, uma descida.
Uma vez escolhido o caminho, o inimigo fará de tudo para nos tirar do caminho correto. Ele nos convencerá de que isso não faz mal, que aquilo pode, que não convém observar as escrituras, afinal é mais fácil deixar a Bíblia aberta no Salmo 91 do que ler e estudar, meditar nas escrituras para saber qual o caminho. E o inimigo colocará pessoas que deram abertura para ele, que estão andando no caminho largo, para nos convencer a sair do caminho.
Buscar o reino dos céus é trazer pessoas para o caminho estreito, esse que vai para cima. Aqueles que estão no reino do maligno vão querer nos levar para o caminho largo. Cabe a quem escolheu o caminho estreito estar vigilante para não fazer curvas que levam ao caminho largo.
Existem exemplos bem fáceis do nosso dia a dia. Uma pessoa passou em primeiro lugar num curso. O inimigo coloca a inveja no nosso coração. Um primeiro lugar não se compra, mesmo que a pessoa tenha dinheiro, também não se conquista com lábios lisonjeiros. O que é mais fácil? Reconhecer a inveja e orar a parte final do Pai Nosso? "Mas não me deixe cair em tentação, mas livra-me do mal" ou é mais fácil dar um jeito de difamar e acabar com essa pessoa, dando vazão à inveja? Será fácil reconhecer a inveja ou negá-la? O que é mais fácil, elogiar e se inspirar, estudando com afinco para também conseguir um primeiro lugar ou acabar com a pessoa? A maioria das pessoas escolhem o caminho largo: negar a inveja, ao invés de trabalhar esse conflito interno. No que concerne à inveja, a maioria está no caminho largo.
A inveja é do inimigo. Não parece um crime grave, mas acaba com o invejoso, pois ele perde a paz. O que seria encaminhar-se para o caminho estreito? Confessar a Deus que sentiu inveja. Orar a Deus para perdoar. Confessar que faz parte do pecado humano, confessar que sozinho está difícil, mas com Deus conseguirá eliminar a inveja. Pedir a Deus para não deixar cair na tentação de tentar derrubar a pessoa. Pedir a Deus para livrar desse mal. O Pai Nosso ensina que Deus é que nos livra do mal. Confessar nossa fragilidade e disso fazer força. Paulo dizia que quando ele estava fraco é que tinha força. Como assim? Ele tirava força de cada fraqueza. E com certeza todos têm fraquezas, até Paulo tinha. Isso é do ser humano. Mas fortes são os que confessam e lutam contra o mal, não contra pessoas que involuntariamente nos fazem sentir mal.
O mal está em nós, como foi ensinado no Pai Nosso. É uma oração poderosa pois não fica focando no outro. Não fala que o outro deve fazer isso ou aquilo. Somos nós os responsáveis por escolher o caminho. Largo ou estreito. Onde todos estão andando ou aquele pouco percorrido porque exige mais de nós. Ninguém pode nos tirar do caminho estreito, ninguém nos obriga a mentir e ir para o caminho largo. Afinal de contas, a salvação é individual. Não é porque a maioria anda pelo caminho largo, que andaremos também.
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