"Na vida social coloquial, ter a sensibilidade de aprender a se colocar no lugar do outro e perceber suas dores e necessidades psicossociais já é um grande avanço humanístico. Mas, infelizmente, acredito que a maioria das pessoas só tem sensibilidade para perceber suas próprias angústias, desejos e necessidades. O mundo do outro é quase imperceptível a elas; por isso, quando ouvem o outro elas compreendem apenas a semântica seca da palavra que ele profere, mas não os segredos que essas palavras expressam nas entrelinhas, nem o que a expressão facial e o silêncio traduzem."
Cury ensina como avançar humanisticamente e isso se consegue com a empatia. Aprendi a empatia desde criança. O conceito. Mas confesso que nem sempre conseguimos colocar em prática. É mais fácil perceber nossas próprias dores e necessidades. No entanto, o simples fato de sabermos que podemos avançar nesse aspecto, já é um grande passo. Eu costumo apenas estar ciente, perceber meus pensamentos e dizer a mim mesma que eu conseguirei perceber a dor e a necessidade do outro. Mesmo que ele tenha me prejudicado.
Se os seres humanos se preocupassem com as dores alheias, não teríamos tantos miseráveis no mundo, não teríamos pessoas exploradas, não teríamos tanta diferença social. Todos seriam mais felizes.
Assim é o reino deste mundo. Podemos fazer o nosso pouco. Podemos fazer o que está ao nosso alcance pelo próximo. Mas com certeza não podemos mudar o mundo inteiro sozinho. É preciso mais pessoas engajadas, mais pessoas que sintam as dores do outro. Assim pelo menos diminuiriamos muitas desigualdades, muitas tristezas.
Poderíamos ajudar o outro a reescrever sua história, a se realizar, a se completar. Poderíamos ajudar o outro aumentar sua auto estima. A esquecer suas dores, a não ter mais necessidades psicossociais nem físicas. Assim, ele aprenderia a superar essas dores.
Poderíamos muito se tão somente quiséssemos ter essa sensibilidade. Se tomássemos consciência de que o outro sofre, mesmo que aparentemente esteja bem, mesmo que fale que está bem. Ao invés disso, temos a tendência ao julgamento. Para refletir...
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