segunda-feira, 18 de junho de 2018

Discurso ou verdade?

"Nem todo que me diz: Senhor,  Senhor!  Entrará no reino dos céus,  mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" Mateus 7:21

Jesus alerta para a distância que há entre discurso e verdade. Ele mesmo diz que nem todos que se dizem cristãos entrarão no reino dos céus.  É preciso sair do nível do discurso.  Sair do raso para entrar no profundo. O discurso é raso, a prática é profunda.

Para entrar no reino dos céus é preciso fazer a vontade de Deus.  E como descobrir qual a vontade de Deus? Jesus veio para ensinar os homens.  Quantos cristãos sabem o que Jesus disse?  Se fizessem uma série de perguntas,  saberia responder?  E por que não sabem?  Porque não vão à fonte que é a Bíblia.  Ainda estão no raso. Estudar profundamente a Bíblia é que mostra qual a vontade de Deus.  Saber o que Jesus ensinou é um primeiro passo,  o mais importante é praticar.  E foi isso que Jesus ensinou nesse versículo.

Quando o homem está centrado muito no seu ego, ele acaba por não fazer a vontade de Deus.  O Sermão da Montanha ensina muito sobre a psique humana. Mesmo muitos séculos antes de estudarem cientificamente a mente humana, Jesus já sabia quais os males humanos.  Isso porque Ele nos fez e sabe muito de nós pobres humanos.  A oração do Pai Nosso nos ensina a pedir para Deus nos livrar do mal. E o mal está no nosso ego. Ao invés de olhar o outro,  ganharíamos muito ao olhar nossos débitos e focar no mal que se aloja em nós,  para nos livrarmos dele.

Augusto Cury estudou o Pai Nosso.  São dois volumes e o segundo é intitulado "A sabedoria nossa de cada dia". Ele é médico psiquiatra e pós graduado em psicologia  e estudou Cristo sob os aspectos de sua sabedoria e da psique humana.  E ficou impressionado a ponto de sair do ateísmo para ser cristão. Jesus sabia muito sobre a psique humana, mesmo na simplicidade,  pois era um marceneiro antes de dar grandes discursos como o Sermão da Montanha.  Só resta a alternativa de ser divino. E foi isso que fez Augusto Cury crer.

Segundo Augusto Cury um grande mal é a aprovação social. A pessoa entra em êxtase quando aprovada e se angustia a cada desaprovação ou crítica.  O custo emocional da aprovação social é muito alto. Como já visto, Jesus tratou dessa aprovação no Sermão da Montanha.  Muitos sofrem por causa da necessidade de aprovação social. Não faças tocar trombeta para se mostrar aos homens. Prefira a aprovação do Pai que vê em secreto.  Quantas injustiças não foram feitas por aqueles que necessitam da aprovação social a qualquer custo?  Muitos não tem escrúpulos para conseguir aprovação social.

A necessidade de ser o centro da atenção é outro mal. Ego puro. Ego grande. Para ser o centro da atenção a pessoa dramatiza seus problemas.  São falantes teatrais.  Falta profundidade.  Coloca muita atenção da aparência física.  Quantos males não foram feitos por causa da necessidade de alguns de ser o centro da atenção? Quantas pessoas honestas e trabalhadores foram derrubados por que alguns sentem que o outro chamou atenção?

A necessidade de poder é outro mal. A pessoa se torna controladora e dominadora.  Parece forte exteriormente,  mas é fraca interiormente.  É autoritária e destrutiva.  Se sentem ameaçadas por pessoas inteligentes. Quantas brigas insanas por poder já ocorreram?  Quantas pessoas foram massacradas por que alguém necessitava mostrar seu poder?

A necessidade de estar certa é outro grande mal. A pessoa é perfeccionista,  defende-se ao extremo, se tornam defensivas.  Falta humildade de reconhecer as falhas, ignorâncias,  erros. Quantos prejudicaram os outros para esconder seu erro ao invés de assumir?  Quantas mentiras foram contadas para esconder o erro? Quanto a males para esconder o erro?

No nosso estudo de caso, Sra Drama tinha necessidade de tudo isso, porque seu ego é gigantesco. O ego que a faz sofrer, é necessário orar o Pai Nosso atenta ao significado.  Perdoa meus débitos,  assumir que comete erros. Assim como perdôo os meus devedores: ter a capacidade de ser flexível com as falhas dos outros,  pois ninguém é perfeito.  Não me deixe cair em tentação: saber o quanto se cai nas armadilhas do ego e ter consciência de seu ego. Mas livra-me do mal: querer se livrar do mal, não descontar a sua frustração pelas necessidades não atendidas no outro. Muito menos negar o mal.

Sem cumprir pelo menos o Pai Nosso é apenas discurso quando diz na segunda maldade ser cristã.  Cristo não aprova isso.  Dizer que é cristão da boca para fora, sem entender o verdadeiro significado.  Sem entrar com mais profundidade no significado de ser cristão.  Não devemos usar ser cristão como uma máscara.  É preciso mais compromisso com ações cristãs.  Ninguém é perfeito,  vai cometer erros, mas é preciso reconhecê-los e confessá-los. 

Jesus pede transparência,  não máscaras.  É por isso que criticou religiosos da época que usavam máscaras e perdoou pecadores que confessaram e se arrependeram de seus males.


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