"Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, pois desfiguram o rosto para parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará." Mateus 6:16-18
Jesus fala do jejum, pois muitos hipócritas jejuavam apenas para se aparecerem. Eles desvirtuavam a finalidade do jejum, que é a proximidade com Deus, que é fazer o espírito prevalecer contra a carne. A recompensa do jejum é poder de Deus na vida na pessoa. Quem recompensa é Deus.
No entanto, a finalidade dos hipócritas não era o poder de Deus. Era viver de aparências, portanto eles não recebiam o poder de Deus. Pelo contrário, Deus enviou Jesus para mostrar o quanto era mau o que faziam.
O mesmo pode acontecer com outras atitudes que tomamos na vida. São para glorificar a Deus e estar próximos dEle ou para se aparecer aos homens? Deus que sonda todos os corações e sabe o que pensamos antes mesmo de abrirmos os lábios sabe. E Deus não quer aparência, ele quer essência.
Um exemplo é o desvirtuamento do choro. Uma atitude que parece apenas tristeza. Muitos usam como arma. Muitos usam como instrumento de manipulação, muitos usam como prática de maldade. Muitos usam como autopiedade, escondendo a inveja.
Cada vez que o homem estuda o comportamento humano, ele verifica o quão complexo é o ser humano. Nossas percepções podem nos enganar. Gerald Schoenewolf, Ph.D. escreveu para o blogue Psych Central. Ele é um psicanalista que atua em Nova York e tem experiência de 37 anos. É autor de 13 livros e escreveu 20 peças que ganharam prêmios em festivais. O texto dele, intitulado "7 Kinds of crying and what they mean", explica que há 7 diferentes tipos de choro.
Na Bíblia, é contada a história da mulher pecadora que chorou aos pés de Jesus e ungiu os pés com unguento. Ela chorou por se arrepender de seus pecados. Os bem aventurados que choram do Sermão do Monte são os que choram de arrependimento e transformação. Os que são transformados em Cristo.
Existe o choro por ira. Pessoas choram porque não conseguiram o que querem. Essas pessoas estão pedindo por atenção. É uma insegurança. Assim, explicou o psicanalista.
Existe o choro para manipular. Essas são as lágrimas de crocodilo. É feita para fazer alguém sentir culpa, ou ter dó, ou fazer com que alguém pare de discordar da pessoa. Assim Gerald descreve o choro dos manipuladores.
Existe o choro de auto piedade. As pessoas sentem dó de si mesmas. Dá o exemplo de uma mulher que fica sabendo que a amiga ganhou na loteria e ao invés de ficar feliz pela amiga, começa a chorar e sentir pena de si mesma. O objeto é aliviar a pena que tem por si próprio e também fazer com que os outros sintam piedade dela. Assim descreve Schoenewolf.
Muitas pessoas vivem de aparências e usam algo que originalmente seria bom para intentos que não agradam a Deus.
Deus quer a essência da pessoa. Jesus insiste que devemos falar diretamente a Deus, sem causar dramas, sem encenar, sem teatralizar. E o Pai, que vê em secreto dará a recompensa. A Palavra chave é o SECRETO, fazer para Deus, não para os outros sentirem piedade. Nada de cenas, nada de dramas.
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