Essa dica do Augusto Cury vale ouro mas nós humanos somos tão suscetíveis... quanto mais me conscientizo da importância mais penso. Não que sempre fui exemplar. Sou humana. Mas é muito importante, principalmente para quem quer ser autor da sua história e não quer ser manipulado.
Falei bastante da amiguinha do chefe mas não falei como tudo iniciou. Talvez tenha contado algo o ano passado. É bom que o tempo passa porque distanciamos e melhor podemos organizar nossos pensamentos.
Tudo começou quando passei em primeiro lugar no vestibular da FATEC. Sem querer, isso trouxe destaque para mim. Como não achava que nem passaria, então fiz para manhã e tive que ajustar o horário. Teria que entrar mais tarde e sair mais tarde. Nada que atrapalharia o serviço. Muito pelo contrário, eu rendia mais porque ela interrompia o dia todo para falar mal dos outros. Eu ouvia por educação mas não gostava desse tipo de conversa. Enfim, ela logo disse que eu estava jogando com os horários. Eu simplesmente pedi para que ela explicasse o que estava tentando dizer e aí começou o show. Não pensei que alguém se ofenderia assim só porque tinha que explicar a indireta. Ela negou tudo e o show pirotécnico foi tremendo, com direito a choro, escândalo e tudo. Fiquei assustada e ela começou a dizer que eu era louca, que inventava coisas que não tinha dito. Brigou comigo e me tirou da sala dela.
No entanto, não parou com as indiretas e eu novamente pedi para que explicasse o que queria dizer. Chorou de novo e fez novo show. Disse novamente que estava inventando coisas e que era louca. Muito estranho e curioso. Descobri duas coisas. Ela não poderia admitir que estava contra o curso porque configuraria assédio. A cada show que fazia mais concediam as vontades dela. E por que impedir que alguém estude? Ela estava pleiteando um cargo de confiança. O amigo dela queria dar, mais como se trata de algo público, tinham que convencer também pessoas de São Paulo. Parece que não havia motivo para dar esse cargo. Porque demorou. Enfim, continuavam as indiretas e o assédio mas eu já sabia qual seria a reação. Para não me estressar desisti do curso. Minhas notas eram excelentes. Tenho o histórico comigo como prova. Só desisti porque não queria continuar a resistência. Mas essa resistência inicial ainda me custaria muito caro. Ela é do tipo que deu a indireta já tinham que obedecer, estender o tapete vermelho e ainda beijar o chão que ela passava. E se alguém não fizesse isso de pronto pagaria caro.
Passou uns três anos. Enquanto o amigo íntimo dela não tinha poder de mando foi um paraíso. Só me concentrei no meu trabalho. E meu trabalho se destacou. Não ganharia nada com isso. Nem com o curso. Meu cargo não tem evolução por confiança nem nada disso é já era bem melhor do que o dela até se ela conseguisse o cargo. Aliás, ela poderia prestar o mesmo concurso que o meu e passar. Acho que o meu hábito de estudar que me fez passar. Não foi um momento, foi o acúmulo do que fiz até aquele momento que passei. E continuei sendo a mesma pessoa que gosta de estudar. É da minha pessoa, nada de competição com ela.
Enfim, o amigo dela finalmente assumiu. Aí começou meu inferno. O estagiário que trabalhou por um ano pegou dois meses de férias e quando voltou estranhamente meu equipamento quebrou durante meu almoço. Nem uma hora me ausentei. Antes disso ele tinha me dado um ebook. Como deu problema no equipamento fui ler, fazer o que se não pude trabalhar me ocupei de ler e estranhamente era um livro que tratava de loucura. Achei estranhas as "coincidências" e perguntei o que tinha acontecido. Ele soltou sem querer que não tinha sido ele, foi um es... esquema? Que tipo de brincadeira sem graça. Não gostaria de ver aquilo se repetir mas não fiz nada. Nem queixa para os chefes fiz. Fiquei quieta. Brincadeira sem graça me chamando de louca, mas deixei passar.
E foi aí que ela fez a representação contra mim. Usou o que aconteceu dizendo que eu não poderia dizer que foi proposital, que era impossível alguém ter causado o problema, só se tivesse poderes divinos e que eu era louca. Chamou pessoas para dizer que era impossível acontecer e para reforçar a idéia que era louca. Foi aí que pedi para um psiquiatra dizer se ela era médica mesmo e se poderiam acreditar em tal barbaridade. Foi aí que pedi perícia, mesmo que indireta, com base em como foi consertado para mostrar se ela tinha mesmo razão quando jurava que era impossível ser provocado. Foi trocada uma peça, era só danificar a peça. E ela jurando que só se tivessem poderes divinos aquilo ocorreria... enfim boato e opinião. Deixaram o psiquiatra falar mas não alguém que entendia do equipamento.
Enfim, eu mesma nem cheguei a fazer reclamação formal, eu que fui lesada. E é ela que fez... Como ela teria razão? Só na mente do amigo íntimo dela. Duvidava que um terceiro imparcial achasse aquilo normal e digno de me condenar. Afinal lesão mesmo foi de um equipamento público. Isso tem custo de mão de obra e da peça, quem pagou? O contribuinte, não foi o amigo íntimo. Eu fiquei sem trabalhar enquanto não consertou, quem ficou lesado? O interesse público. O amigo íntimo estava fazendo de tudo para dar destaque para ela conseguir o cargo de confiança. Quem paga ele querer recompensar pelas idas que fez a casa dela e as viagens que fez com ela? O pagador de imposto. Meu amigo, a gente sempre paga, porque também sou contribuinte e estava trabalhando com seriedade.
Talvez caí nas provocações dela. Achei que sabia quando ela manipulava e eu mesma fui manipulada. Esse foi um péssimo negócio mas não sei de deveria continuar deixando as brincadeiras, se elas piorariam. Não tenho idéia. Distância é que é bom quando a pessoa sabe usar a manipulação para fazer a pessoa agir como ela quer.
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