"Guardai-vos de praticar vossos atos de justiça diante dos homens, para serdes vistos por eles. Se o fizerdes, não tereis galardão junto de vosso Pai que está nos céus. Portanto, quando deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saibas a tua esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola seja dada secretamente. Então, teu Pai, que vê em secreto, te recompensará." Mateus 6:1-4
Parabéns a quem pratica atos de justiça, mas devemos prestar muita atenção ao que Jesus disse. Que eles não sejam feitos diante dos homens. Que nenhum homem queira a glória para si. O problema das pessoas criticadas por Jesus, os hipócritas, era eles quererem a glória para si. No momento em que fizeram isso, perderam o galardão do céu. Isto quer dizer que Deus não reconhecerá este ato e ainda desprezará. A glória tem que ser dada a Deus, e não ao homem.
A justificação é feita pela fé em Jesus. Quem pratica atos de justiça diante dos homens está querendo justificar a si mesmo. E aí começam os problemas. Se já é desprezível diante de Deus pegar a glória para si, imagina na hora em que há distorção? O homem começa a sentir compensação por ser glorificado e então começa até a mentir, dizendo que fez coisas que não fez, para receber glória. A adoração dos pares é extremamente sedutora. A pessoa perde o controle sobre o certo ou errado, passa a ser viciada em ser adorada pelos homens. Comete pecado diante de Deus e aqueles que adoram também cometem pecado, pois é mandamento adorar apenas ao Senhor. A idolatria é um pecado muito sério.
No estudo de caso, Sra Drama era viciada em ser idolatrada, achava que todos deviam adorá-la. E quem não a adorasse deveria ser castigado. Ela fazia isso de dizer que foi boa, que fez muitas bondades para ser glorificada pelos homens. Cobrou da colega ter convidado para sua casa, ter almoçado com ela, como se fossem atos de justiça, como se isso a fizesse adorada. A verdade era bem outra, a colega levou presente as duas vezes que foi à casa da Sra Drama e pagou o almoço nas raras vezes em que almoçaram. A colega poderia estar contando isso para todos, mas não o fez, pois não saiba a esquerda o que faz a direita. E também porque a colega não sente necessidade de ser glorificada, a colega é justificada por Deus. Sra Drama quis dar destaque a isso, tanto que colocou na representação que a colega foi algumas vezes na sua casa. Já na oitiva esse "algumas vezes" passou para "várias vezes". Além de repetir a informação, da segunda vez o fez com aumento. Distorceu para ser glorificada por supostos atos de justiça. Para se dizer boa. Sra Drama não espera a justificação de Deus. Ela mesma se encarrega de se justificar. E se não se arrepender, no juízo final será desprezível aos olhos de Deus. Será Jesus a ressaltar a hipocrisia. Será Jesus a dizer que ela estava tocando trombeta para ser vista e glorificada pelos homens.
Essa necessidade de ser idolatrada explica porque negou o que disse e ainda chamou a colega de louca. No fundo, ela sabe que foi errado o que fez. Errado jogar a indireta e usar a pergunta da colega como motivo para chorar e se fazer de vítima. Ela tentava negar o que fez, esconder, e justificava a si mesma, como se a negação aliviasse aquela sensação de que fez algo errado. E ainda, fazendo-se de vítima, matava dois coelhos com uma cajadada só. Também seria tida como a boazinha coitadinha e seria mais mimada e idolatrada. A colega nem comentou com ninguém sobre a pergunta e a negação e o choro falso, pois não tem a necessidade de expor a Sra Drama. Deus a justificava, não importava o que pensassem. Sra Drama, não acreditando que a justificação vem de Deus, seguia se justificando. Não se importava que tudo estava escrito no livro da vida, que Jesus vai abrir no dia do julgamento.
E era tão simples. Sra Drama seria justificada com um simples arrepender-se e jogar a culpa aos pés de Jesus. O castigo dele trouxe a paz. O castigo que estava sobre ele justifica o homem. Tanto drama, tantas intrigas só para tentar se auto justificar só traz intranquilidade. O mais fácil é confessar e se arrepender. Pena que as pessoas não escolhem o simples, querem o complicado quando são viciadas em serem adoradas.
Adorar a Deus e se confessar pecador é simples, alivia todas as cargas. E justifica. Não, não precisamos ser glorificados, nem idolatrados. Isso é muito complicado, exige muito de nós. Traz uma carga muito pesada.
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