sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Você pune ou tolera o erro?

Finalizando com o quadro de Dolabela,  quem tem espaço de si estreito pune o erro. Quem tem espaço de si amplo tolera o erro.

De maneira geral,  fomos educados para punir o erro. E isso estreita nosso espaço.  Podemos punir tanto nossos próprios erros, como os erros alheios. 

Se punimos nossos próprios erros, deixamos de usar nossa criatividade e não fazemos nada ousado com medo de errar.  Se fomos criados num ambiente em que puniam nossos erros, acabamos nos tornando inseguros e medrosos. Nos tornamos o tipo de pessoa que deixa passar as oportunidades pois o medo de falhar é maior do que a recompensa de fazer algo sensacional.  A pessoa fica com um padrão mental "afastando-se de". Esse padrão mental faz a pessoa afastar de tudo que imagina que pode dar errado.  Ela fica temerosa de tudo e não arrisca absolutamente nada. Assim, não faz nada excepcional,  pois todos os que fizeram algo excepcional ousaram em certa medida.

Quando toleramos nossos próprios erros,  temos compaixão de nós mesmos. Tudo bem errar, importa aprender e isso foi um investimento em conhecimento.  Percebemos que a falha de certa forma nos fez crescer e aprender algo, aumentamos nosso espaço.  Se não tenho medo de errar, de forma saudável,  sem arriscar-se demais, tenho o padrão  mental "aproximando-se de". Eu consigo ver o que desejo e aproximo-me da minha meta.

São pessoas completamente opostas. Um se afasta de tudo com medo de dar errado. Outra se aproxima do que deseja pois tem compaixão de si, se por acaso errar. De qualquer forma, o erro é muito menos provável do que nosso temor nos faz acreditar.  Mas muitos deixam de testar algo novo pelo temor.

Se punimos o erro do outro nos tornamos intolerantes.  Achamos que o outro deve ser perfeito.  Nossa expectativa se torna irreal, pois nós erramos, assim como o outro.  Ninguém é perfeito. Portanto esperar isso do outro e punir é uma aberração.  Claro que não estou me referindo à educação e às crianças,  pois métodos são diferentes para crianças.  Também não estou me referindo a erros ilegais,  que obviamente devem ser responsabilizados. 

A Bíblia ensina a não julgarmos para não sermos julgados e também ensina que Deus pedirá conta de todos os atos. Ensina também que Deus não se deixa escarnecer,  o que plantar o homem, ele colherá.  Portanto, de fato há injustiças na vida,  momentos em que somos tentados a punir o erro alheio. No entanto, se de fato confiamos na justiça divina, sabemos que tudo que Deus fizer será bem feito. Nós não conseguimos ver todos os fatos na nossa visão limitada.  Sim,  temos visão limitada.  E quanto mais cientes disso,  mais nosso espaço vai se ampliando.

Que este ano seja ano de "aproximar-se de" nossas metas ao invés de "afastar-se" de nossos temores,  pois nossos medos são infundados na maior parte do tempo. Que possamos tolerar os erros alheios e os nossos,  e assim ampliar nosso espaço. 


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