"O homem moderno tem vivido na superfície da mente, delira em função do consumismo, experimenta um êxtase quando está diante de um jogo esportivo ou de um artista de sua preferência, mas pouco aprecia o mundo das idéias, pouco é estimulado a transitar pelas avenidas do seu próprio ser."
O psiquiatra analisa o homem moderno. Essas observações feitas por ele devem explicar porque estamos no século da ansiedade, da depressão, dos remédios sem fim. As pessoas deliram por consumismo. Se pensarmos bem, precisamos de menos da metade de tudo o que temos, entretanto queremos sempre mais. Trabalho com vendas, sem estimular as pessoas a comprarem o que não necessitam. Trabalho as necessidades e se a pessoa já tem daquele item, sugiro que experimente algo novo, que termine de usar o que já tem. Vender não é meu fim maior, é ajudar a pessoa a descobrir o melhor produto para ela. Tenho um estoque, não pego produtos indiscriminadamente para mim. Uso um, termino, pego outro. Melhor do que ter mil itens iguais, é ter um de qualidade. Qualidade é importante até para questões de saúde. Não é possível colocar produtos não nocivos à saúde por um preço muito barato. Muitos querem vender grandes quantidades, sem pensarem na saúde do consumidor. E isso acho que as pessoas teriam que prestar mais atenção. Eu faço por mim, escolho qualidade por questões ambientais e de saúde. E não preciso de muito, apenas do pouco que é bom. Então, no final o preço sai na mesma. Dois batons de 20 ou um de 40 com qualidade? Por vezes nem terminamos de usar e já venceu. E tem gente que tem um monte de produto vencido que fará mal a saúde.
Muitas pessoas deliram diante de um jogo esportivo. Chegam a brigar. Que desperdício. Outros deliram por um artista. As vezes a vida dessa pessoa é toda torta, trata-se de viciados ou de vidas escandalosas. Estes muitas vezes são os modelos que muitos seguem. E se seguíssemos bons modelos como os homens e mulheres bíblicos? Não estariam eles nos dando mais possibilidades de transitar as avenidas de nosso próprio ser?
Ou poderíamos descobrir nossos anseios verdadeiros. Se o anseio não é ter nem vida escandalosa nem drogada, então os modelos poderiam ser outros. Digamos que a pessoa quer emagrecer. Não apenas por estética, mas por saúde e bem estar. Não há problema em seguir uma celebridade que tenha uma vida saudável. Se a pessoa não quer ficar endividada, não há problema em seguir alguém que ensine educação financeira.
O importante é que não estamos no piloto automático seguindo qualquer um. Definimos o que verdadeiramente nos satisfaz e buscamos apoio em pessoas que sabem mais do que nós para nos orientar. Gosto muito da Bíblia, pois a sabedoria é imensa. Quanto não me custaria ser mentorada por um rei? E quantos reis estão lá nos ensinando? Davi, Salomao... enfim... tem os maus reis também, mas a Bíblia deixa claro que não é o modelo a seguir. E quanto não ganhamos se temos um mentor justo? Tão justo que o próprio diabo foi falar com Deus pedindo permissão para tocar em sua vida, só para ver se a justiça dele só seria na abundância? E quanto válido não seria ser guiado pelo próprio Deus que se fez carne? Jesus está ali nos ensinando.
Para qualquer questão de nossa vida, lá está um grande ensinamento. A Bíblia preenche meus anseios. Leio também muitos outros livros, tanto que minhas reflexões sempre têm como base um livro. É que acho modelos estes autores. E eles acabam sendo verdadeiros mentores para mim. Ajudam-me a transitar nas avenidas do meu próprio ser. Eu descubro muito a cada leitura. E tenho certeza que a reflexão mais algo que coloca em prática me tira do raso, do superficial.
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