"Ouviste o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno."
No Sermão do Monte Jesus aborda o assassinato. No entanto, ele ensina que as pessoas devem prestar atenção muito antes. A atenção aos pensamentos deve começar quando alguém se encolerizar. Quantas pessoas não se encolerizam sem motivo algum? É só ver as brigas de trânsito, de torcedores de futebol, enfim, essas pessoas não estão dando atenção aos seus pensamentos, pois são os pensamentos que criaram o grande mal que tantas vezes ocorreu entre motoristas e torcedores de futebol. No dia a dia, nas coisas mais pequenas, têm pessoas se encolerizando. E se dizem cristãos.
Chamar alguém de louco também foi condenado por Jesus. Um cristão não pode acusar o outro de louco sem motivo. Não pode xingá-lo sem motivo. Um cristão deve prestar atenção no que está pensando. O mesmo deve fazer aquele que quer evitar grandes males em sua vida, deve pensar antes de sentir raiva. Por que tantos sentem raiva sem motivo? Porque dão lugar ao inimigo. É ele que veio matar, roubar e destruir. É ele que quer roubar a sua paz.
A Bíblia explica em Levítico que Deus abençoa quem obedece. A obediência de uma pessoa que se diz cristã é muito importante, pois é o que lhe dará acesso às bênçãos e às promessas de Deus. Quem obedece recebe prosperidade e paz de Deus. Se um cristão quer paz, Deus só pede obediência à sua Palavra.
No nosso estudo de caso, a pretensa cristã Sra Drama chamou a colega de louca por diversas vezes. Durante vários anos a chamou de louca sem motivo, só porque a colega tinha passado em 1o lugar no curso e estava cursando. Passar em 1o lugar não foi resultado de acordar inspirada, é causa e consequência. A colega estudou muito mesmo, abdicou de vários meses estudando para simplesmente a Sra Drama achar que isso a atrapalhava, que a colega estava brilhando demais. Todos podem conseguir passar bem em algo, ninguém é mais inteligente que o outro, mas o que muda é o esforço. Mas a colega abriu mão, e mesmo assim a Sra Drama continuou. A colega calma nesses anos todos com a Sra Drama. Não dava atenção a isso, não cobrava, não tirava satisfação. A única coisa que a colega fez foi resistir, continuar por um tempo com o curso contra a vontade da Sra Drama, afinal tinha se esforçado tanto, como a Sra Drama pode fazer um mal desses? Achar que os outros devem desistir de seus esforços só porque ela se incomodava? Era apenas opinião da Sra Drama e boatos que ela espalhava. A Sra Drama não conteve o pensamento, ela foi alimentando durante esses anos a ira, mesmo tendo a colega desistido do curso. Ela sentiu também porque as duas chefias anteriores não fizeram o desejo dela. Ambos disseram que a colega era boa funcionária. Ao invés de expulsar o inimigo, Sra Drama deixava-o dominar seus pensamentos.
A colega fez um trabalho com repercussão nacional, muito elogiado. Dessa vez chamaram a colega de louca de uma maneira um pouco mais direta, não nas costas, como estava acontecendo, e a colega fingindo que não via para não ter que discutir. O estagiário que trabalhara apenas um ano pegou dois meses de férias. Isso em janeiro daquele ano. Voltou em março e nesse dia ocorreram coisas estranhas. Ele passou um pen drive para a colega e pediu para ela ler um livro. Depois a colega voltou do almoço e o equipamento dela estava quebrado. Isso atrapalhou o serviço. Ela leu o livro e verificou que o livro tratava de loucura. Achou estranhas as coincidências e usou técnicas de entrevista para extrair do estagiário o que ocorrera. Ele deixou escapar que não fora ele, foi um es... referindo-se ao equipamento. A colega não insistiu, mas ficou muito triste que tenham quebrado o equipamento para obriga-la a ler o livro e a chamar de louca usando esse livro. Foi uma atitude muito infantil e pouco esclarecida, já que ninguém tinha conhecimento psiquiátrico lá, não importam as intenções. Além disso, a colega é focada no serviço, qual o direito de brincar até com o equipamento?
Quando a Sra Drama fez a representação, usou o aconteceu com a colega para acusá-la. Na representação havia várias menções a supostas loucuras, de forma mais direta, mas ainda assim não falando com todas as letras. Sra Drama afirmava enfaticamente que a colega não tinha direito algum de suspeitar, que não havia nada suspeito nisso e que era impossível o equipamento ter sido quebrado intencionalmente, que era só por força divina que daria problema no equipamento. Ela a acusava por suspeitar e ficar triste, já que a colega não fez nada contra a Sra Drama.
Foi por isso que a colega fez questão que a Sra Drama falasse. E fez questão que primeiro fosse esclarecida a questão da suposta loucura. Sra Drama teve que admitir diretamente que achava a colega louca. Ela não admitiu que influenciou todos, mas lógico que todos estavam influenciados ou falaram o que ela quis para ficar livres das garras da amiga do chefe, que àquela altura já era outro, não mais os outros dois que tinham dito que a colega era boa funcionária.
Com certeza Sra Drama trouxe um grande mal para si mesma quando chamou a colega de louca sem motivo. Não é o que Jesus ordena, é o contrário. Isso traz maldição para a pessoa, pois o inimigo é o que tira a paz, quem não está protegido por Deus, está aberto para o destruidor. Mas o mais importante na mensagem de Jesus é o arrependimento, não o erro. É escolha de cada um trazer para si bênçãos pela obediência ou maldições pela rebeldia.
E não podemos ver como vê o homem. Assim que se arrepender, Deus pode fazer uma grande obra na vida dela. Por isso devemos sempre perdoar. Jesus é descendente de Judá, o leãozinho, o mesmo que vendeu José. Judá também tinha feito algo que muitos teriam julgado muito mal, mas foi assim que nasceu Perez, ascendente de Jesus. O homem teria feito um julgamento, mas Deus viu o arrependimento de Judá e o colocou acima de Rúben, Simeão e Levi, que eram mais velhos que ele. Os três praticaram maus atos e não se arrependeram. Eis a diferença. Se Judá não escolhesse se arrepender, também ele seria rejeitado e seria escolhido o próximo mais velho para ser ascendente de Jesus.
Minha oração é que a Sra Drama faça como Judá e seja abençoada. Assim podemos fazer com todas as pessoas que fazem aquilo que não compreendemos e que não aprovamos, pois a aprovação deve vir de Deus, não do homem que é limitado.
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