Dale Carnegie faz a seguinte pergunta: "Tenho tendências para adiar a vida presente, a fim de me preocupar com o futuro ou ansiar por algum 'roseiral mágico que está além do horizonte'"?
Eu sou uma pessoa precavida e penso bastante no futuro. No entanto, sem preocupações. É por isso que me acostumei a fazer planos, mas não me apegar a resultados. A saber qual a linha de chegada, mas gostar do caminho. A diferença pode ser bem sutil. Explico-me.
A realidade me diz que várias pessoas que dependeram exclusivamente da aposentadoria estão na mão. A precaução me diz que tenho que pensar nisso. A preocupação me deixaria fixada nessa idéia. O desprendimento me diz que se eu fizer um planejamento e ir construindo as bases para uma aposentadoria tranquila, pouco a pouco conseguirei esse intento. Sem pressa, contando apenas com o fator tempo. Não se trata de sacrificar o presente, se trata de pensar lá na frente e despender um pequeno esforço a mais, nada que comprometa o presente.
A realidade me diz que as pessoas adoecem quando idosas. Obviamente que é impossível deter os sinais do tempo, eles ocorrerão de qualquer forma. A precaução me diz que há formas de amenizar e evitar algumas doenças. A preocupação me faria fanática nisso, poderia temer as doenças. Não tenho medo delas, simplesmente acredito que posso vencer várias delas com pequenas ações saudáveis no vida diária, nada que comprometa o meu hoje, pelo contrário, são ações que tem tornado o meu hoje com mais qualidade de vida. Desprendo-me do resultado. Pode ser que adoeça, é o mais comum, mas a causa e consequência me diz que se acontecer terá sido mais suave devido a meus hábitos saudáveis.
Enfim, esses são apenas exemplos. Há vários que poderiam ser usados mostrando diferença entre precaução e preocupação. Aliás, a pessoa precavida tem menos preocupação, pois sabe que fez seu colchão de segurança, que suavizara a queda. Quantos não se preocupam diante da queda porque não colocaram nenhum colchão de segurança lá embaixo? Quantos estão despreocupados por saberem que tem um colchão lá embaixo? Melhor do que se preocupar é ter feito algo para amortecer a queda. Mesmo que não precise, o simples fato de ter o colchão já acalma muito.
E para finalizar, a realidade diz que o roseiral é para poucos. Não podemos negar que existem histórias reais de pessoas com sorte, mas cá entre nós, são raras. A maioria dos pobres mortais se beneficiariam mais sem se preocupar em encontrar o roseiral mágico e fazendo algo concreto para evitar preocupações futuras. O roseiral também pode ser as expectativas em relação aos outros. Preocupação que não leva a nada. A realidade nos diz que mais vale contarmos com nossas ações concretas, não com as ações dos outros. Tanta gente que se frustra e se preocupa com expectativa de ação alheia, com o roseiral mágico...
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