Essa pergunta foi feita por Augusto Cury nesse livro que estou tomando como base. Ele explica que ideias, pensamentos, reações ansiosas, momento de solidão, período de insegurança é registrado na memória e fará parte da colcha de retalhos da existência. Nós plantamos flores ou acumulamos lixo nos solos da memória.
Dessa forma os estímulos estressantes não podem ser encarados com raiva, ódio, rejeitando-os ou reclamando deles.
O autor pede para entender. Eu escrevo muito sobre o que aconteceu no assédio moral porque isso me ajuda a refletir e entender.
Ele ensina a criticar. Nem sempre a aceitação calada é solução. Podemos criticar o que não concordamos ou não aceitamos. Só assim haverá mudança e progresso.
Ele pede para enxergar multifocalmente. Por outros ângulos podemos aumentar nossa visão. Nosso escopo muitas vezes é limitado. A percepção diferencia-se de pessoa para pessoa.
Ele então prossegue aconselhando a usar como oportunidade para crescer. Depois desse fato que decidi mudar de vida, procurar independência financeira, ter mais de uma opção. Esse fato ainda me deu um motivo para lutar: o assédio moral. Não defenderia essa bandeira se não tivesse sofrido com isso. Talvez até me simpatizasse com a causa, mas defender profundamente só depois de um sofrimento. O fato de eu não desistir diante de dificuldades na busca da independência financeira também é por causa disso. Fica muito mais difícil desistir quando o engajamento é profundo e mexe conosco profundamente. Você sabe exatamente o que quer e porque quer. Fator de motivação sem igual. Eu reescreveria o filme do inconsciente agradecendo essa oportunidade porque me fez crescer. Se não fosse por isso, talvez não teria a motivação suficiente para uma busca. Todos os que sofrem de assédio devem buscar sua independência financeira.
Enfim o autor pede para não ser escravo dos estímulos estressantes. Confesso ainda ser um pouco escrava desse estímulo estressante. Sei que estou me esforçando para que isso passe. Não me conformo mas também não é uma questão de ódio nem raiva. Podia responder na mesma moeda e reclamar meu direito pois chamar-me de louca é muito grave. Quando a fiz explicar direito o que queria dizer aí disse claramente que achava que eu deveria medicar-me. A representação era tão cheia de indiretas como tudo que ela fala, tive que fazê-la falar claramente em vários aspectos. Ela estava fugindo de ser ouvida. O mesmo se dá com o chefe, poderia reclamar o fato de ter escondido ser amigo íntimo dela. Nossa Corregedoria é respeitada e diria que 80% da instituição é séria e respeitável. Não o fiz. Transferi essa questão não para o pessoal, mas para as idéias e acredito bem mais em conscientização e educação. Já fui professora e sempre tentei ser educadora acima de tudo. No que concerne a mim, plantarei flores no solo do assédio. Sempre que vir acontecer, tentarei de alguma forma trazer a conscientização. Vingança é entulho. Educação e conscientização são flores. Um presente a todos que sofrem e até mesmo a quem pratica.
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