segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Pergaminho número 7 - Rirei do meu mundo

"Jamais permitirei tornar-me tão importante,  tão sábio,  tão imponente e tão poderoso que me esqueça de como rir de mim mesmo e do meu mundo. Assim, sempre permanecerei uma criança,  pois apenas como criança recebo a capacidade de erguer os olhos para os outros; e quando erguer os olhos para os outros, jamais serei grande demais para minha cama".

Em meu ver, não há nada de errado em buscar a sabedoria, ela é bíblicamente recomendada. Muitas vezes a sabedoria pode trazer a importância,  a imponência e o poder. Também não há nada de errado nisso que a sabedoria pode trazer. No entanto, se não soubermos rir de nós mesmos e de nosso mundo, então tudo isso já não valerá a pena. Quando conseguimos rir de nós mesmos, vemos o quanto ainda somos pequenos e podemos aprender mais. Quando rimos de nosso mundo, reconhecemos que há muito além.  Nosso mundo é apenas nosso limite. Existe uma infinidade de aspectos que estão fora do nosso mundo.

O mesmo se dá com a riqueza. Ela em si pode ser muito bem utilizada. Muitas pessoas conseguem contribuir melhor para a humanidade, pois tem condições para isso.  E muitas pessoas gostariam de contribuir se tivessem, então a riqueza em si não é ruim, mas o uso que se faz. Ou a omissão. Ou a maneira que alguns fazem para consegui-la.  O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Quem consegue rir desse mundo do poder do dinheiro, consegue ser muito mais útil ao mundo. Tendo ou não.  Quem consegue rir do amor ao dinheiro consegue ser muito melhor para a humanidade. Quem utiliza seus bens para engrandecer a sociedade consegue rir do amor ao dinheiro. Está acima do amor ao dinheiro e do poder, tendo ou não poder.

Quando erguemos os olhos para os outros, percebemos como somos diferentes e temos diferentes habilidades.  É impossível ao ser humano ter todas as habilidades, temos algumas, então sempre haverá outros que tem alguma que não temos. E podemos erguer os olhos para eles, admirá-los como uma criança.  E quando conseguimos enxergar que sempre haverá alguém com uma habilidade que não temos, como uma criança,  poderemos rir de nós e de nosso mundo.

E faz  muito bem relembrarmos isso sempre. Vamos rir de nós e de nosso mundo. Vamos aceitar nossas imperfeições sem que isso nos impeça de tentar, de fracassar, de errar, pois assim são as crianças. Não têm medo de errar, tentar, fracassar, não buscam a perfeição, buscam a experiência.  Riem de si e de seu mundo e estão abertas ao novo. As crianças nunca sabem demais, elas sempre são curiosas.

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