quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Competição do bem X competição do mal - somos seres competitivos?

O mesmo plano de negócio praticado atualmente foi o escrito por Mary Kay Ash há mais de 50 anos. Eu até hoje admiro esse plano e o vejo sendo colocado em prática diariamente pelas pessoas que seguem a idealizadora. Ao entrar, pensei que era apenas discurso, mas atualmente com quase 6 meses de Mary Kay ainda não encontrei falha. E olha que meu senso crítico é bem aguçado.  Questiono tudo e sou extremamente observadora. Dificilmente alguém me engana com discurso bonito.

Gostei do plano porque ele incentiva as pessoas a trabalharem em grupo, se ajudarem e a torcerem pelo outro. A vitória das pessoas do grupo é o desejo de cada iniciadora e de cada diretora. Inegável que sempre houve competição entre as pessoas, mesmo que no mais escondido do ser, uns mais competitivos que outros, umas competições do bem e outras competições do mal. As competições do bem são maravilhosas, movem as pessoas, tiram os acomodados da zona de conforto sem prejudicar ninguém.  As competições do mal são extremamente ruins, prejudicam pessoas inocentes e esforçadas em prol do espertinho. E acredito que esse plano contribui para a competição do bem e evita a competição do mal.

Como Consultora de beleza, há o incentivo para evolução. Como a consultora faz parte de uma unidade, ela olha o desempenho das colegas e se inspiram nelas, vendo que é possível alcançar certos resultados como os prêmios trimestrais, viagens, subir degraus na carreira. No entanto, cada uma tem desempenho independente da outra e é incentivada a bater suas próprias metas, sem possibilidade alguma de intervir no resultado da colega. Estamos falando do nível horizontal.  Em nível vertical,  a consultora sempre terá alguém acima dela. Essa pessoa estará sempre torcendo por ela. Não há possibilidade de ciúme,  preservação de cargo com medo da competência da descendente. Muito pelo contrário,  como há bonificação pelo desempenho da ascendente, o quanto melhor elas treinarem a descendente, melhor será para elas. Então a consultora já entra com torcida certa, com gente querendo que o desempenho dela seja bom e disposta a ensina - la a atingir níveis sempre melhores. A consultora é incentivada a formar sua equipe. Não há briga por chefia, por quem consegue cargo. A regra é simples.  Basta inscrever novas consultoras para a empresa. Nesse nível também não existe concorrência.  A consultora sabe que o quanto melhor ela treinar sua descendente, melhor será para ela e para a carreira dela. Não existe o ciúme da clientela,  consultora querendo ser a única.  Ela convida outras pessoas para serem consultoras porque isso será bom para ela, sem disputas, apenas adicionando. E cada vez que ela adiciona,  mais ela estará perto de se tornar diretora, portanto melhor para ela.

Como Diretora, não há disputa com as descendentes. Toda Diretora quer ensinar seu melhor para que suas consultoras se tornem Diretoras. Em muitos locais vemos pessoas querendo ser a única e a poderosa. Em Mary Kay quanto mais se ajuda as pessoas a crescerem, mais se cresce. Quanto mais Diretoras formarem,  mais perto estará de ser Diretora Nacional.

Como Diretora Nacional, a meta será formar mais Diretoras e mais Diretoras Nacionais. Ela não quererá o cargo só para ela, escondendo todos os segredos para crescer. Muito pelo contrário,  ela tentará que outras pessoas alcancem o mesmo patamar que ela, porque receberá bônus por cada Diretora nova e por cada Diretora Nacional nova. O crescimento em Mary Kay é ilimitado e o país é enorme.

Assim, vejo esse plano como muito inteligente no combate às competições do mal. Quem já sofreu com pessoas querendo se dar bem com certeza apreciará esse plano de negócio que privilegia o mérito de cada um.

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