Quem ganha dez mil mensais pode ser mais pobre do que quem ganha cinco mil mensais. A diferença está em como cada um faz a gestão dos seus rendimentos. Tem muitos que empobrecem pagando juros, tem gente que enriquece recebendo juros. Tudo depende se a pessoa tem paciência para esperar uma recompensa melhor ou só visa prazer imediato.
Assim, se alguém que recebe dez mil reais e vive uma vida dispendiosa que muitas vezes não cabe no orçamento, acaba se endividando e pagando muitos juros que seriam desnecessários. Mesmo que não se endividasse e pudesse poupar apenas cem reais mensais, essa pessoa seria mais pobre do que alguém que ganha a metade, mas consegue poupar quinhentos reais mensais.
A diferença não pode ser vista no curto prazo. No entanto, no longo prazo ocorre o poder multiplicador dos juros compostos. Assim, sem nem mesmo considerar juros compostos, é facilmente verificável que quem poupou cem mensais teria mil e duzentos em um ano; seis mil em cinco anos. Quem poupou quinhentos teria seis mil em um ano; trinta mil em cinco anos. Se considerar juros compostos quem poupou quinhentos estaria muito mais rico nos cinco anos considerados e ainda se beneficiaria dos juros, ao invés de ser prejudicado pelos juros.
Então na verdade isso é uma escolha. Ou decide-se por pagar juros, ou por receber juros. E isso simplesmente por uma atitude simples que é poupar. Muitas vezes o padrão de vida nem muda tanto assim, é só fazer escolhas certas. Mas certamente uma escolha simples dessa pode fazer muita diferença no futuro.
Então não existe a desculpa que não se consegue poupar por ganhar pouco. Para tudo é preciso boa vontade. E é melhor com trabalho e de pouco em pouco, porque não é confiável nada mirabolante e que promete ganhos fáceis. A maioria das pessoas que realmente consegue de maneira decente construiu seu patrimônio aos poucos. As pessoas perdem excelentes oportunidades por serem ansiosas e apressadas. E principalmente imediatistas.
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