terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Pergaminho número 8 - Tropeçar não me apavora

Og Mandino ensina a não se apavorar com a altura dos objetivos.  Aceita que haverá tropeços até alcançar. Basta levantar após as quedas. Ele mostra que apenas o verme não se preocupa com tropeços e ele não é um verme. Com o mesmo barro se pode construir uma caverna ou um castelo.

Eu gosto de desafios, por isso sempre tenho algo novo. Não me apavora começar,  nem ser a pior dentre os piores.  Isso é muito natural em tudo que se começa.  Tropeçar também.  Ser o pior também nos dá a dimensão de nossa impotência.  Ao mesmo tempo, ao vencermos o desafio nos dá a dimensão do poder de nossa força de vontade, de sair do nada e fazer algo. Nos dá orgulho saber que vencemos por nossa força de vontade, ou que ao menos progredimos apenas por esforço.

Toda a vez que inicio algo novo sei que sou impotente. Sei que não sou especial nem mais dotada do que os outros. Começar do zero é bom por causa disso. Por outro lado, começo a me disciplinar e esforçar.  Então tudo o que consigo não é por talento,  mas por esforço.  E todos podem fazer uma caverna ou um castelo. Todos têm essa força em potencial,  o que muda é o esforço, a determinação,  a auto confiança.

Há um mês iniciei Yoga.  Não tinha idéia do que se tratava. E estava completamente perdida nas aulas. Toda vez surgia a dúvida se estava fazendo certo ou errado.  Tropeçava mais do que acertava. Ainda é assim. Vai demorar um tempo até que faça bem. Agora que tenho uma idéia melhor e vi muita gente boa em ação,  assisti a alguns vídeos na Internet,  faço algumas poses em frente ao espelho e me surpreendo como minhas poses são horríveis. Não consigo fazer nem o mais básico.  Meu cachorro é muito feio, comparado às posições perfeitas que tenho visto. Continuo treinando e não é que melhorou um pouquinho?

Só um pouquinho, nada sensacional e sei que demorará muito para que o básico fique satisfatório.  Não tem problema, não tem que ser perfeito.  Só tem que melhorar um pouquinho. Talvez o ano que vem veja as poses e as ache mais bem feitas. Talvez no próximo ano consiga fazer o que não faço atualmente.

E sabe a maior loucura? Vi umas poses avançadas e pensei que talvez consiga daqui a uns cinco anos de prática.  Tive um desejo de fazer também.  Admirei muito quem conseguiu. É como se eles estivessem fazendo um castelo com o barro deles e eu só pensando em construir a caverna. Admirei muito uma moça obesa que estava se apoiando nas mãos. Não me lembro o nome dela agora. É americana. Ela não se limitou, acreditou que podia construir seu Castelo. Que lindo, que exemplo. E por que então nós não podemos? Porque nos limitamos.  Porque queremos o resultado rápido e sem o treino necessário.

Não me apavoro com meu objetivo alto de fazer as poses avançadas.  Talvez consiga. Por que não?  Se treinar... e se não conseguir, ao menos o percurso está sendo muito bom.  Será como mirar na lua e atingir uma águia.  Melhor do que mirar a águia e atingir a rocha... e o melhor, gostar de mirar e atirar... tudo que fazemos deve ser com amor. Devemos gostar do que fazemos,  então tudo valerá a pena.  O caminho será maravilhoso e agradável.

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