As pessoas de mentalidade rica focalizam o patrimônio líquido. As pessoas de mentalidade pobre focalizam o rendimento mensal.
Eu não tenho certeza se tenho ou não esse arquivo. Talvez seja algo que eu ainda tenha que entender e digerir. Tem certas premissas que vão sendo pouco a pouco compreendidas por nós. Tudo tem o seu tempo e podemos ir compreendendo aos poucos.
O que eu sei é que não me preocupo com rendimento mensal por vários motivos. Um deles é que sou frugal por natureza. Por isso pouco me impressiona. Não ligo para carro, casa, roupas, status. Teve um tempo que ligava mais para essas coisas, agora não sou impressionada por nada disso, aliás prefiro os minimalistas e tenho um objetivo de minimalizar minha vida. Não gosto de ostentação. Isso também não quer dizer que não gosto de qualidade, nem que não consiga ver o que é custo benefício.
O segundo motivo é que naturalmente sempre gasto menos do que ganho, porque fui educada assim e mais tarde porque resolvi testar o que diziam os gurus de administração financeira. Isso ainda está em teste, o que dirá se deu resultado ou não será o tempo. Veja que eu ainda estou estudando e refletindo sobre tudo, inclusive sobre "Os segredos da mente milionaria" e por isso estou repassando os arquivos e observando minha prática. Se consigo ou não colocar o que li em prática. Tem muitos que dizem que esses livros não dão em nada, mas sequer testaram. Eu estou verificando.
O terceiro motivo é que realmente tento pensar a longo prazo. Creio que é difícil para muitos, por isso tem que ter paciência e aos poucos ir adquirindo o hábito do longo prazo. Eu acredito que patrimônio por patrimônio é besteira. Acredito ser verdade que devemos viver o agora, mas o equilíbrio é pensar na fábula das formigas e da cigarra. Será melhor ser formiga ou cigarra? Ou mesmo da tartaruga e da lebre. Será que a tartaruga não chega no resultado?
Para que almejo liberdade financeira? Por que não me ligo em rendimento mensal? Muitos dizem que não preciso de outra atividade por ter a vida praticamente ganha. Mas eu vejo além. Que adianta ter a vida ganha se há infelicidade? É melhor ter qualidade de vida em todos os sentidos. Não digo que meu serviço me traz infelicidade ou que seja ruim. Gosto do que faço, acredito no objetivo da instituição e ele é meu também, como pessoa. Há exceções, sempre haverá. Sei que erro ao focar no que é ruim ou no que me magoou no serviço público. Sei que agora está tudo bem e que não tem mais a pessoa que tentou me destruir e que as pessoas aqui são boas e decentes e que pouquíssimas pessoas farão amizade com o superior para fins pessoais. Tanto que no meu atual existe amizade e o funcionário não se aproveita disso, nem está atrás de cargo de confiança pois é competente e inteligente e com certeza passará em outro concurso. Mas nunca se sabe. Sempre muda de gente o tempo o tempo todo. Muda de superior o tempo todo. E se eu tiver independência financeira sou menos sujeita a arbitrariedades, pois terei mais coragem de me defender. Não é só no serviço público. Mas quantos não vivem situação semelhante, são injustiçados, mas não podem sequer se defender porque dependem financeiramente? Ter independência proporciona flexibilidade, você pode ser você mesmo, não tem que se submeter a tudo. E você sabe que aquele rendimento mensal não é tudo. Não é muito triste não ter nem sequer a coragem de se defender, mesmo estando certo? Quantos e quantos não passam por isso?
Assim, eu não me concentro no meu rendimento. Se é bom ou não. Eu acredito mais em formação de patrimônio e fazer o dinheiro trabalhar por você. Assim você pode trabalhar porque você gosta de trabalhar, não porque você precisa trabalhar. E assim tudo flui melhor. Além disso, muito mais do que rendimento mensal seu patrimônio maior é o que você leva com você, seus conhecimentos, sua experiência, porque quem tem isso sempre saberá reconstruir.
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