Dolabela mostra os sintomas: "Otimismo excessivo. Falta de estratégias alternativas. Conflitos não identificados. 'Não se preocupe, eu pensei sobre isso'. Fracasso no cumprimento de prazos. Não procura apoio quando precisa. Crises prevalecem". Ele também mostra a cura: "Seja flexível no planejamento e na antecipação de obstáculos e na forma de superá-los. Enfrente os obstáculos não previstos com confiança, eles sempre existirão. Peça a alguém para fazer brainstorming com você. O que pode dar errado e ser um obstáculo? O realismo é a chave."
Tudo na vida tem altos e baixos. Querer apenas estar nos "altos" da vida é uma fórmula para ser frustrado. Algo que deve estar bem claro para quem busca uma meta é que haverá obstáculos. E é precaução antever esses obstáculos. Antever não para desistir, mas para estar preparado caso surjam.
A primeira dica de Dolabela é a flexibilidade. Por que nos prender rigidamente a um plano? Se algo saiu de forma inesperada, precisamos pensar em diferentes formas de colocar tudo no trilho de novo. Há sempre um caminho, talvez não o mais óbvio. A fé dos amigos do paralítico que foi curado por Jesus mostra essa flexibilidade. Não era possível acessar Jesus pelo meio convencional, havia uma multidão. Eles poderiam desistir, mas usaram a cabeça. Se não podia ir pelo jeito convencional, então foram pelo teto. Trouxeram o paralítico até Jesus por cima. Quantos de nós pensaríamos numa solução dessas? Será que eles pensaram anteriormente acerca desse obstáculo que era a multidão? Onde encontraram uma escada, ferramentas para tirar a telha, para içar e baixar o paralítico? Foi preciso flexibilidade para essa solução.
Os amigos do paralítico tinham fé, confiança? Claro que sim, porque se fossem pessimistas teriam se lamentado de fazer viagem perdida. Lembre-se que naquela época era a pé ou no lombo de um animal. Ou poderiam ter pensado que não valeria a pena ir pelo teto, que aconteceria um acidente, que mesmo que conseguissem, Jesus poderia não atendê-los. Mas não. Mostraram muita fé e confiança.
Dolabela aconselha a pedir ajuda de alguém. O paralítico sozinho teria conseguido? Obviamente que não. Nem pela maneira óbvia por causa da multidão, muito menos pelo teto. Estar cercado de pessoas de confiança nos ajuda muito. Eles podem nos ajudar a enxergar o obstáculo para que possamos ter um bom plano B. Ou um plano de prevenção. O plano B deles foi ir pelo teto. E nós? Costumamos ter planos B? Costumamos ter precaução? Sabemos que haverá obstáculos ou somos otimistas?
A diferença dos amigos do paralítico é um otimismo real. Eles não disseram que não haveria multidão. Eles consideraram a multidão e foram otimistas em achar a solução apesar do obstáculo. Os grandes como eles conseguem APESAR DE. Temos que pegá-los como exemplos. Saber que existem obstáculos e fazer APESAR DE. Ir em frente APESAR DE.
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