quarta-feira, 15 de junho de 2016

Ser assertivo com foco no estado emocional da pessoa

Margarita cita o estudioso que aconselha decidir sentir empatia e compaixão.  Ele pede para imaginar que o intimidador está agindo dessa maneira porque está profundamente infeliz com algum aspecto da vida dele. Não tem relação com você.  O estudioso continua explicando que escolher pensar assim não significa tolerar comportamentos ruins, abusivos ou inaceitáveis.  É bom lembrar que você merece ter voz ao interagir com as pessoas.

Nem sempre é fácil pensar dessa forma. Concordo que é a melhor forma de pensar e faz todo sentido. Uma pessoa feliz e realizada não tem porque tratar os outros de forma intimidadora.  Ele consegue transmitir qualquer mensagem sem intimidar os outros e sem exigir dos outros atitudes que não são razoáveis. Ele sabe ouvir. É diferente ter um momento ruim, explosivo, de ter um comportamento repetidamente agressivo e abusivo. Momentos todos têm,  e conseguimos detectar abusadores quando não se trata de uma atitude isolada que depois você vê arrependimento. Todo ser humano é falho e devemos tolerar essa falha. Quando se torna repetitivo, então não é falha. Mesmo assim podemos escolher ver com compaixão.

Ainda que tendo compaixão, temos que saber diferenciar o limite. Eu tenho compaixão de pessoas assim, mas sei que existem limites e sei que não posso ser lesado por causa disso. Comportamentos ruins tem que ser cortados,  é como na criação de um filho. Os pais amam os filhos, mesmo assim cortam os comportamentos ruins. Comportamentos abusivos devem ser cortados. Eu posso ter muita compaixão de alguém,  no entanto não posso deixar essa pessoa abusar de mim. Comportamentos inaceitáveis são o que são: inaceitáveis.  

Esse equilíbrio parece ser bem difícil. Cabe a cada um saber o que tolera e quais são seus valores para decidir sobre seu direito de ter voz e ser assertivo. Voltando à primeira dica: Por mais compaixão que você tenha, ninguém tem o direito de fazer o outro ir contra os próprios valores.  Ninguém tem o direito de anular o outro, não importa o quão superior essa pessoa acha que é.

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